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FAP faz pesquisa para avaliar a percepção de sua imagem

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Com o objetivo de construir uma comunicação mais assertiva e direcionada ao seu crescimento, a Fundação Astrojildo Pereira está realizando pesquisa de percepção de imagem. A FAP quer entender como sua atuação é vista pelos públicos com os quais ela se relaciona. O levantamento é coordenado pela diretoria e pelo conselho da instituição.

No formulário que disponibiliza para a pesquisa, a FAP pede que o participante avalie a relevância dela dentro do seu propósito institucional; se a comunicação da fundação reflete adequadamente sua missão e valores; a qualidade dos conteúdos publicados no site da instituição; o impacto das redes sociais da FAP na disseminação de ideias e debates; e quais eventos promovidos pela fundação têm gerado discussões e impactos relevantes.

A pesquisa mede também a opinião sobre a biblioteca da FAP, em termos de relevância e acessibilidade dos conteúdos, e a produção de livros. Ao final, o levantamento deixa um espaço para que o participante descreva quais mudanças, na sua opinião, poderiam fortalecer a comunicação e a imagem da instituição.

Clique aqui para responder à pesquisa.

Diretório Nacional aprova normas gerais para o XXI Congresso do Cidadania

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Na última reunião do Diretório Nacional de 16 de março de 2025, o Diretório Nacional do Cidadania aprovou as normas gerais para o XXI Congresso da Sigla. Congresso Nacional deve ocorrer nos dias 05,06 e 07 de março de 2026, em Brasília.

Leia abaixo a Resolução:

Resolução nº 001/2025 – NORMAS GERAIS DO XXI CONGRESSO DO CIDADANIA

Art. 1º – Fica convocado o processo congressual do CIDADANIA, em todos os níveis da federação.

Art. 2º – O Congresso, em todos os níveis, terá a seguinte pauta mínima:

I) Eleição do novo Diretório da respectiva instância;

II) Discussão sobre a declaração de posicionamento político do partido;

III) Moções e indicações;

IV) Alterações Estatutárias

V) Assuntos gerais.

§ 1º – Ao Congresso Nacional do CIDADANIA, que se realizará nos dias 05, 06 e 07 de março de 2026, em Brasília/DF, competirá também a aprovação do documento congressual contendo a declaração de posicionamento político do partido, assim como a aprovação de eventuais alterações estatutárias.

§ 2º – A critério exclusivo das respectivas Comissões Executivas, outros assuntos poderão ser incluídos para discussão, desde que sugeridos por escrito com 15 (quinze) dias de antecedência do início do Congresso, em cada instância, com ampla divulgação.

Art. 3º – O processo congressual desenvolver-se-á por intermédio das mais diversas formas de participação, observando-se o seguinte cronograma conforme esta resolução:

– MUNICIPAIS e ZONAIS no período de 1º de agosto de 2025 a 30 de novembro de 2025;

– ESTADUAIS, até 31 de dezembro de 2025;

§ 1º – Os Núcleos Temáticos, Setoriais e Secretarias de Cooperação participarão do Congresso desde que venham funcionando regularmente na circunscrição e cuja existência seja reconhecida pelos respectivos Diretórios.

§ 2º – Para efeito deste artigo os Diretórios Zonais do Distrito Federal equiparam-se a Diretórios Municipais.

Art. 4º – Os Congressos em cada instância deverão ser antecedidos de seminários, fóruns, debates, encontros e outras atividades que visem a discussão do temário congressual, programados, convocados e realizados por iniciativa e sob a responsabilidade das instâncias partidárias.

Parágrafo único – Uma Tribuna de Debates aberta a todas as pessoas interessadas em participar, por meio da Comunidade oficial do Cidadania no WhatsApp, com ampla divulgação no portal do Cidadania, redes sociais e sites estaduais do partido na Internet, bem como por outras formas de divulgação.

As colaborações terão no máximo 80 linhas.

Art. 5º – Participarão do Congresso, com direito a:

I) Voz e voto:

a – NOS CONGRESSOS MUNICIPAIS E ZONAIS DE MUNICÍPIOS: todos os filiados ao Partido no município, zonas eleitorais ou integrantes de Núcleo Temático ou Setorial e Secretarias de Cooperação, até 30 dias antes da data do Congresso, quites com suas obrigações partidárias, de acordo com o Estatuto Partidário;

b – NOS CONGRESSOS ESTADUAIS: os delegados eleitos em cada Congresso Municipal;

c – NO CONGRESSO NACIONAL: os delegados eleitos em cada Congresso Estadual, de acordo com a planilha anexa, além de dois delegados indicados por cada uma das seguintes Secretarias de Cooperação: Diversidade, Igualdade, Mulheres e Juventude.

II) Apenas a voz:

a – NOS CONGRESSOS ESTADUAIS: os filiados detentores de mandatos estaduais (ou distrital, no caso do Distrito Federal), com domicílio eleitoral no Estado (ou no Distrito Federal), os membros do Diretório Estadual e dos respectivos Conselhos; participantes de Núcleos Temáticos que não sejam filiados ao Partido e convidados pela respectiva instância;

b – NO CONGRESSO NACIONAL: os filiados detentores de mandato eletivo federal e os membros do Diretório Nacional e de seus respectivos Conselhos.

§ 1º – Cada Estado terá um mínimo de 05 delegados ao Congresso Nacional do Partido.

§ 2º – Cada Diretório informará às instâncias sob sua responsabilidade a situação de seus integrantes, inclusive dos integrantes comuns, no tocante à regularidade de situação de seus membros, em especial quanto à presença nas reuniões naquela instância.

Art. 6º – O critério para definição do número de delegados estaduais para o Congresso Nacional será o resultado da média da soma de votos dos deputados federais e estaduais, em 2022, acrescida da soma dos votos para vereadores, em 2024, nas respectivas Unidades da Federação, excetuando-se o Distrito Federal, que terá os votos de deputado federal, multiplicados por dois, somados ao de deputado distrital, em 2022.

§ 1° – Para o Congresso Nacional, os delegados serão eleitos nos Congressos Estaduais, na proporção de 1 (um) delegado para cada soma de 20.000 votos, ou fração, obtida pelo Partido no Estado, acrescidos de mais 1 (um) delegado para cada deputado federal eleito.

§ 2° – Para os Congressos Estaduais a definição do número de delegados será feita pelo respectivo Diretório Estadual, não podendo deixar de ser consideradas as eleições para deputados federal e estadual, em 2022, e as eleições municipais de 2024. Caso o Diretório Estadual não delibere a respeito, será assegurado a todos os municípios que tenham realizado o Congresso Municipal a indicação de ao menos 01 delegado por município e de 05 delegados pela capital do Estado, bem como de mais 01 delegado por município que tenha eleito representantes nas eleições de 2024.

§ 3º – Para os Congressos Municipais todos os filiados ao Partido no município, zonas eleitorais ou integrantes de Núcleo Temático ou Setorial e Secretarias de Cooperação, até 30 dias antes da data do Congresso, quites com suas obrigações partidárias, serão considerados congressistas.

Art. 7º – As direções partidárias deverão encaminhar à instância superior as resoluções adotadas assim como a relação dos delegados e seus suplentes, constando nome, CPF, endereço, número de telefone e e-mail, até 5 (cinco) dias após a realização do Congresso, sob pena de não serem credenciados seus delegados. O envio deverá ser feito por meio de formulário eletrônico estruturado a ser disponibilizado pela coordenação nacional de comunicação e tecnologia.

Art. 8º – Caberá às instâncias estaduais e municipais convocar seu respectivo Congresso, com antecedência mínima de 15 dias, devendo a convocação definir local, data e horário de realização do congresso, fixando normas suplementares para sua circunscrição, observadas as presentes disposições e o Estatuto.

Art. 9º – As despesas com transporte, hospedagem, alimentação e organização do Congresso Nacional serão arcadas pelo Diretório Nacional.

Art. 10 º – Os casos polêmicos, ou não previstos nestas normas, serão decididos pelas respectivas Comissões Executivas, de cada instância, cabendo recurso ao plenário do respectivo Congresso.

Brasília, 15 de março de 2025.

Moção de repúdio contra a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 08 de Janeiro de 2023

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Considerando os atos criminosos e antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, na capital federal, nos quais foram depredados os edifícios dos Três Poderes da República;

Considerando que tais atos constituíram grave afronta ao Estado Democrático de Direito, à Constituição Federal e às instituições democráticas brasileiras;

Considerando ainda que os mesmos atos constituíam parte de um plano maior de subversão da ordem legal, com o objetivo de impedir a posse dos vitoriosos na eleição de 2022 e a continuidade do candidato derrotado no poder;

Considerando que os acusados por tais crimes devem ser devidamente investigados, julgados e punidos dentro do rigor da lei, garantindo-se a ordem, a justiça e o respeito à democracia;

Considerando que qualquer proposta de anistia a esses indivíduos representaria um retrocesso institucional, um grave precedente de impunidade, assim como um incentivo á reiteração de atos semelhantes no futuro;

O Cidadania23 manifesta, por meio desta MOÇÃO, seu total REPÚDIO a qualquer iniciativa legislativa ou jurídica que vise conceder anistia aos envolvidos nos atos golpistas de oito de janeiro de 2023. A impunidade desses crimes comprometeria a segurança jurídica e a estabilidade democrática do Brasil.

Brasília (DF), 17 de março de 2025

Esta moção foi aprovada na Reunião do Diretório Nacional de 16 de março de 2025

Moção de apoio à maior transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares

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Considerando que a transparência nas decisões dos congressistas a respeito da destinação, por meio de emendas, de recursos públicos é indispensável para a avaliação do desempenho dos mandatários por parte dos eleitores;

Considerando a importância da transparência e do controle social sobre o uso dos recursos públicos para a maximização da eficiência do gasto público;

Considerando que a transparência na alocação de recursos públicos é regra consagrada na Constituição;

Considerando que as emendas parlamentares são instrumentos legítimos de alocação de verbas do orçamento público, sendo fundamental garantir sua correta aplicação em prol do interesse coletivo;

Considerando a necessidade de mecanismos eficazes de rastreamento, monitoramento e divulgação dos recursos destinados por meio dessas emendas, a fim de evitar desvios, desperdícios e promover a boa governança;

Considerando o crescente anseio da sociedade por maior clareza sobre o destino e a efetividade das emendas parlamentares, fortalecendo assim a confiança nas instituições públicas;

O Cidadania23 manifesta seu apoio à implementação de medidas que assegurem maior transparência e rastreabilidade das emendas parlamentares, incluindo a obrigatoriedade de divulgação detalhada sobre sua destinação, execução e impactos para a sociedade.

Reforçamos a importância da criação de plataformas públicas acessíveis para que a população possa acompanhar de maneira clara e objetiva todas as informações relativas às emendas parlamentares, permitindo um controle social mais efetivo e contribuindo para a eficiência do gasto público.

Brasília (DF), 17 de março de 2025

Esta moção foi aprovada na Reunião do Diretório Nacional de 16 de março de 2025

Juventude defende que Cidadania construa alternativa à polarização política

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Geovana Machado, presidente da J23 durante sua intervenção na reunião do Diretório Nacional de 16/03/2025 - Foto: Vinícius Melo

A juventude 23 apresentou, na reunião do Diretório Nacional neste domingo (16), uma carta de posicionamento em que defende que o Cidadania, neste momento de reflexão sobre os próximos passos pós-rompimento da federação com o PSDB, não faça alianças com nenhum dos extremos dos polos políticos no Brasil, representados pelo bolsonarismo e pelo petismo.

“Representamos uma alternativa à polarização política desastrosa, que só enfraquece as instituições democráticas”, diz a carta, assinada pela presidente do J23, Geovana Machado. O texto defende que o Cidadania esteja favorável à construção de uma terceira via.

“Representamos uma alternativa à polarização política desastrosa, que só enfraquece as instituições democráticas”

Trecho da carta apresentado por Geovana Machado, presidente da M23

“Combatemos a extrema direita e não compactuamos com a esquerda radical e seus afluentes”, afirma o documento. Ao final, a juventude ressalta que “o futuro é nosso, mas precisamos construí-lo agora em conjunto com os que nos lideram hoje”.

“Combatemos a extrema direita e não compactuamos com a esquerda radical e seus afluentes”

“o futuro é nosso, mas precisamos construí-lo agora em conjunto com os que nos lideram hoje”

Veja a íntegra da carta

Moção de apoio do Cidadania23 ao projeto que põe fim aos supersalários

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Em julho de 2021, a Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 6726/2016. O projeto acaba com os supersalários de servidores públicos. A relatoria foi do Deputado Rubens Bueno (Cidadania PR).

No entanto, o Projeto que economizaria, somente nos últimos 6 anos, mais de R$ 20 bilhões em recursos, que deveriam ser utilizados em benefício da nossa sociedade, aguarda há quatro anos pela votação na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

No Brasil, os supersalários, abocanharam expressivos recursos que deveriam ser utilizados em benefício da nossa sociedade.

Magistrados, ou servidores de carreira equiparada à magistratura, recebem acima do teto constitucional de R$ 46 mil, graças aos famosos penduricalhos, como exageros em verbas indenizatórias, auxílios e diárias.

Em 2024, nove em cada dez servidores do Judiciário e do Ministério Público receberam pelo menos um mês de supersalário.

Na reunião do Diretório Nacional do Cidadania 23, realizada em 16/03/2025, o Partido manifesta apoio ao referido Projeto, repudiando a morosidade com que a matéria está sendo tratada no Senado Federal, ainda mais tendo em vista as dificuldades que o trabalhador comum brasileiro enfrenta na sua rotina para manter o sustento de sua família.

Esta moção foi aprovada na Reunião do Diretório Nacional de 16 de março de 2025

Diretório Nacional do Cidadania aprova, por unanimidade, fim da federação com o PSDB

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O Diretório Nacional do Cidadania acolheu, por unanimidade, a decisão da Executiva Nacional de não renovar a federação com o PSDB. A deliberação é uma ruptura política da aliança, que vigora desde as eleições de 2022. “A federação é passado; vamos em frente, retomando o protagonismo de nossa identidade, que deve apontar para onde o Cidadania pretende caminhar”, disse o presidente nacional Comte Bittencourt, que conclamou o partido a construir esse novo ciclo de sua trajetória.

Comte Bittencourt ponderou que agora é preciso ter “sabedoria, tranquilidade e equilíbrio para chegarmos à maturidade, entre nós, do que devemos fazer com vistas às eleições de 2026, decidir se vamos disputar sozinhos ou se nos federamos com outros partidos do campo democrático”.  O dirigente salientou ainda que primeiro o partido precisa se fortalecer, investir na vida orgânica nos estados, debater, “com nossas diferenças, mas com respeito e companheirismo”.

O desafio é enfrentar a diversidade de situações nos estados e, para saber dos cenários, a direção nacional vai fazer reuniões com os dirigentes estaduais ao longo do próximo mês. Bandeiras importantes para o partido como a questão da democracia, a urgência de medidas que visem lidar com a crise climática e o combate a privilégios, como os supersalários, devem estar presentes na caminhada não só para 2026, mas sempre, salientou Comte.

O DN aprovou moção de apoio ao projeto de autoria do então deputado Rubens Bueno (PL 6726/2016) que acaba com essa distorção no funcionalismo público. A matéria foi aprovada pela Câmara e está na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Outra moção aprovada pelo Diretório Nacional é a que defende transparência no uso das emendas parlamentares, apresentada pelo ex-deputado federal Arnaldo Jordy, do Pará. O DN também deliberou por rechaçar qualquer anistia pelos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023 e pela tentativa de golpe de estado.

Nas participações dos membros do Diretório Nacional, que se revezaram no microfone, a insatisfação com o resultado da aliança com os tucanos deu o tom da decisão que ao final se deu. Os representantes dos estados contaram a experiência de uma convivência difícil e desvantajosa para o Cidadania, que perdeu em número de deputados estaduais e federais, vereadores e prefeitos. Mas também foi praticamente unânime a defesa da rápida retomada da identidade partidária e a definição de rumos.

O reconhecimento do sucesso do seminário da Fundação Astrogildo Pereira (FAP) em comemoração aos 40 anos da democracia brasileira foi unânime. Todos os oradores falaram do orgulho de pertencer ao único partido político que idealizou e viabilizou esse evento.

A juventude 23 trouxe à reunião uma “carta de posicionamento”, em que afirma ser o Cidadania um partido do centro democrático, que defende o combate às desigualdades econômico-sociais e a sustentabilidade nos campos ambiental e econômico e apontando a vontade de enfrentar a polarização política, “debatendo o Brasil real, de problemas reais”.

Cidadania faz evento histórico para comemorar a democracia

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Em comemoração aos 40 anos da retomada da democracia no Brasil, o Cidadania e a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) promoveram, neste dia 15 de março, evento que contou com a participação do ex-presidente José Sarney, dos ex-presidentes do Uruguai Julio María Sanguinetti e do Chile Michele Bachelet, de deputados constituintes de 1988 e de pensadores do campo democrático. A data escolhida que corresponde à posse de Sarney em 1985, marcando o fim da ditadura implantada a partir de 1964. Foi o único ato no país a lembrar esse marco.

Sarney e constituintes foram homenageados. O ex-presidente, que está com 94 anos, relembrou dias tensos que antecederam a posse. O general João Batista Figueiredo avisara que só daria posse a Tancredo Neves, que estava internado e viria a morrer em 21 de abril daquele ano. “Foi muito difícil para nós enfrentarmos a doença e a morte de Tancredo, que fez toda a engenharia política, em torno da qual tantos políticos se reuniram, para a transição”, disse. “Eu não tinha o capital político que ele tinha”, afirmou.

Em três painéis com a participação de ex-parlamentares, ex-ministros e pensadores, foram discutidas as conquistas, as dívidas e desafios da democracia brasileira. O presidente do Cidadania, Comte Bittencourt, saudou os presentes e salientou que o Cidadania tem suas raízes no PCB, e a história do partido tem mais de um século. “São duas gerações, em 40 anos, vivendo na democracia e fizemos questão de marcar essa data”, disse.

O presidente da FAP, Marcelo Aguiar, disse que a fundação tem o objetivo de difundir os ideais democráticos e republicanos e que a homenagem a Sarney se deveu ao fato de ele ter sido o condutor da transição democrática. “Teve a coragem de legalizar o PCB, que foi colocado na clandestinidade em 1947”, lembrou. Aguiar ressaltou que em várias partes do mundo surgem forças contra a democracia, condenou os planos de golpe de estado no Brasil por parte da extrema direita e defendeu punição contra o golpismo.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Carmen Lúcia, disse que “a melhor e única opção de se viver com liberdade é a democracia”. Em 15 de março de 1985, afirmou, permitiu ao Brasil vislumbrar uma sociedade mais fraterna, pluralista e sem preconceito, como estabelece o preâmbulo da Constituição Federal. A ministra também abordou a importância das mulheres na redemocratização.

O ex-ministro e ex-deputado constituinte Nelson Jobim lembrou a opção do PCB pela via democrática, sem aderir à luta armada. “Pra mim, o Partidão é mais que um partido, é um estado de espírito”. A ex-vereadora e ex-deputada estadual do Paraná Elza Correia disse o evento era “imprescindível” e que fez reviver o passado “do corredor polonês da ditadura”. E lamentou o fato de haver quem defenda a volta do regime autoritário. “Ditadura nunca mais. Viva a democracia”.

O ex-governador, ex-ministro e ex-senador Cristovam Buarque falou durante o painel das “dívidas” da democracia e ressaltou o “nível altíssimo de corrupção, os privilégios, “que não são menores do que a época do império” e a questão militar, ainda não resolvida, além do corporativismo e outras mazelas com as quais o Brasil convive, como a insegurança nas ruas.

O jornalista Luiz Carlos Azedo falou sobre “A democracia pela ótica da imprensa” e abordou o fim do monopólio da notícia pelos órgãos de comunicação, o que poderia dar a errônea ideia de que a mudança beneficiou a sociedade. “Mas vemos que a inteligência artificial é capaz de produzir notícias que não existiram e apresentar os fatos como se eles tivessem existido; isso resgata o papel do jornalista para esclarecer e informar de maneira fiel aos fatos”.

O ex-deputado Rubens Bueno lamentou que o Parlamento esteja tão divorciado das pautas realmente de interesse do país. Ele falou também sobre os movimentos da direita nas redes sociais em todo o mundo. “Precisamos fazer com que essa mobilização aconteça do outro lado também; partidos políticos e sociedade organizada precisamos sair disso”.

Democracia 40 anos trará personagens da história para debater conquistas, dívidas e desafios

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O Cidadania, a Fundação Astrojildo Pereira (FAP) e o Jornal Correio Braziliense realizam, neste sábado (15), o evento Democracia 40 anos, conquistas, dívidas e desafios, com diálogos e debates com a participação dos ex-presidentes José Sarney, Julio María Sanguinetti (Uruguai) e Michelle Bachelet (Chile) – que participará por vídeo -, além da ministra Carmen Lúcia (STF), ex-ministros dos governos democráticos e constituintes de 1988. O local será o icônico Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.

Clique aqui para ver programação completa.

A organização da FAP dividiu os tópicos em mesas. A primeira, mediada pelo ex-ministro e ex-presidente do INCRA Milton Seligman, terá como convidados os ex-presidentes Sarney, Sanguinetti e Bachelet, a ministra Carmen Lúcia, os ex-ministros Nelson Jobim e Rubens Ricupero e o diplomata Julio Cesar Gomes Santos. Eles vão tratar das conquistas consolidadas da democracia brasileira. Os diálogos começam às 9:30.

A mesa II, dedicada ao tema “Democracia 40 anos, dúvidas e dívidas do presente”, será mediada pela diretora-executiva da FAP, a ex-vereadora e ex-deputada estadual Elza Correia. Estarão no debate o ex-governador do Distrito Federal e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque; Vera Lúcia Santana Araújo, ministra substituta do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); Marcos Marrafon, presidente do Conselho Curador da FAP; e, por videoconferência, o escritor Mark Lilla. O início dos trabalhos da mesa será às 14:00.

Na mesa III, a mediação estará a cargo da jornalista Basília Rodrigues, analista de política da CNN Brasil. Os convidados são o ex-ministro Raul Jungmann; Joênia Wapichana, primeira mulher indígena eleita deputada federal – em 2018 – e atual presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas; e Alberto Aggio, doutor em História pela USP. O painel começa às 15:30.

O diretor-geral da FAP, Marcelo Aguiar, e o presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, encerrarão o evento. Fotos selecionadas e disponibilizadas pelo Correio Braziliense estarão expostas no saguão de entrada do panteão. O filme “Os 40 anos da redemocratização pelas lentes do mestre Orlando Brito” será exibido logo pós a abertura.

Acompanhe ao vivo pelo Youtube da Fundação Astrojildo Pereira:

Historiador analisa trajetória dos partidos em 40 anos de democracia

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Crédito: Reprodução FAP

Os partidos políticos, organismos centrais da vida democrática, são incapazes de se abrirem para a dinâmica de transformações que ocorrem na vida social e econômica

O livro A Construção da Democracia no Brasil, 1985-2025: mudanças, metamorfoses, transformismos (Annablume/Fundação Astrojildo Pereira), do historiador Alberto Aggio, será lançado hoje, às 19h, na Osteria Vicenza, no Complexo Brasil XXI, em Brasília. Trata-se de uma síntese sobre o processo político brasileiro, que busca uma explicação para o atual momento em que estamos vivendo, no qual o autor registra uma situação de mal-estar e desorientação da sociedade em relação à política, no contexto de grandes mudanças globais.

Aggio é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), livre-docente e titular pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Também tem pós-doutorado pela Universidade de Valencia, na Espanha, e pela Universidade Roma Tre, na Itália. “É reconhecível, quase que consensualmente, que há uma crise de legitimação democrática, que se vem impondo às democracias”, constata. O historiador analisa a trajetória dos principais partidos, entre os quais o PSDB e o PT, ao longo desses 40 anos.

Nesse período, houve um gradativo e persistente arrefecimento da formulação programática dos partidos políticos, o enfraquecimento das estruturas de representação e a falta de consenso democrático, que se refletem hoje na ausência de um projeto de nação. O autor adota uma perspectiva muito crítica em relação ao transformismo dos partidos políticos, sem cair na negação de que houve um avanço democrático. Avalia que é possível preservar as instituições democráticas e avançar na superação de suas principais contradições, apesar dos riscos de retrocesso.

“Apesar da diminuição da extrema pobreza, o país não conseguiu resolver o problema da desigualdade social e racial dentro de parâmetros aceitáveis. Não há como não reconhecer que isso afeta a convicção de que a democracia pode mudar a vida para melhor”, observa o autor. Ele examina o processo de transição da democracia a partir das eleições de 1974 até a eleição de Tancredo Neves; a partir daí, o que ocorreu durante os governos de José Sarney, Collor de Mello, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, além da encruzilhada em que o país se encontra após dois anos do terceiro mandato de Lula.

De formação gramsciana, o autor analisa o processo de modernização do Brasil na chave da “revolução passiva” e do “americanismo”, que se mantiveram após a redemocratização, numa perspectiva de maior protagonismo da sociedade, porém ameaçado pelo transformismo dos partidos políticos. Essa modernização ocorreu de forma avassaladora, principalmente durante o regime militar, e alterou a morfologia da sociedade brasileira, porém resultou em 40 anos de democracia exitosa, apesar dos grandes deficits políticos e sociais.

Riscos de retrocesso

Segundo Aggio, a democracia brasileira se consolidou institucionalmente, tanto que conseguiu suportar os traumas da realização de dois processos de impeachment, porém correu sério risco, a partir de 2018, com a chegada da extrema-direita ao poder. Entretanto, os órgãos de controle institucionais conseguiram barrar as iniciativas de erosão democrática colocadas em marcha durante o governo de Jair Bolsonaro, impedindo que sua “guerra de movimento” contra as instituições políticas prosperasse.

Para Aggio, a fortaleza institucional da democracia contrasta com a fragilidade da forma como a sociedade vivencia e participa da política. Os partidos políticos, organismos centrais da vida democrática, são incapazes de se abrirem para a dinâmica de transformações que ocorrem na vida social e econômica, porque “se oligarquizaram e se enrijeceram”.

As estruturas voltadas para o enriquecimento de suas lideranças provocaram sentimentos de rejeição da sociedade aos partidos e a perda de confiança na política como instrumento de resolução dos problemas. Mas, por outro lado, avanços institucionais importantes, entre os quais o processo eleitoral, transformaram o Brasil numa democracia de massas.

Apesar disso, Aggio aponta que “o sistema político presidencialista, com seu hibridismo característico, no qual o Executivo é eleito majoritariamente e o Parlamento, proporcionalmente, não tem permitido e tampouco impulsionado reformas políticas significativas no campo da representação, o que afeta a qualidade da democracia.”

Para o historiador, o êxito da construção democrática e o mal-estar diante da dificuldade de legitimação das instituições políticas parecem compor, paradoxalmente, duas faces de uma mesma moeda. “Em razão disso, acaba predominando a desconfiança em relação às instituições políticas que dão sustentáculo à democracia. Mesmo assim, apesar das imperfeições e ineficiências, essas instituições políticas têm sido um fator real de sobrevivência da democracia no Brasil”, avalia. (Correio Braziliense – 14/03/2025 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/historiador-analisa-trajetoria-dos-partidos-em-40-anos-de-democracia/)