Washington Bonfim se apresenta como pré-candidato ao governo do estado do Piauí
Na próxima segunda-feira (29), o professor da Universidade Federal do Piauí e ex-secretário de Planejamento de Teresina (PI), Washington Bonfim, se filia ao Cidadania. Ele esteve nesta terça-feira (23) em Brasília, com o presidente nacional do partido, Roberto Freire. Em conversa com o portal do Cidadania, Bonfim falou sobre uma provável pré-candidatura ao governo do estado, as bandeiras que defende e a articulação de alianças para 2022.
O que o levou a se filiar ao Cidadania?
O PSDB em Teresina (partido ao qual era filiado) sempre teve um ótimo relacionamento com o Cidadania e após o falecimento do Firmino Filho (ex-prefeito de Teresina), o presidente estadual do Cidadania, Mário Rogério, fez o convite e começamos a trabalhar nesse segundo semestre. Estou bem satisfeito porque é um partido que tem história, liderança forte, o próprio presidente Roberto Freire, senadores que têm se destacado, fora o governador da Paraíba. É um partido que orgulha qualquer quadro.
O senhor apresentou seu nome como possível candidato ao governo do Piauí. Como estão as negociações, as alianças?
Estamos num momento conturbado da política brasileira, mas temos conversado com algumas forças, como o DEM, PTB, Podemos, PV, PDT. Precisamos apresentar ideias novas e um projeto novo para o estado do Piauí. Temos uma enorme oportunidade em função da questão da matriz energética no mundo. Temos sol, vento, e precisamos olhar pra isso com cuidado, com um projeto claro, com planejamento. É possível sair da pobreza, do ambiente de desigualdade que vivemos, com os recursos que temos.
Além dessa questão da economia verde, da sustentabilidade, quais são os outros desafios?
Temos discutido muito a questão da juventude. Uma preocupação são os jovens que nem estudam e nem trabalham. Num mundo que está se digitalizando, essas pessoas terão muita dificuldade em conseguir emprego. Penso em capacitação profissional, centros vocacionais, articulação com empresas privadas para qualificar esses jovens.
E também a questão de segurança pública que é um fator hoje que está ligado à juventude, com o tráfico de drogas nas comunidades. O olhar deve estar voltado não só para as polícias, mas para a tecnologia. Ser capaz de diminuir a impunidade com um nível maior de resolução dos inquéritos relativos aos homicídios, mas também com o que chamamos de política de prevenção à violência, e aí entra a parceria com os municípios, programas específicos para alunos do ensino médio.
Além do saneamento. Como temos um novo marco legal, que pode trazer recursos privados, eu vejo como a grande área nos próximos anos para que a gente crie emprego de maneira rápida.
Como avalia o cenário no estado e no país para 2022?
Eu vejo o Cidadania com uma oportunidade grande de fazer diferença no cenário político eleitoral e do governo do estado do Piauí. Pela novidade, pelas ideias que abraça. Eu digo que a política passou a conversar com ela própria. Os grandes líderes políticos, as grandes estruturas políticas pensam pra dentro da política, é o cargo, a posição, o ministério, a secretaria tal e a população continua sofrendo com fome, com desigualdade, falta de oportunidade, saúde precária. Quero construir o Piauí com a população e é isso que faremos, a diferença pro nosso ambiente político para vencer as eleições.