Roberto Freire: O Brasil tem uma chance com Simone

Brasil real, a inflação em um ano chegou a 11,73% em maio, mas, para os mais vulneráveis, considerando só o primordial, que é alimentação, ela bateu em 27%, que foi o aumento de preços no mesmo período para a cesta básica. No Brasil de mentirinha, aquele dos discursos do presidente Jair Bolsonaro, a grande questão é a urna eletrônica que deu a ele e aos filhos, de forma legítima, inúmeros mandatos, incluindo o atual.

Nesse país inventado pelo presidente extremista, o comunismo virou a outra grande ameaça à vida dos brasileiros. Quando, em realidade, são as armas e balas cujas regras de comércio e aquisição ele afrouxou que vêm ceifando vidas inocentes Brasil afora em acidentes em casa ou em ações de traficantes e milicianos se passando por caçadores e colecionadores para reunir verdadeiros arsenais contra a vida.

Num outro Brasil, esse inventado por Luís Inácio Lula da Silva, nunca houve roubalheira na Petrobras, apesar dos bilhões de reais devolvidos pelos investigados e condenados aos cofres públicos, e os vilões da história não seriam os corruptos e a corrupção, mas a Lava Jato e Sergio Moro. Dilma Rousseff, na fantasia lulista, nenhuma responsabilidade teria sobre a crise que desde 2015 atinge o país e o impeachment não passaria de um golpe.

Os brasileiros, pessoas reais, não os militantes extremados dos dois presidentes, vivem no Brasil que precisa tratar a segurança pública como coisa séria, não como bandeira ideológica. Vivem no Brasil em que a honestidade no trato da coisa pública é uma premissa da atuação política e não uma escolha pessoal de cada um. Vivem no Brasil em que a miséria, a fome e o desemprego são os principais problemas nacionais e parlamentares, prefeitos, governadores e presidente são eleitos para resolvê-los.

Essa polarização que ignora a realidade dos milhões de brasileiros será quebrada pela pré-candidatura de Simone Tebet, nome do MDB, do PSDB e do Cidadania para as eleições de outubro. Uma mulher, mãe de família, católica e com experiência de gestão, que sabe que problemas reais exigem soluções reais e que a divisão dos brasileiros só interessa aos dois grupos que desejam ver o Brasil refém do passado, cada um a seu modo, seja o de Dilma, seja o da ditadura.

Embora nem de longe sejam equivalentes, são ambos caminhos indesejáveis para o país. Com Simone, teremos a chance de reconciliar Agronegócio e Meio Ambiente, firmando o Brasil não apenas como uma potência agrícola, mas também verde. Transformando a floresta em pé em fonte de biotecnologia e trazendo bilhões em créditos de carbono, que poderão ser investidos até mesmo no próprio agro. Teríamos uma espécie de selo verde que garantiria ainda mais mercados para o produto nacional.

Com Simone, a Segurança Pública voltará a ser de responsabilidade do Estado, resguardada por meio das polícias. Armas que hoje estão causando tragédias familiares e ampliando o poder de bandidos deixarão de ser uma ameaça cada vez mais fácil à vida de mulheres, crianças e jovens negros, principais vítimas de violência. Com Simone, o Brasil terá a chance de enfrentar a inflação, fazendo as reformas que o país precisa. Para gastar com o povo e não com privilégios de uns poucos.

Com Simone, o Brasil terá uma chance de resolver o presente e preparar o futuro.

Existe um caminho. Só precisamos acreditar.

Eu acredito. (Artigo publicado no Orbis News – 23/06/2022)

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