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Arnaldo Jardim critica viés ideológico na política externa de Bolsonaro

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O deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), vice-presidente da região Sudeste da FPA (Frente Parlamentar Agropecuária) criticou o viés que o presidente Jair Bolsonaro vem usando em suas viagens internacionais.

“Estou muito desagradado de ver uma política internacional conduzida por razões ideológicas, de convicções inclusive comportamentais”, disse.

Jardim salientou que “política externa é para defender os interesses do país, para manter relações, para ter valores que o Brasil preserva, como não apoiar ditaduras, preservar a democracia, mas passar a fazer uma condução ideológica na política externa é algo equivocado, que pode nos levar a algo muito difícil para o país, constrangedora para os negócios, longe de ser nosso objetivo”.

Para Jardim, faltou um movimento claro em direção àquilo que significasse ampliação de mercados. O parlamentar lamentou a decisão do presidente de abrir um escritório de negócios em Jerusalém, que abriu um contencioso com o mundo árabe.

“Eu temo muito isso. Nós precisamos de um bom mercado”, defendeu.

Jardim lembrou que com a viagem aos Estados Unidos se iniciou um processo para liberar a venda de carne do Brasil para aquele país, que está suspensa.

“Estamos esperando a comissão que vem aqui fiscalizar para retomarmos a exportação”, disse.

Depois da visita de Bolsonaro aos EUA, o Brasil abriu seu mercado para a importação de trigo, “mas não tivemos contrapartidas claras nesse sentido”. Na viagem ao Chile, pouco se falou de relações comerciais.

A pedido de Paula Belmonte, comissão vai debater punição a prefeitos que desviam dinheiro da merenda

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A Comissão de Educação da Câmara aprovou, nesta quarta-feira (03), requerimento da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) para a realização de audiência pública com o objetivo de discutir projeto de lei do ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania) que define como crime de responsabilidade a aplicação indevida, pelo prefeito, de recursos provenientes do Programa Nacional de Alimentação Escolar, comprometendo o oferecimento de merenda nas escolas.

Segundo Paula Belmonte, até hoje o prefeito que desvia os recursos ou não presta contas da aplicação dele é punido com a suspensão do programa de alimentação para as crianças.

“Então, quem é punido? As nossas crianças, que ficam sem se alimentar nas escolas. Isso precisa mudar”.

A deputada salientou que não se pode deixar que haja desconfiança sobre o que é feito com os recursos de um programa tão essencial como o da alimentação. Por isso, ela defendeu a transparência, a prestação de contas e a punição dos que descumprem as leis, mas ressalvou que as crianças não podem pagar por erros de autoridades.

CPI do BNDES aprova requerimento de Paula Belmonte e convoca Palocci

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A CPI do BNDES da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (03), requerimentos da deputada federal Paula Belmonte (Cidadania-DF) que preveem a convocação do ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma, Antônio Palocci, e do ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) Luciano Galvão Coutinho, que comandou a instituição de 2007 a 2016.

A parlamentar argumenta que Palocci era “figura crucial na interlocução de grandes empresas com o BNDES, conforme apontam diversas delações no âmbito da Operação Lava Jato”.

Paula Belmonte acrescenta ainda que, em 2018, os resultados apresentados pelo banco mostraram prejuízos nos créditos da área internacional de R$ 2,2 bilhões com a Venezuela e de provisionamento para perda de R$ 2 bilhões nos negócios em Cuba, segundo denúncias do Ministério Público Federal. O BNDES financiou a construção do Porto de Mariel, em Cuba, e o metrô de Caracas.

Luciano Coutinho, segundo a parlamentar, precisa comparecer à CPI para esclarecer as denúncias do MPF e também explicar como se dava a expansão mundial das empresas nacionais e as relações entre as autoridades do banco e os agentes políticos.

Neste ano, o MPF denunciou, no âmbito da Operação Bullish, 11 autoridades e empresários numa fraude de R$ 1,86 bilhão, envolvendo recursos do BNDES para a internacionalização do grupo JBS.

Rubens Bueno: Participação de Guedes na CCJ reforçou importância da aprovação da reforma da Previdência

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O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) afirmou nesta quarta-feira (03) que a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)  da Câmara reforçou a necessidade de aprovação da Reforma da Previdência. De acordo com o parlamentar, ficou clara a situação de falência do atual sistema.

“Precisamos entender que se nada for feito agora o País afundará em uma crise que atingirá diretamente as futuras gerações”, disse.

No entanto, o parlamentar defendeu que alguns pontos da proposta precisam ser alterados no Congresso.

“Somos frontalmente contra as mudanças propostas para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e para a aposentaria rural, que são benefícios recebidos pela parcela mais humilde da população. Na maioria dos municípios, são esses recursos que garantem a sobrevivência de grande parte da população e movimentam a economia local”, ponderou o deputado, que é membro da CCJ.

Na audiência, o ministro destacou que no ano passado o País gastou R$ 700 bilhões com a Previdência e apenas R$ 70 bilhões com Educação.

“Quando ele mostra que gastamos 10 vezes mais com a Previdência do que com Educação, é possível perceber que algo está errado e precisamos corrigir. Então, creio que foi um debate positivo. Os esclarecimentos dados fortaleceram a importância da aprovação da reforma”, disse Rubens Bueno.

O deputado destacou ainda que o debate com o ministro também serviu para dirimir dúvidas dos parlamentares e da população.

“Até porque há muita desinformação e contrainformação nesse debate da Previdência. Aprofundar esse debate nos ajuda a aprovarmos uma reforma que ataque privilégios, proteja os que ganham menos e possa reequilibrar o sistema para garantir a aposentadoria das gerações futuras”, afirmou.

JPS muda nome e agora é Juventude 23

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Com a mudança do nome do PPS (Partido Popular Socialista) para Cidadania, a JPS (Juventude Popular Socialista) realizou uma votação online encerrada na segunda-feira (01) para a escolha da nova denominação do órgão de cooperação da juventude.

O nome escolhido foi Juventude 23, com 50% da preferência sobre as demais opções. Os outros nomes propostos pela Coordenação Nacional da Juventude foram Juventude Cidadã, Juventude Cidadã 23 e Juventude Cidadania.

A mudança, de acordo com a coordenação de Juventude, acompanha o momento de transformações no dia a dia partidário.

Em lançamento da Frente, Carmen Zanotto pede mais incentivo para a micro e pequena empresas

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A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC), em solenidade de relançamento da Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresas, nesta quarta-feira (03), em Brasília,  defendeu mais incentivos governamentais para o setor produtivo.

Ela lembrou que as micro e pequenas empresas são as que mais geram emprego e renda no País. Também é a área de maior ocupação da mão-de obra feminina.

O governo precisa dar às micro e pequenas empresas o mesmo tratamento que é concedido aos demais setores da economia.

“É preciso um olhar diferenciado para este setor. Os pequenos negócios são responsáveis por 60% dos empregos formais e 30% do Produto Interno Bruto”, disse Zanotto, que é vice-presidente da Frente.

Participaram do evento representantes do setor produtivo, do governo e deputados e senadores de vários partidos.

A Frente Parlamentar Mista da Micro e Pequena Empresas é presidida pelo senador Jorginho Mello (PR-SC).

#ProgramaDiferente: O nazismo volta à pauta com declaração ridícula de Bolsonaro

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#ProgramaDiferente: O nazismo volta à pauta com declaração ridícula do presidente Bolsonaro, em pleno centenário desta aberração da humanidade

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro segue com a sua tática diversionista ao reafirmar que “o nazismo é de esquerda”, talvez para desviar o foco da sua incapacidade de governar ou esconder a pecha dele próprio por suas características fascistas e de extrema direita, o #ProgramaDiferente (veja abaixo) lembra que abril de 2019 é o mês do exato centenário do nazismo, oportunidade para dizer “Xô, Hitler!” e desejar um “até nunca mais” para qualquer ameaça à democracia.

Existe uma coincidência de datas redondas em 2019, por isso a lembrança dessa que é uma das maiores aberrações da humanidade. O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, que daria origem ao nazismo de Adolf Hitler, foi fundado em 1919, há exatos 100 anos. O próprio Hitler nascia há 130 anos. A 2ª Guerra Mundial teve início há 80, em 1939. Depois de todas as atrocidades como o Holocausto e o ressurgimento dessa ideologia entre os jovens, o governo da então Alemanha Ocidental proibia o partido neonazista no país há 30 anos, em fevereiro de 1989.

Durante a campanha eleitoral do ano passado, no Brasil, marcada por intensa polarização, levantou-se muito a questão da ameaça de um levante fascista. Foram noticiados casos de ataques, inclusive de uma jovem que teria sido marcada na pele com uma suástica. Depois ficou provado que houve automutilação. Uma fraude.

Mas será que no Brasil de hoje há espaço para atuação desses movimentos de ódio e de extrema violência? A democracia, a civilidade e os direitos humanos correm algum risco concreto e objetivo? O populista, xenófobo e racista enrustido pode ser o nazista de amanhã? É um debate atual e necessário, que merece atenção permanente.

Merval Pereira: Ambiente conturbado

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O presidente Bolsonaro vai encontrar na sua volta de Israel um ambiente político conturbado, com uma Câmara dos Deputados disposta a criar embaraços e limites à atuação do governo. Tudo porque os deputados estão irritados com a reiterada posição do presidente de generalizar a acusação de que os representantes da “velha política” querem que abra um balcão de negócios para a aprovação da reforma da Previdência. Resultado: os que realmente querem benesses em troca de votos se sentem expostos à opinião pública.

Os que não se consideram da “velha política” se revoltam com a maneira leviana com que o presidente trata do assunto. A percepção generalizada é que o presidente Bolsonaro, com suas atitudes e com os ataques pelas redes sociais aos políticos, procura pressionar o Congresso a aprovar o que interessa ao Executivo, e se prepara para jogar a culpa da eventual não aprovação das reformas sobre os parlamentares.

Mesmo que seja aprovada uma versão desidratada da reforma da Previdência, também o ônus das medidas impopulares recairia sobre o Congresso, pois o presidente não se empenha na articulação política para aprovar as reformas. Não foi por distração nem sem razão que o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, garantiu ontem que as mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural não serão aprovadas pelo Congresso.

E também descartou a capitalização integral da Previdência. São medidas impopulares, que os parlamentares querem barrar para neutralizar eventuais críticas A decisão anunciada de conversar com lideranças do que chama de “velha política”, como Kassab do PSD e Romero Jucá do MDB, é vista com desconfiança pelos políticos, que não estão entendendo qual o motivo de uma mudança tão brusca em quem rejeitava esse tipo de conversa.

O temor é que aproveite esses encontros para qualificar de “toma lá dá cá” os eventuais pedidos dos partidos em troca do apoio à reforma da Previdência. As pesquisas que mostram que a percepção da atuação do presidente Bolsonaro na Câmara piorou sinalizam preocupação, porque a aprovação da reforma depende da aproximação do governo com Congresso. A situação é complicada, por isso Bolsonaro teria aceitado conversar com líderes de diversos partidos.

Se não fizer este trabalho, não conseguirá nada. É provável que a reforma acabe sendo aprovada, até no primeiro semestre, mas muito desidratada devido à pressão das diversas corporações que se sentem prejudicadas. Os deputados estão convencidos de que a reforma, embora possa beneficiar Bolsonaro com a retomada da economia, é pelo bem do país, e não estamos em condições de levar a disputa política ao ponto de provocar o caos.

Mesmo os deputados que são a favor de derrotar o governo para dar uma demonstração de força estão sendo convencidos de que o caos econômico que se seguiria seria aproveitado por Bolsonaro. O trilhão do ministro Paulo Guedes não vai acontecer. Pode-se chegar a um acordo até um valor de R$ 700 bilhões, ou perto disso. A expectativa é que Bolsonaro tenha entendido que não pode ficar alheio a esta reforma, e começa a se mexer.

Os deputados hoje têm dois receios: de que Bolsonaro jogue para o Congresso a culpa da reforma impopular, e que, se aprovada, deixe de lado o Congresso e reforce a tentativa de governar diretamente com as redes sociais, criticando a “velha política”. O ânimo geral é colocar travas à atuação do Executivo, retomando o Legislativo a prerrogativa de fazer as leis e dar os rumos da política. A proposta de emenda constitucional (PEC) aprovada na Câmara, restringindo o papel do Executivo no Orçamento, vai ser amenizada no Senado, mas não a ponto de retirar o empoderamento que dá aos parlamentares e às bancadas, que terão emendas impositivas também.

A mudança negociada é que o valor das emendas, correspondente a 1% das receitas na proposta original, começará com 0,8%, chegando a 1% em 2021, um ano antes das eleições gerais. Há outras medidas no forno dos parlamentares para controlar o governo. Além de uma PEC ressuscitada do ano 2000, de autoria do falecido senador Antonio Carlos Magalhães, que aumenta o poder do Congresso para vetar propostas do governo, inclusive o contingenciamento de verbas, há também a ideia de limitar ainda mais a capacidade do governo de editar medidas provisórias. (O Globo – 03/04/2019)