A presidente do Diretório do Cidadania de Santa Catarina, Deputada Carmen Zanotto, hipotecou total apoio à Nota de Repúdio publicada no último sábado (17) pela vereadora Caterine Nogueira Mendes – a Professora Kathy Nogueira, do Cidadania de Santo Amaro da Imperatriz – condenando as agressões verbais sofridas pela técnica de enfermagem Elaine Alvasir Cristóvão no exercício de sua profissão, nas dependências do hospital do município.
A dirigente estadual do Cidadania, que também é da área da saúde, lamentou que, em plena Pandemia, profissionais de saúde já esgotados pelo atendimento emergencial em decorrência da Covid-19 e de outras enfermidades ainda tenham de enfrentar a violência do preconceito racial partindo de algumas pessoas.
“Temos que dar fim a qualquer prática de racismo no Brasil. Pela minha devoção aos temas da saúde, precisamos combater sob todas as formas a discriminação que acontece nas estruturas públicas e privadas, mas neste caso, em um atendimento hospitalar. E, aqui quero dizer, não diminui a gravidade o fato de o autor estar embriagado. Precisamos condenar esta forma com que algumas pessoas se dirigem às outras e também desaprovarmos quem estiver nestes ambientes sem agir. Precisamos criar uma nova cultura, atuando nas medidas necessárias para darmos fim a estes crimes, esta violência moral”, afirmou a presidente estadual do Partido.
PL de Carmen contra o racismo estrutural
A deputada Carmen Zanotto é autora do Projeto de Lei 5875/19, que incentiva órgãos públicos e as empresas estatais federais a firmarem compromissos de combate ao racismo estrutural em suas dependências. O texto tramita na Câmara dos Deputados. Os compromissos poderão ser assumidos por meio de estudos e avaliações internas periódicas sobre a incidência do racismo institucional; normas, metas e ações de enfrentamento ao racismo estrutural por seus colaboradores e comunicação institucional acerca dos compromissos firmados.
A proposta define racismo estrutural como culturas, procedimentos, disposições e comportamentos discriminatórios por parte dos servidores, empregados e associados nas instituições e organizações públicas e privadas que impeçam, dificulte ou modifiquem o atendimento, tratamento e/ou a prestação de um serviço ou produto adequado, às pessoas em virtude de sua cor, cultura, origem racial ou étnica.
O texto altera o Estatuto da Igualdade Racial. Carmen afirma que o projeto visa a iniciar o debate na seara legislativa acerca do conceito e da realidade do racismo estrutural.
O projeto inclui também o combate ao racismo estrutural entre os objetivos do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sinapir). O Sinapir coordena as políticas brasileiras de enfrentamento ao racismo e promoção da igualdade racial no País, e está ligado ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Leia a nota da Professora Kathy: