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Balanço 2024: Executiva se reúne dia 09

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A Executiva Nacional do Cidadania se reúne no dia 09 de novembro para fazer um balanço das eleições. O encontro acontece a partir das 9 horas e o link será enviado para todos os participantes.

Leia abaixo a convocação.

Ofício 066/2024 – Cidadania/DN

Brasília, 22 de outubro de 2024

Prezados(as) companheiros(as),

Por meio deste, estamos convocando os membros da Comissão Executiva Nacional para uma reunião ordinária, de acordo com o estabelecido no artigo 20, §5º, do nosso estatuto, online, no dia 09 de novembro de 2024, (sábado) às 09 horas (horário de Brasília), para tratar dos seguintes pontos de pauta:

  1. Análise de Conjuntura Política e balanço das Eleições Municipais;
  2. Assuntos gerais.

    A reunião será realizada por meio de link que será enviado aos membros da Executiva Nacional.

Sem mais para o momento e certos de contarmos com sua imprescindível presença, subscrevemo-nos,

Regis Cavalcante
Secretário Geral

Comte Bittencourt
Presidente

Lula é o grande ausente na reunião do Brics

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NAS ENTRELINHAS

O Brasil é um dos fundadores do Brics, como a Índia e a África do Sul, mas quem dará as cartas no grupo na reunião de hoje é a China, aliada à Rússia. A propósito, o encontro ocorre à sombra da guerra da Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o grande ausente da 16ª Cúpula dos líderes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que começa hoje, em Kazan, na Rússia. Para o presidente russo Vladimir Putin, o evento tem importância estratégica, porque sinaliza para o mundo que seu isolamento não foi um objetivo alcançado pelo Ocidente, com as sanções econômicas adotadas por Estados Unidos, Inglaterra e União Europeia, por causa da invasão da Ucrânia pelas tropas russas.

Lula foi impedido de participar do encontro em razão de um acidente doméstico — uma queda no banheiro —, no qual bateu com a cabeça, teve que levar cinco pontos. e ainda se encontra sob observação médica. Esse tipo de acidente é muito perigoso e pode provocar lesões celebrais. Entretanto, politicamente, sua ausência é providencial, diante de algumas questões incômodas que serão tratadas nessa reunião, como os pedidos de adesão da Venezuela de Nicolás Maduro; da Nicarágua de Daniel Ortegra; e do Afeganistão dos Talibãs. O Brasil é contra.

O Brasil é um dos fundadores do Brics, como a Índia e a África do Sul, mas quem dará as cartas no grupo na reunião de hoje é a China, aliada à Rússia. O chefe da delegação brasileira é o chanceler Mauro Vieira, porém, Lula participará da cúpula por videoconferência, segundo o Palácio do Planalto. A realização da reunião em Kazan é um desafio ao Ocidente por si mesma, uma vez que o encontro foi montado sob medida para Putin. A cúpula de Kazan contará com os novos integrantes do grupo: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos e Etiópia. A Arábia Saudita ainda não oficializou sua entrada, mas já foi aceita no bloco.

A reunião, inevitavelmente, será à sombra da guerra da Ucrânia. A posição de Lula sobre essa questão é ambígua. “Acho que a Rússia cometeu um erro crasso de invadir o território de outro país. Mas acho que quando um não quer, dois não brigam. Precisamos encontrar a paz”, sustenta. Lula já chegou a dizer que os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, “estão gostando da guerra”.

Lula e Xi Jinping apresentaram um plano de paz para a guerra da Ucrânia no Conselho de Segurança da ONU, mas dificilmente sairá do papel. É rejeitado pelos Estados Unidos e pela União Europeia, além da Ucrânia. O Brasil votou a favor da resolução da Assembleia Geral da ONU sobre a integridade territorial da Ucrânia, em outubro de 2022, e de resolução sobre paz duradoura e fim dos conflitos, em fevereiro de 2023, o que representa um compromisso do governo brasileiro com a paz.

Sul global

A importância do Brics é mais econômica do que política, porém, o grupo ganha um viés ideológico antiocidental em razão da nova “guerra fria” entre os Estados Unidos e a Rússia, no contexto da disputa comercial norte-americana com a China. As economias do Brics suplantam as do G7. O PIB da Alemanha, da Áustria, da Finlândia e da Estônia está encolhendo; a União Europeia vive um momento de estagnação econômica e certa incerteza política. Mais de 30 países desejam ingressar no Brics, entre os quais Azerbaijão, Bolívia, Honduras, Venezuela, Cuba e Turquia. A Rússia veta a entrada dos que apoiam as sanções norte-americana e europeias a sua economia.

O viés antiocidental do encontro de Kazan é um problema para a diplomacia brasileira, mas agrada a uma parcela do governo e, principalmente, a cúpula do PT. A tese de que algumas das instituições da ordem internacional estão voltadas contra os países em desenvolvimento e que o bloco pode ser um caminho para uma reforma ganha força. China e Rússia tiram proveito dessa questão, mas Brasil, Índia e África do Sul também querem manter relações boas com os Estados Unidos e União Europeia.

A Índia é a grande concorrente da China e procura ampliar sua influência na África, onde aumentou de 25 para 43 o número de embaixadas. O país é o quarto maior parceiro comercial africano e a quinta maior fonte de investimento direto estrangeiro na região. A economia indiana deverá crescer 6,5% ao ano entre 2024 e 2028, e tornar-se a terceira maior economia do mundo até 2032, ultrapassando o Japão e a Alemanha.

O Itamaraty tem por tradição uma política flexível, independente e pragmática, porém, o ex-chanceler e assessor especial da Presidência Celso Amorim aposta cada vez mais nas relações com o chamado Sul global, para projetar a liderança de Lula nos países em desenvolvimento. Entretanto, as relações com países da América do Sul, principalmente do Mercosul, não têm sido fáceis para Lula.

Até novembro deste ano, o Brasil também ocupará a liderança rotativa do G20, grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana, que se reunirá no Rio de Janeiro, em novembro. No próximo ano, o Brasil assumirá a presidência do Brics e sediará a 30ª Conferência sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP30) em Belém. (Correio Braziliense – 22/10/2024 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-lula-e-o-grande-ausente-na-reuniao-do-brics/)

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (22/10/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Com dólar alto, mercado já prevê inflação de 2024 no teto da meta
Cúpula da Fundação Saúde cai em meio à crise dos órgãos afetados
Facção do crime cresce nas prisões do Rio e chega a 18 mil membros
Controle de fundação com orçamento milionário opõe Valdemar e Bolsonaro no PL
Nunes e Boulos tentam motivar eleitores para deter abstenção
Acidente doméstico ‘foi grave, mas estou cuidando’, diz Lula
Reconhecimento facial contro golpe nas redes
Julgamento da tragédia de Mariana começa em Londres
Com milhões de dólares, Musk amplia influência na campanha de Trump

O Estado de S. Paulo

Reparação por Mariana prevê R$ 167 bi, com programa de renda e duplicação de estradas
Cúpula do Brics começa com Brasil sob descofiança do Ocidente
CSN consegue hipotecar fábrica de dona da Usiminas em SP
EMS propõe fusão à Hypera para criar a maior farmacéutica da AL
Mensagens obitidas pela PF apontam acharque de policiais de SP a MCs do funk
Um ano depois, o retorno de Neymar: ‘Estou feliz, estou de volta’
Aeroporto de Porto Alegre reabre após 6 meses
Agência intima Enel e processo pode levar a fim da concessão

Folha de S. Paulo

Governo Lula planeja leilão de 22 terminais portuários até o fim do ano que vem
Partidos apontam avanço de caixa 2, compra de votos e facções na eleição
Boulos nega copiar Marçal e afirma que mira eleitor de coach
Lula chama acidente de grave e diz esperar para saber estrago
Brics não discutirá Ucrânia, afirma chanceler do Brasil
Cuba chega ao quarto dia de apagão que afetou 10 mi
Trump ultrapassa Kamala em projeções de vitória nos EUA

Valor Econômico

Empresas fazem recompra recorde de debêntures, e investidor busca opções
Governo tenta desarmar ‘pautas-bomba’
MSC acerta compra da Wilson Sons
Mercado vê como positivo acordo em Mariana
Hypera recebe proposta de fusão com EMS
O mundo dividido entre Kamala e Trump

IMPRENSA HOJE

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Veja as manchetes dos principais jornais hoje (21/10/2024)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Pesquisas da reta final expõem a dificuldade de Lula em transferir votos
Queda no banheiro leva presidente a cancelar ida à Rússia
Em São Paulo, Nunes e Boulos apostam em agendas com Bolsonaro e Alckmin
Covid passa de 5 mil mortes, e estoque de vacinas não é suficiente para demanda
Extremos climáticos produzem desigualdade entre estudantes do Enem
País atrai projetos de pesquisa de petroleiras em energia verde
Escândalo dos transplantes chega ao 5º preso em sete dias

O Estado de S. Paulo

Sem desconfiança fiscal e ruído político, dólar estaria em R$ 5,10
PF aponta ligações do PCC com empresários do funk
Debate expõe voto consolidado na reta final da eleição de SP
Lula cancela ida ao Brics após cortar cabeça e levar 3 pontos
EUA investigam vazamentos de plano israelense para atacar o Irão
Cuba enfrenta terceira noite de apagão, sob ameaça de furação

Folha de S. Paulo

Mais brasileiros veem risco em mudança do clima, aponta Datafolha
Apagões cresceram em áreas onde estão 3,3 mi de clientes
Dorothea Werneck – Movimentos sindicais precisam entrar no século 21
Câmara bate recorde de folgas para deputados
Lula sofre acidente doméstico e cancela viagem à Rússia com Brics
Veto a candidaturas por ligação com suposto crime esbarra em orientação prévia do TSE
Seguro-desemprego para quem ganha acima de dois salários mínimos custa R$ 15 bi
Obra de metrô em SP tem a primeira mulher da América Latina a controlar tatuzão
Hezbollah pode colocar Líbano em risco, afirma premiê

Valor Econômico

Corrida global por minerais críticos já eleva busca por ativos e investimentos no Brasil
Lula cancela ida à Rússia após acidente doméstico
Contrato de concessão pode sofrer mudança
Pessimismo com cenário fiscal pressiona juros
Reabertura do Salgado Filho anima turismo
Envelhecimento do país traz risco e oportunidades
País criou mais vagas para mulheres este ano

Duplos atrasos

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Tecnologia nas escolas (Breno Rotatori/VEJA/VEJA)

Os erros: o uso de celulares nas escolas e a ignorância dos avanços

Em educação, o Brasil consegue ser duplamente atrasado: ao discutir tardiamente se o uso de celular deve ser tolerado como meio de comunicação dos alunos durante as aulas; e ao ignorar tardiamente a função dos aparelhos como ferramenta pedagógica. Há tempos já deveríamos ter proibido o uso como divertimento e já era tempo de estarmos incentivando o smartphone para facilitar o aprendizado. O celular em sala de aula tem provocado retrocesso no desempenho dos alunos, mas fechamos os olhos a essa prática; tanto quanto durante a epidemia de covid-19 relevamos o longo período das escolas fechadas; e há décadas fechamos os olhos às perdas decorrentes dos repetidos e longos períodos de greves de professores e demais servidores nas redes públicas de educação.

Da mesma forma, é prova de atraso a demora dos educadores em utilizar o celular como instrumento pedagógico, sob coordenação de professores, na evolução da tradicional e antiga prática da “aula teatral” — professor, lousa e alunos juntos — para a moderna “aula cinematográfica”, usando os muitos recursos de técnicas audiovisuais, de forma presencial ou remota. Devido ao conservadorismo técnico dos educadores, o Brasil continua atrasado na adoção das modernas ferramentas de educação, e devido ao conservadorismo político ainda não se prioriza educação. O celular, enfim, deve ser proibido como meio de comunicação e lazer na sala de aula e ser obrigatório como ferramenta de estudo, como ocorre em alguns países atentos ao problema e com sobejos bons resultados.

“É preciso sair da antiga e tradicional prática da ‘aula teatral’ para a ‘aula cinematográfica’ ”

Outro atraso duplo decorre da resistência ao uso de educação à distância pelos defensores do ensino presencial e da resistência dos defensores dessa modalidade de olho no olho ao uso de novas técnicas. Dito de outro modo: há um grupo exageradamente atrelado ao passado, de olhos fechados para as inovações. Insista-se: deve-se abrir caminho para que as “aulas teatrais”, que tanto sucesso fizeram, em outro momento histórico, possam agora ser transformadas em “aulas cinematográficas”, mais lúdicas e nem por isso menos educativas.

É impossível barrar a preferência e vantagens do ensino por meios remotos, mas a maior parte dos que defendem essa modalidade não percebe que ela exige uma nova linguagem, utilizando novos recursos tecnológicos. Em vez de exigir que as aulas utilizem as novas tecnologias, o MEC decidiu impedir o avanço do uso do ensino remoto, obrigando uma percentagem mínima de aula presencial em cada curso. É como se, há 100 anos, um ministério da cultura exigisse que o frequentador passasse uma hora no teatro para cada hora em sala de cinema. No outro lado, os defensores da modalidade remota querem cursos não presenciais apenas transmitindo as aulas tradicionais, teatrais. No passado, foi impossível barrar a arte dramática de evoluir do teatro para o cinema, mas para se justificar o cinema deixou de ser teatro e se fez uma nova arte. A educação à distância não deve ser apenas transmitida, ela requer uma nova pedagogia adaptada ao novo estilo. Mas temos preferido o duplo atraso: limitar o tempo em aula remota e não adaptar o remoto com o uso das novas tecnologias.

No lugar da busca de universalização e eficiência pedagógica, preferimos, de modo triste, os atrasos. (Veja – 18/10/2024 – https://veja.abril.com.br/coluna/cristovam-buarque/duplos-atrasos)

Depois da chuva, um olhar sobre São Paulo

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NAS ENTRELINHAS

O vendaval que provocou o colapso energético da capital paulista mexeu com os humores dos eleitores, mas não o suficiente para mudar os rumos da eleição

O último roteiro escrito por Akira Kurosawa não foi filmado pelo genial cineasta japonês, que já estava muito doente e morreu de um derrame, aos 88 anos, em 1998. Depois da chuva foi dirigido por Takashi Koizumi, seu assistente, por escolha do filho de Kurosawa. O diretor já havia trabalhado com Kurosawa em Kagemusha, a sombra de um samurai, Ran, Sonhos, Rapsódia em agosto e Madadayo.

O filme conta a história de Ihei Misawa (Akira Terao), um ronin (samurai errante) em busca de emprego, em meio ao dilema de lutar ou não lutar por dinheiro e obrigado a parar numa pequena hospedaria, porque as chuvas tornaram um rio intransponível. Serão dias de espera à beira da estrada, ao lado de pessoas muito pobres. São carregadores e artistas sem condições de sair para trabalhar, o que agrava a situação. Com o passar dos dias e as necessidades de sobrevivência, os conflitos aparecem. Revela-se o caráter de cada um.

A história é um drama humano bem característico de Kusosawa. O ronin se sensibiliza com os demais hóspedes: “Os pobres precisam se unir”, conclui, diante das desavenças que surgem. Quando a chuva passa, Misawa sai em busca de alimentos para um banquete, que muda os humores daquelas pessoas da água para o saquê, digamos assim. Em lugar das brigas e desconfianças, voltam a alegria e a empatia. Depois da chuva é um filme sobre a humanidade em tempos de crise, a partir de um microcosmo. Para alguns críticos, seu final é doce e romântico demais para uma história de samurais. Prefiro assim.

Pouco mudou

Lembrei-me do filme de Kurosawa a propósito das eleições para a Prefeitura de São Paulo. O vendaval que derrubou árvores e postes e provocou um colapso energético na capital paulista e nas cidades vizinhas, no último dia 11 de outubro, deixou milhares de casas sem energia e muitos moradores sem ter como trabalhar. O evento extremo mexeu com os humores da população em pleno processo eleitoral.

Mas não o suficiente para mudar radicalmente os rumos da disputa pela Prefeitura de São Paulo, no segundo turno, cuja votação será no próximo domingo. No Datafolha de quinta-feira passada, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) tinha 51% das intenções de voto, contra 33% do deputado federal Guilherme Boulos (PSol). Os números pouco mudaram em relação ao levantamento da semana anterior: 55% a 33%, com margem de erro de três pontos percentuais.

Ontem, por causa da chuva, Boulos cancelou dois eventos de campanha, um no Jardim Myrna e outro em São Mateus, nos quais estaria acompanhado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Optou-se por fazer uma gravação da campanha ainda pela manhã. O candidato do PSol pretende percorrer a cidade hoje para acompanhar os efeitos da chuva, que se tornaram o principal tema da campanha eleitoral nesta reta final.

Mais chuvas ocorrerão hoje, com rajadas de vento de até 40km/h na Represa Guarapiranga, segundo a plataforma WindGuru. Se alguém acha que a chuva pode ajudar a oposição, hoje atrapalha. Também há previsões de fortes ventos na quinta e na sexta-feira, com rajadas de até 55 km/h, às vésperas das eleições.

Mas é um erro apostar no quanto pior, melhor. Eleitoralmente, essa agenda já deu o que tinha que dar, a não ser que surja algum escândalo quanto aos contratos de poda de árvores da Prefeitura. Na terça-feira, nova pesquisa Datafolha será divulgada. A conferir.

Grande ABC e PCC

A situação do PT na região do Grande ABC, seu berço histórico, também é difícil. Na sexta-feira, Lula fez um rally nas cidades de Diadema, Mauá e São Caetano, para ajudar os candidatos petistas no segundo turno. É uma região estratégica para o partido, a começar por São Bernardo do Campo, domicílio eleitoral do presidente.

Em Diadema, Taka Yamaguchi (MDB) obteve 47%, contra 45% do atual prefeito José de Fillippi Júnior (PT), que foi tesoureiro da campanha de Lula em 2006 — voltou ao poder depois de 12 anos e agora tenta se reeleger. Depois de Diadema, Lula foi para Mauá, também na Região Metropolitana de São Paulo, participar de comício do prefeito Marcelo Oliveira (PT), candidato à reeleição, que está em melhor situação. Obteve 45% dos votos contra Átila Jacomussi (União Brasil), em segundo lugar, com 35% dos votos.

Em São Bernardo do Campo, cidade que foi o epicentro do movimento sindical liderado por Lula, o candidato do partido, Luiz Fernando Teixeira (PT), com 23% dos votos, amargou o terceiro lugar no primeiro turno. A disputa é entre Marcelo Lima (Podemos), com 49% de intenções de votos, e Alex Manente (Cidadania), com 39%, segundo pesquisa Real Data da TV Record.

É uma disputa feroz. Lima está proibido de entrar na Prefeitura por decisão judicial. É acusado por Manente de supostas ligações com políticos apoiados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), cada vez mais infiltrado nas prefeituras da região. (Correio Braziliense – 20/10/2024 – https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/nas-entrelinhas-depois-da-chuva-um-olhar-sobre-sao-paulo/)

Na GloboNews, Rubens Bueno cobra votação de projeto que barra supersalários

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Vice-presidente nacional do Cidadania, o deputado federal Rubens Bueno participou na última sexta-feira (18) do Jornal do Globo News, edição da 18 horas. Na entrevista para os jornalistas Fernando Gabeira e Ana Flor, Rubens cobrou a aprovação do projeto que barra os supersalários no serviço público. A proposta, relatada por ele e aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados, está barrada no Senado por conveniências do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União-AP), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Rubens fala, de peito aberto, o que querem esconder. Assista:

Diante do problema das apostas online, Any defende fortalecimento da educação financeira

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Os sites de apostas online, popularmente chamados de “bets”, que não possuem autorização governamental para operar, começaram a ser desativados. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) notificou diversas empresas, exigindo a interrupção das atividades das plataformas não licenciadas. Recentemente, um levantamento do Banco Central revelou que 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram cerca de R$ 3 bilhões em apostas esportivas apenas no mês de agosto.

Para a deputada federal Any Ortiz (Cidadania-RS), esses dados revelam um problema sério: a vulnerabilidade financeira de muitos brasileiros, agravada pela falta de conhecimento sobre gestão financeira. “Em um país com baixo nível de alfabetização financeira e alto índice de endividamento familiar, é fundamental adotar medidas concretas para incentivar o pensamento crítico e o uso consciente do dinheiro”, afirmou a parlamentar.

Any Ortiz defende a inclusão do tema nas escolas como uma ferramenta essencial para preparar as futuras gerações a gerirem seus próprios recursos de maneira mais eficaz, evitando endividamento e comportamentos de risco, como apostas. Quando atuou como vereadora e deputada estadual, a parlamentar propôs leis que incorporaram a educação financeira ao currículo das escolas municipais e estaduais. Agora, como deputada federal, pretende levar o tema ao âmbito nacional, aprovando a mesma iniciativa na Câmara dos Deputados.

Além disso, Any Ortiz apresentou uma emenda à Medida Provisória que institui o Bolsa Família, propondo a obrigatoriedade da inserção de conteúdos de educação financeira para as famílias beneficiárias. “Incluir o tema no currículo básico capacita os cidadãos a compreenderem melhor o uso do dinheiro público, contribuindo para um olhar mais crítico e consciente sobre os impostos que pagam. Por isso, ensinar educação financeira desde cedo pode ser o primeiro passo para promover uma mudança significativa na realidade econômica e social brasileira”, avalia.

Morte do líder do Hamas pode acabar com a guerra

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NAS ENTRELINHAS

É difícil avaliar a situação política em Gaza. O Hamas não está em condições de fazer um acordo de paz; por tudo o que aconteceu, terá que se render ou lutar até a morte

O líder do Hamas Yahya Sinwar foi morto por acaso em Gaza, por tropas de Israel em treinamento, mas nenhum refém foi resgatado na operação. Sinwar assumiu a liderança do Hamas após o assassinato do líder político do grupo, Ismail Haniyeh, por um míssil israelense, em Teerã, em 31 de julho. Considerado o seu principal chefe militar, o líder palestino morto fora escolhido devido à sua grande popularidade em Gaza e pelo controle militar do grupo.

Morreu isolado militarmente. Na quarta-feira, uma unidade das Forças de Defesa de Israel estava em patrulha durante treinamento no sul de Gaza, quando os soldados israelenses se depararam com um pequeno grupo de combatentes. Os soldados não estavam na área para uma operação de assassinato, nem tinham informações prévias de que Sinwar estava no local. Atacaram o grupo e três militantes palestinos foram mortos.

Um drone flagrou Sinwar ferido, momentos antes de ser morto pelos soldados. Uma gravação de um dos militares envolvidos na operação descreve o episódio: quando o drone entrou no prédio demolido por um míssil, Sinwar, com o rosto coberto, tentou derrubar o artefato arremessando um objeto. Nesse momento, as tropas israelenses efetuaram mais disparos contra Sinwar, resultando em sua morte.

No prédio onde os terroristas foram eliminados, não havia sinais da presença de reféns, segundo as Forças de Defesa de Israel. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou o feito, mas disse que as operações militares em Gaza continuarão até que todos os reféns sejam libertados. O corpo de Sinwar foi identificado por meio da análise de seus registros dentários.

Considerado o mentor do massacre e das atrocidades de 7 de outubro, Sinwar era caçado deste estão. O ataque do Hamas causou 1.205 mortes — 251 pessoas foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza. Quase um ano depois, 97 ainda estão em cativeiro, embora o Exército israelense considere 33 deles mortos. Na guerra com o Hamas, 41,4 mil palestinos foram mortos, a maioria idosos, mulheres e crianças. Não se sabe quantos soldados israelenses morreram em combate até agora.

Hamas acéfalo

Com a morte de Sinwar, o Hamas perdeu o principal dirigente político, chefe militar e líder popular, que havia sobrevivido aos duros golpes sofridos pela organização. Nos meios diplomáticos, o episódio é visto como uma oportunidade de fazer um acordo que encerre as operações militares e liberte os reféns. Porém, não se sabe quantos ainda estão vivos.

O presidente Joe Biden parabenizou Netanyahu pela morte de Sinwar, mas o secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, já revelou que a morte de Sinwar pode ser uma oportunidade para concluir esse acordo de paz e levar os reféns de volta para casa. Mas é preciso combinar com Netanyahu, que não aceita um cessar-fogo enquanto o Hamas não depuser as armas e se entregar à FDI.

Desde a libertação da prisão israelense, em 2013, Sinwar controlou a direção política e comandou os batalhões do Hamas em Gaza. Seu irmão, Mohammed, seu braço direito, ainda lidera grupos do Hamas no sul da Faixa de Gaza. Restam também dois líderes importantes: Khalil al-Hayya, vice de Sinwar, e Khaled Mashal, um dos fundadores do Hamas.

Conhecido como Abu Ibrahim, Sinwar nasceu em 1962 no campo de refugiados de Khan Younis, em Gaza. Seus pais eram de Ashkelon, mas tornaram-se refugiados depois do “al-Naqba” (“a catástrofe”), o deslocamento em massa de palestinos das suas casas ancestrais na Palestina durante a guerra que se seguiu à fundação de Israel, em 1948. Foi preso pela primeira vez por Israel em 1982, aos 19 anos, por “atividades islâmicas” e depois preso novamente, em 1985. Caiu nas graças do fundador do Hamas, o xeque Ahmed Yassin, que o escolheu para comandar a organização de segurança interna do grupo, a al-Majd, que punia quem desafiava a organização e executava suspeitos de traição. (Correio Braziliense – 18/10/2024 – https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/10/6967574-analise-morte-do-lider-do-hamas-pode-acabar-com-a-guerra.html)