Alessandro Vieira diz que ‘CPI não é para fazer discurso’, mas ‘para ouvir’

Os 15 minutos de fala do senador na comissão que apura as ações e omissões do governo na pandemia são recheados de indagações diretas, que muitas vezes impedem respostas furtivas (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Em entrevista ao jornal ‘Estado de Minas’ (veja aqui), o líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (SE) disse que não cabe fazer discurso em CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Segundo ele, que tem ganhado notoriedade pela forma como participa dos interrogatórios conduzidos pela CPI Pandemia, a comissão ‘não é para falar’, mas ‘para ouvir’.

Ele reconheceu na conversa com o jornal mineiro que a experiência como delegado da Polícia Civil de Sergipe o auxilia na condução de suas intervenções. Ao contrário de muitos colegas, Alessandro Vieira opta por não fazer preâmbulos ou discursos em meio às perguntas. Os 15 minutos regulamentares da fala do senador na CPI são recheados de indagações diretas, que muitas vezes impedem respostas furtivas.

“É uma Comissão Parlamentar de Inquérito, então o momento que o parlamentar dispõe é para questionar a testemunha ou o investigado. Não é para fazer discurso. Entendo perfeitamente que alguns colegas façam a opção pelo discurso, mas claramente isso não é produtivo”, diz, ao explicar a postura adotada durante os trabalhos da CPI.

Alessandro Vieira deposita muita esperança nas perguntas feitas aos depoentes. Prova disso é que pediu a convocação de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro pelo Republicanos, mas presente em reunião com representantes da Pfizer.

“O que você tem que fazer ali, naquele momento, é buscar extrair o máximo de informação para ter um conjunto de provas e evidências que levem a alguma conclusão”, disse.

Movimento inverso

Para Alessandro Vieira, os discursos são parte do perfil dos parlamentares brasileiros. Na sua visão, as comissões de inquérito demandam movimento inverso.

“Os parlamentares brasileiros são vocacionados para falar, e não para ouvir. E, na CPI, o mais importante é ouvir”, afirmou.

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