O que difere o quadrinho causador da polêmica das demais representações artísticas, além, obviamente, do estilo, da época e do meio de reprodução? Nada. Beijo é beijo. Beijo é amor, é carinho, seja entre homens, mulheres, ou homens e mulheres.
Talvez (Oxalá!), ao contrário de minha percepção, não seja essa nossa “desdemocracia” um feto natimorto, mas sim as verdadeiras dores do nascimento. A poetisa portuguesa Natália Correa nos ensina, em Autogénese, que “a gente só nasce quando somos nós que temos as dores.”