Eliziane Gama: Participação feminina sofre ataques desde o primeiro dia da CPI da Pandemia

Senadora diz que chamar Simone Tebet (MDB-MS) de ‘descontrolada é contra a maioria absoluta da população brasileira’ (Foto: Reprodução/GloboNews)

Em entrevista ao ‘Em Ponto’, da GloboNews (veja aqui), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) falou nesta quarta-feira (22) sobre o episódio em que o ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário, chamou a senadora Simone Tebet (MDB-MS) de “descontrolada” na CPI da Pandemia.

“Desde o primeiro dia de CPI, tivemos ataques em relação à participação feminina [na comissão]. Chamá-la de descontrolada, tentar questionar sua eficiência não é contra a Simone Tebet. É contra as 12 senadoras, é contra a maioria absoluta da população brasileira”, afirmou a senadora.

Senadores endossam declarações de Fux contra ataques de Bolsonaro ao Supremo

Presidente do STF diz que desobediência do presidente da República a decisões judiciais será crime de responsabilidade (Foto: Pedro França/Agência Senado)

Os senadores Leila Barros (Cidadania-DF) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) repercutiram nas redes sociais o pronunciamento do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Fux, na abertura da sessão do plenário desta quarta-feira (8), afirmando que a ameaça do presidente Jair Bolsonaro de descumprir decisões judiciais do ministro Alexandre de Moraes, se confirmada, configura ‘crime de responsabilidade’.

“O ministro Fux coloca com absoluta clareza: as ameaças contra autoridades e a incitação à desobediência a ordens judiciais representam crime de responsabilidade”, afirma o senador de Sergipe.

Ele também criticou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a quem cabe a decisão de abertura de um processo de cassação do mandanto de Bolsonaro.

“A omissão de Lira, senhor de bilhões do Orçamento Secreto, ofende o estado democrático de direito”, escreveu Alessandro Vieira, que defende o impeachment de Bolsonaro.

O presidente do Supremo se manifestou em resposta aos atos antidemocráticos de 7 de setembro e às declarações do presidente da República contra a democracia, e também garantiu que o STF não será fechado.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) disse que Fux foi contundente ao deixar claro o crime de responsabilidade cometido pelo presidente, ao afirmar que ele não cumprirá decisões do ministro Alexandre de Moraes..

“Nossas instituições são firmes. Fica o recado: ninguém está acima da lei, presidente também tem que cumprir decisão judicial, fora disso é ditadura”, postou na rede social.

‘Firme e correto’

Para a senadora Leila Barros, Fux foi ‘firme e correto ao responder aos ataques às instituições brasileiras e à democracia’ feitos por Bolsonaro nas manifestações em Brasília e São Paulo.

“O líder de uma nação não pode afrontar e ameaçar desprezar decisões judiciais. Tal atitude, se levada a efeito, configuraria crime de responsabilidade e atentado contra o Estado Democrático de Direito. A vitalidade de uma democracia depende da harmonia entre os três poderes”, postou na rede social.

A parlamentar disse ainda que eventuais ‘distorções e questionamentos’ devem ser tratados não pela ‘desobediência’ e ameaças de fechamento do STF, mas à luz da Constituição.

“Discordâncias têm de ser postas respeitando o devido rito processual e o arcabouço legal do País”, afirma Leila Barros.

‘Descontrole de quem não convive bem com a democracia’, afirma Eliziane Gama sobre ataques de Bolsonaro à imprensa

‘É inaceitável ser insultado e agredido no exercício das funções de jornalista que é apurar, perguntar’, reagiu a senadora (Foto: Reprodução/Agência Senado)

A líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (MA), protestou contra os ataques e insultos do presidente Jair Bolsonaro a jornalistas e as empresas dos profissionais durante entrevista após uma formatura de especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá (SP), nesta segunda-feira (21).

“Um descontrole de quem não convive  bem com a democracia. Como jornalista, minha solidariedade aos colegas insultados”, postou Eliziane Gama na rede social.

 Bolsonaro retirou a máscara de proteção na entrevista e, aos gritos, mandou uma repórter calar a boca. O presidente disse ser alvo de “canalhas” da imprensa e do Brasil, pediu “pergunta decente” e mostrou irritação ao ser questionado por uma repórter da TV Vanguarda, afilhada da TV Globo, porque estava sem a máscara.

“É inaceitável ser insultado e agredido no exercício das funções de jornalista que é apurar, perguntar. Mais inaceitável quando os ataques partem do presidente”, afirmou a senadora.