No Parlasul, Eliziane Gama defende urna eletrônica e maior participação feminina na política

Senadora manifesta apoio à presença de observadores de países do Mercosul nas eleições gerais de outubro (Foto: Reprodução/Parlasul)

Ao participar nesta segunda-feira (06) de reunião do Parlasul, em Montevidéu, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) defendeu a aprovação do acordo de procedimento para regular a participação do Observatório da Democracia dos países membros do Mercosul nas eleições gerais de outubro, as urnas eletrônicas e a adoção de medidas para a ampliação da participação das mulheres brasileira na política.

“É fundamental a presença do Mercosul no acompanhamento das eleições brasileiras porque não há dúvida nenhuma de que [o Observatório] só vai constatar a segurança da urna eletrônica e a contribuição que ela significa para a democracia”, afirmou a parlamentar.

De acordo com Eliziane Gama, a proposta de acompanhamento do processo eleitoral pelo Parlasul é importante diante dos ataques à conquista brasileira da urna eletrônica brasileira, reconhecida por vários países do mundo.

“Nós temos percebido de forma muito clara o esforço da Justiça brasileira, por meio do TSE [Tribunal Superior Eleitoral ], no sentido de promover a transparência de todos os processos em relação à urna eletrônica para o fortalecimento da democracia brasileira”, disse a senadora, que integra a Comissão de Transparência nas Eleições do TSE.

“Um dos grandes objetivos desta comissão, para além do processo de transparência, é impedir a verdadeira ameaça, uma avalanche de fake news, numa tentativa de descontruir e instabilizar a conquista brasileira da urna eletrônica que elegeu os últimos tempos bancadas no Congresso Nacional e membros do Executivo”, explicou aos membros do Parlasul.

Mais mulheres na política

Líder da Bancada Feminina do Senado, Eliziane Gama disse ainda que o Congresso Nacional está atento em relação a necessidade de ampliação da representação das mulheres brasileiras, em função da sua baixa representatividade.

A subrepresentação, segundo a senadora, precisa ser combatida com mudanças na legislação para aumentar o número de mulheres na política, como forma de assegurar vagas a mandatos femininos.

“No Brasil, as pesquisas mostram que levaremos 130 anos para termos a equiparação entre homens e mulheres no Parlamento. Para impedirmos que isso aconteça, precisamos mudar a legislação”, defendeu, ao citar os que os países que integram o Mercosul têm representação feminina maior que a do Brasil.

“Quanto mais mulheres na política, mais e melhor a qualidade da política, porque as mulheres têm uma sensibilidade muito ampla para questões centrais e caras, como a questão do valor a vida, o combate à violência e princípios humanitários. Precisamos de muito mais mulheres na política”, afirmou Eliziane Gama.

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Eliziane Gama critica desarticulação de programas de proteção ambiental em reunião do Mercosul

Senadora fez um apelo aos parlamentares para que o bloco adote uma agenda ambiental de proteção as florestas, indígenas e comunidades tradicionais (Foto: Reprodução/Mercosul)

Ao participar nesta segunda-feira (06) da sessão do Parlamento do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai, a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) voltou a criticar o desmonte da política ambiental brasileira, com a desarticulação de programas de proteção de redução do desmate, na Amazônia e no Cerrado, e de combate aos incêndios florestais.

“Buscamos na justiça brasileira a retomada desses programas fundamentais para a proteção ambiental que não tem sido prioritários [para o governo federal]”, disse a senadora, ao explicar que as ações de proteção ao meio ambiente no País serão contempladas com apenas 0,07% de uma previsão orçamentária para 2022, de R$ 4,4 bilhões.

“Se não prioriza no orçamento, não prioriza na política”, lamentou.

Eliziane Gama fez um apelo aos parlamentares para que o Mercosul adote uma agenda ambiental de proteção as florestas, indígenas e comunidades tradicionais.

“A união de todos os países da América do Sul é fundamental para que possamos dar uma resposta ao mundo, com um programa diferenciado para que proteção ambiental possa ser uma realidade para todos nós”, defendeu.

Defesa da vida e do meio ambiente

Eliziane Gama destacou a importância do Parlamento do Mercosul para tratar de ‘questões intersetorais’, como a defesa da vida e do meio ambiente.

“Quando falo de defesa da vida, da cidadania, eu falo da defesa das questões ambientais. Até mesmo porque a política ambiental em todo mundo tem haver com a vida das pessoas, com a cidadania. Aliás, a defesa do meio ambiente tem de ser intersetorial, em todas as áreas da vida humana, do poder público, das políticas sociais que precisam estar permeadas pela defesa do meio ambiente”, disse a senadora, que vai integrar a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania do Mercosul.