Por requerimento de Leila Barros, paratletas do Brasil na Olimpíada de Tóquio são homenageados

Senadora diz que atletas paralímpicos são exemplos de superação e resiliência, que trouxeram conquistas mesmo enfrentando dificuldades extraordinárias em tempos de pandemia (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Os atletas paralímpicos brasileiros, que conquistaram 72 medalhas nos Jogos de Tóquio, foram homenageados pelo Senado em sessão especial nesta segunda-feira (4) solicitada pela senadora Leila Barros (Cidadania-DF). Os discursos de esportistas e dirigentes salientaram a importância das políticas públicas de incentivo para o desempenho positivo do país nas Paralimpíadas – em 2021 o Brasil atingiu a sétima colocação no quadro de medalhas, com 22 de outro, 20 de prata e 30 de bronze.

Leila Barros cumprimentou os paratletas como exemplos de superação e resiliência, que trouxeram conquistas mesmo enfrentando dificuldades extraordinárias em tempos de pandemia.

“Nem esses desafios adicionais desestimularam ou diminuíram a garra e a vontade da nossa delegação. O resultado é que vocês nos emocionaram, fazendo ecoar em Tóquio o Hino Nacional, ou quando se abraçaram com a nossa linda bandeira para celebrar, como se esse abraço fosse em cada um de nós”, disse a senadora.

Ela também sublinhou a importância do cumprimento integral do Estatuto da Pessoa com Deficiência, e manifestou sua posição favorável à inclusão dos alunos com deficiência no Plano Nacional do Desporto.

No mesmo sentido, o senador Romário (PL-RJ) cobrou mais incentivos aos “heróis” paralímpicos, argumentando que “aplausos, cumprimentos e tapinhas nas costas não pagam as suas contas”. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) saudou o desempenho do paratleta Yeltsin Jacques, de seu estado, que conquistou dois ouros em Tóquio. E a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) destacou o esporte como meio de promoção social da pessoa com deficiência.

Ciclo positivo

O presidente do CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro), Mizael Conrado, associou o ciclo positivo do Brasil em paralimpíadas – nos Jogos de Atlanta, em 1996, o país estava na 37ª posição mundial – às conquistas legislativas através do Sistema Nacional do Esporte, da Bolsa Atleta e da Lei Brasileira de Inclusão.

Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, lembrou a situação inédita do adiamento dos Jogos de Tóquio, que levou os atletas a passar 18 meses treinando em meio a rumores de cancelamento das competições.

Com cinco medalhas em Tóquio (três ouros, uma prata e um bronze), a nadadora Maria Carolina Santiago saudou o trabalho da comissão técnica e o investimento feito nos atletas.

“Todo esse investimento permite que a gente possa treinar com exclusividade, voltado unicamente para os nossos resultados e, por isso, os resultados vêm como vieram”, afirmou a nadadora.

A paraciclista Jady Malavazzi, que em Tóquio participou pela segunda vez dos Jogos Paralímpicos, manifestou sua esperança de que o Parlamento e os governos continuem apoiando a categoria para que o desempenho do Brasil em 2024 seja ainda melhor.

O atleta do hipismo, Sérgio Oliva, que participou de três Paralimpíadas, classificou as políticas públicas de Estado como essenciais para o esporte nacional e pediu a criação de uma bolsa voltada para os técnicos.

Nathan Torquato, ouro no parataekwondo, espera que o esporte brasileiro continue se expandindo como meio de alegria e inclusão. Bicampeão paralímpico em lançamento de disco, Claudiney Santos salientou que “não basta só a gente querer” sem um incentivo financeiro que permita ao atleta representar o País. (Com informações da Agência Senado)

Leila Barros recebe atletas e paratletas para debater pautas prioritárias do setor esportivo

‘O segmento esportivo entendeu que é necessário fazer uma aproximação do mundo político”, diz a senadora (Foto: Divulgação/Assessoria)

Uma comitiva de atletas e paratletas brasileiros está nesta semana no Congresso Nacional para abordar com os parlamentares pautas prioritárias para setor esportivo. A senadora Leila Barros (Cidadania-DF) recebeu o grupo nesta terça-feira (28). No encontro eles falaram sobre o projeto de lei (PL 68/2017) que institui a Lei Geral do Esporte, a Lei de Incentivo ao Esporte e o PND (Plano Nacional do Desporto).

De acordo com a senadora do DF, o segmento esportivo entendeu que é necessário fazer uma aproximação do mundo político.

“Eu acredito que se houver uma grande mobilização do setor, tal qual ocorre com a cultura, as pautas esportivas serão destravadas. É o caso, por exemplo, do Plano Nacional do Desporto. O primeiro passo foi dado, mas ainda é preciso que o esporte se mobilize de uma forma mais coletiva”, disse.

Há 23 anos, a Lei Pelé (Lei nº 9.615/1998) incumbiu o governo federal de elaborar e enviar ao Congresso, a cada dez anos, o PND. Porém, a lei nunca foi cumprida.

“É inconcebível que o Brasil – que ocupa a desonrosa posição de quinto país mais sedentário do mundo – trate com tamanho descaso a elaboração de uma política que tem como uma das prioridades estimular a atividade física e desenvolver toda cadeia esportiva”, destacou a senadora Leila Barros.

Plano Nacional do Desporto

Em agosto, a senadora Leila Barros enviou ofício ao ministro da Cidadania, João Roma, cobrando informações a respeito das ações que estão sendo feitas para a elaboração do Plano Nacional do Desporto. A parlamentar do Cidadania se disponibilizou a acompanhar a comitiva que representa a Atletas pelo Brasil, organização sem fins lucrativos que reúne atletas e ex-atletas de diferentes gerações e modalidades pela melhoria do esporte e luta por avanços sociais no País.

O documento será o grande norteador do esporte brasileiro. Ele estabelecerá diretrizes para o desenvolvimento do esporte nacional e metas que teriam de ser atingidas pelo poder público a cada dez anos.

“Esse plano cria as bases que vão direcionar o investimento público e torna possível, inclusive, cobrar gestores federais, estaduais e municipais caso essas metas não sejam atingidas”, explicou a parlamentar que por 18 anos defendeu a seleção brasileira de voleibol.

Participaram da reunião com a senadora Leila Barros, a ginasta Daiane dos Santos, o judoca Flávio Canto, os nadadores Clodoaldo Silva e Thiago Pereira, o paratleta Estevão Lopes, o diretor-executivo da Atletas pelo Brasil, Kévin Chevalier, e o relações públicas da Atletas pelo Brasil, Rafael Lane. (Assessoria da parlamentar)