Em seu novo livro, ex-senador do Cidadania-DF escreve que a pergunta a fazer não é por que Bolsonaro venceu às eleições, mas por que todo campo político dito democrático e progressista foi punido pelos eleitores.
Continue lendoMarco Aurélio Nogueira: Polarizações paralisantes
Observadores da cena política nacional dizem que a atual polarização entre bolsonarismo e lulismo não pode ser eliminada por um consenso centrista, que não teria força social para prevalecer.
Continue lendoO uruguaio Pepe Mujica no #ProgramaDiferente
Há 10 anos, José Alberto Mujica Cordano, conhecido popularmente como Pepe Mujica, era eleito presidente do Uruguai pela coalizão de esquerda Frente Ampla. Governou o país de 2010 a 2015. Agora, aos 84 anos, acaba de se eleger novamente senador (veja abaixo).
No ano passado ele havia renunciado ao cargo no Senado, quando justificou que “estava cansado da longa viagem” e se afastaria “antes de morrer de velho”.
Ao decidir retornar à política, Mujica foi candidato pelo MPP (Movimiento de Participación Popular), que faz parte da Frente Ampla, há 15 anos no poder. O partido disputa a Presidência do Uruguai com Daniel Martínez contra o candidato de direita Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional. A eleição ocorre neste domingo, dia 24 de novembro.
Agricultor e ativista político, ele teve importante papel no combate à ditadura militar no Uruguai. Passou 14 anos na prisão, de onde só saiu com a redemocratização do país, em 1985. Mas, afinal, como ele virou o queridinho da esquerda mundial? Quem é Pepe Mujica, o que ele pensa e o que pensam dele?
Alberto Aggio: Aporias da ‘frente democrática’
Uma “frente democrática” contra o reacionarismo bolsonarista necessitará apresentar propostas de reformas concretas à Nação.
Continue lendoMauricio Huertas: Políticos e cidadãos de esquerda e de direita, uni-vos!
Vivemos um período em que são crescentes e diárias as ameaças às conquistas da redemocratização brasileira. O ódio, o preconceito, a intolerância e a selvageria começam a se legitimar em atos recorrentes nas redes e nas ruas.
Continue lendoThiago Carvalho: Bella Ciao
É aconselhável que os setores progressistas deixem suas divergências de lado e articulem um grande bloco de resistência democrática para que não precisemos cantarolar a ode à “fiore del partigiano”.
Continue lendoLuiz Carlos Azedo: “El cambio”
A crise ética continua sendo um vetor decisivo do processo político brasileiro, uma agenda permanente na pauta do Congresso Nacional.
Continue lendoBlog do Aggio: Lula não pacificará o País
O ex-presidente imagina equivocadamente que o tempo passou em vão. Sua libertação ajudará a compreender melhor que a teoria dos três terços só faz sentido dentro de uma lógica de irredutibilidade das estratégias políticas.
Continue lendoSuprapartidário: Lula livre vai beneficiar principalmente Bolsonaro
O “tapa na cara” do lavajatismo foi dado pelo STF com o fim da prisão em segunda instância (Foto: Reprodução)
Que situação, hein? Quem diria!? Os principais retrocessos da Operação Lava Jato vem ocorrendo exatamente no período daqueles que se popularizaram com a onda da caça aos corruptos, como o meme que virou presidente, Jair Bolsonaro, e seu superministro Sérgio Moro (que ultimamente parece sofrer os efeitos da kryptonita governista e ter perdido seus superpoderes).
O “tapa na cara” do lavajatismo foi dado pelo STF com o fim da prisão em segunda instância. Mas a reação do bolsonarismo – ou sua versão mais fanática e lunática, o boçalnarismo – se revelou com os tapas de Augusto Nunes no colega Glenn Greenwald, nas cenas de pugilato ao vivo no programa Pânico. O jornalismo definitivamente perde terreno para o shownarlismo.
A polarização entre esquerda e direita vai se acirrar. Quem se beneficiará disso, inicialmente, são obviamente os dois pólos que já faturaram eleitoralmente em 2018 e vão tentar repetir a dose nas eleições municipais de 2020. O confronto reacenderá nas ruas e nas redes. A senha para as cortinas de fumaça está dada. Dias piores virão.
Lulismo e bolsonarismo, já dissemos aqui, são idênticos no prejuízo que trazem ao país com o engessamento de um debate político mais racional e menos apaixonado, cerceando a presença de todo um “centro democrático” neste cenário de embate ideológico constante.
O PT e seus satélites à esquerda, por um lado, e do outro o PSL, bolsonaristas, olavistas, fundamentalistas, conservadores, agregados e adesistas deste “PT da direita” vão comemorar igualmente o #LulaLivre. Há uma relação simbiótica nessa polarização. Lula e Bolsonaro retroalimentam seus fanáticos e milicianos virtuais com todo esse ódio, preconceito, intolerância, radicalismo e fake news.
Suprema ironia nos trouxe essa decisão dividida do Supremo: vibram com a soltura dos corruptos, lulistas, bolsonaristas e maus políticos em geral. A polarização burra e retrógrada está viva! Ao contrário dos quadrinhos de heróis, aonde acontece a guerra entre o bem e o mal, aqui só conseguimos identificar os maus. Isso acarreta na deletéria vilanização da política.
Em vez da preservação do “estado de direito”, o que nos assusta cada vez mais é o “estado da direita”. A reação raivosa, antidemocrática e populista dessa escória despolitizada e essencialmente golpista que prega o fechamento do Congresso e do Supremo, seguindo como manada a ordem de líderes descerebrados nas redes anti-sociais, saudosos da ditadura e adoradores de torturadores, que ameaçam diariamente nossos direitos, garantias e liberdades individuais e coletivas.
Reverter esse quadro caótico caberia aos deputados e senadores, a quem compete o papel institucional de legislar, se deixassem o corporativismo de lado, mostrassem alguma virtude e aprovassem, por exemplo, a PEC da prisão em segunda instância para impor constitucionalmente essa nova ordem ao STF.
Mas você, sinceramente, acredita na vitória da boa política? Os bons vão se diferenciar dos maus? O brasileiro conseguirá, enfim, vencer essa dependência de salvadores da pátria, que mistura no mesmo balaio heróis e vilões, e acreditar que a saída está na conscientização, no diálogo e na convergência? Ou o Brasil seguirá num vale-tudo até a próxima crise incontornável? (#Suprapartidário)
Luiz Carlos Azedo: É melhor ser feliz
No plano eleitoral, o eixo da disputa direita x esquerda é falso. O que estará em jogo não é um 3º turno das eleições passadas.
Continue lendoLuiz Carlos Azedo: Fora de ordem
Ninguém sabe muito bem o que vai acontecer na Argentina e no Chile. O melhor mesmo é tentar entender o que se passa por aqui.
Continue lendoLuiz Carlos Azedo: Coringas e Bacuraus
Vivemos um momento em que combinação de ultraliberalismo e culto da violência viraram narrativas de governo.
Continue lendoMauricio Huertas: Um passo em frente, dois passos atrás… Até quando?
Quem se dá bem no Brasil com o meme que virou presidente – cópia bizarra do modelo americano – não são simplesmente fanáticos de direita, mas lunáticos de direita.
Continue lendoLuiz Carlos Azedo: Os dissidentes da esquerda
Os insatisfeitos do PDT e do PSB também estão estabelecendo um novo paradigma de relacionamento dos parlamentares com os caciques dos partidos.
Continue lendoMerval Pereira: Dirigismo cultural
O presidente Bolsonaro vê a área de cultura aparelhada pela esquerda, e quer fazer o seu próprio aparelhamento ideológico, pela extrema direita.
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