Piso da Enfermagem: Eliziane Gama pede audiência com Barroso

Autora da PEC que dá segurança jurídica ao piso salarial, senadora pede que categoria se mantenha mobilizada para derrubada de liminar (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), anunciou que pediu audiência com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, para tratar da suspensão do piso salarial nacional da Enfermagem pelo magistrado neste domingo (04).

“Solicitamos audiência ao ministro Barroso, que suspendeu a aplicação do novo piso constitucional da Enfermagem. Esperamos que o Pleno do STF derrube esse entendimento. Aos profissionais: coragem, mantenham-se mobilizados, a luta é justa”, disse a senadora na rede social.

Em ofício ao ministro Barroso, Eliziane Gama solicita o agendamento da audiência ‘com maior brevidade possível, para tratarmos, juntamente com representantes e parlamentares’ da ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) movida contra o piso.

Em decisão liminar, Barroso, suspendeu o piso salarial da enfermagem. O ministro deu 60 dias para que o governo federal, estados, Distrito Federal e entidades do setor se manifestem com informações sobre o impacto financeiro, risco de demissões e possível redução na qualidade do serviço oferecido.

Em sua decisão, o ministro disse que não é possível questionar a ‘relevância dos objetivos’ dos parlamentares ao aprovar a lei, e nem a importância de cada profissional de saúde. A liminar de Barroso é em resposta a uma ação movida pela CNSaúde (Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços).

“Agora, é preciso atentar aos eventuais impactos negativos da adoção dos pisos salariais impugnados. Pela plausibilidade jurídica das alegações, trata-se de ponto que merece esclarecimento antes que se possa cogitar da aplicação da lei”, escreveu.

Em vigor deste 5 de agosto deste ano, a lei do piso salarial de enfermagem estabelece R$ 4.750 como pagamento mínimo para enfermeiros, além de outros profissionais da área.

Bolsonaro sancionou piso salarial

Em 4 de agosto deste ano, o presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto de lei (PL 2564/2020) que trata do piso salarial da enfermagem e aumenta o salário de técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.

Aprovado em julho deste ano pela Câmara dos Deputados, o PL ainda não havia sido encaminhado ao presidente, logo depois da aprovação, porque os deputados não tinham inserido na proposta a fonte de recursos para o projeto.

No entanto, essa questão foi contornada com a aprovação da PEC 11/2022, de iniciativa da senadora Eliziane Gama, para dar segurança jurídica para o piso salarial da categoria.

Uma das principais polêmicas em torno do projeto se deu em torno das questões orçamentárias. A estimativa é que a medida cause impacto de R$ 16 bilhões nas folhas de pagamentos dos setores público e privado. (Com informações das agências de notícias)

A pedido de Leila Barros, Meio Ambiente faz 2ª audiência sobre política nacional para atingidos por barragens

O primeiro debate, promovido em outubro, expôs visões divergentes sobre a proposta (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A Comissão de Meio Ambiente do Senado faz nesta quarta-feira (10), às 9h, a segunda audiência pública interativa para debater o projeto de lei que institui a Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB) e altera regras para licenciamento ambiental. O PL 2.788/2019, já aprovado pela Câmara dos Deputados, está em análise no Senado. A reunião atende requerimento da senadora Leila Barros (Cidadania-DF).

O primeiro debate, promovido em outubro, expôs visões divergentes sobre a proposta. Alguns especialistas apontaram a necessidade de se avançar na legislação para definir a responsabilidade social do empreendedor e estabelecer garantias sociais às populações em risco; outros afirmaram que o texto pode trazer insegurança jurídica e inviabilizar a implementação de projetos.  

Entre os convidados para a segunda audiência, estão o diretor de sustentabilidade e assuntos regulatórios do Instituto Brasileiro de Mineração, Júlio César Ferreira, e o procurador Edmundo Netto Junior, do Ministério Público Federal de Minas Gerais, além da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT-MG). 

Também foram convidados representantes da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e do  Instituto Acende Brasil. (Agência Senado)