Caso Prevent Senior é uma das denúncias mais ‘estarrecedoras’ da CPI, diz Eliziane Gama

Operadora de saúde pode ser criminalizada por subnotificar as mortes que aconteceram por complicações relacionadas ao coronavírus em seus hospitais (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse nesta quarta-feira (22) que o caso envolvendo a Prevent Senior em  tratamento sem comprovação científica e omissão de mortes por Covid-19  é uma das mais graves denúncias que estão sendo investigadas pela CPI da Pandemia.

“O uso de pacientes como cobaias em experiências com medicamentos sem comprovação científica é um dos casos mais estarrecedores que estão sendo apurados aqui. Com o aprofundamento das  investigações, será possível apontar os responsáveis por tudo isso”, defendeu a parlamentar, após inquirir o diretor-presidente da empresa, Pedro Benedito Batista Junior, na CPI.

De acordo com Eliziane Gama, a Prevent Senior pode também ser criminalizada por subnotificar as mortes que aconteceram por complicações relacionadas ao coronavírus em seus hospitais. Ela citou como exemplo os pacientes Anthony Wong e Regina Hang, que receberam tratamento com o  ‘kit Covid’, mas que tiveram como causa da morte nos atestados de óbito de outras doenças.

“Estamos aqui apontando somente esses dois casos. Mas à medida que as apurações forem se aprofundando, muita irregularidade sobre utilização de cobaias humanas neste estudo da Prevent virá a público”, disse a parlamentar.

Substimação de mortes

Eliziane Gama lembrou o documento apócrifo que o presidente Jair Bolsonaro atribuiu ao TCU (Tribunal de Contas da União) apontando que o número de mortes por Covid-19 era menor do que o que estava sendo divulgado. O TCU negou ser autor do documento. A senadora avaliou que a atuação da Prevent Senior mostra o contrário: a quantidade de mortes pode estar sendo subestimada.

‘Gabinete paralelo’

Pedro Benedito negou que operadora de saúde tenha feito ‘parceria’ com o chamado ‘Gabinete Paralelo’ para disseminar o uso de medicamentos como a hidroxicloroquina para pacientes da Prevent Senior.

Mas, depois da insistência da senadora Eliziane Gama, ele admitiu que houve uma reunião da Prevent no Ministério da Saúde e que depois disso o presidente Bolsonaro usou alguns links dos dados sobre a “experiência” em suas lives defendendo tratamento precoce.

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