O ex-parlamentar participou neste sábado (13) de um bate papo com prefeitas, vice-prefeitas, deputadas estaduais e vereadoras do Cidadania, organizado pela Secretaria de Mulheres do partido
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que as mulheres terão um protagonismo ainda maior nas eleições de 2022, necessário para vencer Bolsonaro e Lula. “O Brasil vive hoje uma certa irrelevância no mundo. Precisamos começar a discutir o Brasil do futuro e a mulher tem esse olhar. São melhores gestoras, administram melhor os recursos e têm menos propensão à corrupção. São fundamentais para mudar esse cenário. Só temos a ganhar com vocês”.
Freire participou neste sábado (13) de um bate papo com prefeitas, vice-prefeitas, deputadas estaduais e vereadoras do Cidadania, organizado pela Secretaria de Mulheres do partido. Na ocasião, o ex-parlamentar disse acreditar que as mulheres vão superar a cota mínima de 30% para candidaturas femininas.
“Vocês participaram de forma mais contundente nas eleições de 2020. Já entenderam que a política se faz hoje nas redes. Espero que a gente supere essa cota. É importante continuar essa luta para que ganhem mais espaço, para que tenham plenitude nos seus direitos. O Cidadania está junto com vocês”, destacou.
O presidente do Cidadania também falou que o partido não apoiará nem Lula e nem Bolsonaro nas eleições de 2022 e que é preciso unidade em busca de uma alternativa. “Temos o senador Alessandro Vieira como pré-candidato, mas também temos a senadora Eliziane Gama, uma mulher nordestina, evangélica e progressista, que pode ajudar qualquer composição de chapa no país. Gostaria que vocês mulheres se integrem nessa luta e construção”.
Caso Cury
Freire pediu que as mulheres se mobilizem para que o Diretório de São Paulo possa decidir o quanto antes sobre o processo de expulsão do deputado estadual Fernando Cury, denunciado por assédio contra a deputada Isa Penna (Psol). “Exijam essa responsabilidade das mulheres e dos homens que fazem parte do diretório”, ressaltou Freire. O Conselho de Ética Nacional do Cidadania já havia recomendado a expulsão de Cury, mas cabe ao Diretório de São Paulo deliberar sobre o assunto.
Para a secretária de Mulheres Raquel Dias, ao apalpar a colega em plenário, Cury não atacou somente a deputada, mas todas as mulheres que sofrem violência política diariamente.
“Reafirmamos que o Cidadania é um partido em que as mulheres têm tranquilidade para atuar politicamente. Nos sentimos fortes nessa luta sabendo que vocês estão na política. Existe violência política e um dos orgulhos que tenho dentro do Cidadania é que jamais escondemos os problemas, nós os enfrentamos e faremos mais uma vez”.
A também secretária de Mulheres, Juliet Matos, reforçou o trabalho que será feito pelo núcleo para dar celeridade ao processo de expulsão de Cury. “Esse orgulho de fazer parte do Cidadania não pode ser abalado por termos um deputado que nos desonra. Sabemos o quanto é difícil ser uma parlamentar e não podemos admitir que um dos nossos, que está levando o nome desse partido, cometa um ato que desrespeita todas as mulheres. Ele passa a mensagem de que mesmo quando chegamos na política, quando temos voto, não somos respeitadas. Isso é inadmissível”.