A adesão ao projeto iliberal, como o de Bolsonaro, tem a ver com a absolutização do sucesso individual como via de mobilidade social.

Controlado por renda e lealdades identitárias ("Lula é nordestino"), o efeito ideológico do voto se dilui.

O que pode acontecer é um candidato de esquerda vencer e governar com um Congresso Nacional de maioria conservadora.

Não existe apenas uma via de ascensão social; também há o empreendedorismo e o esforço individual na via iliberal, com outros valores.

Uma das leituras dessa divisão é a de que o Brasil moderno apoiaria Bolsonaro, enquanto o atraso está com Lula.