TPS busca identificar vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos, para que sejam corrigidas a tempo da próxima eleição (Foto: Antônio Augusto/Secom TSE)
O coordenador da Juventude e secretário-geral do Igualdade de Minas Gerais, Kennedy Vasconcelos Junior, foi escolhido como representante da sociedade civil para participar da sexta edição do Teste Público de Segurança (TPS), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em entrevista ao jornal Estado de Minas, Kennedy falou da experiência em ser selecionado para inspecionar os códigos-fonte das urnas eletrônicas.
“Essa iniciativa abraça as pessoas que têm interesse em entender como funciona o processo por dentro. Eles desmontam as urnas, mostram como os sistemas são integrados e onde são as salas de contagem de votos e as salas da presidência. Como cidadão, está sendo uma experiência única que vou guardar para sempre”, disse.
O TPS busca identificar vulnerabilidades e falhas relacionadas à violação da integridade ou do anonimato dos votos, para que sejam corrigidas a tempo da próxima eleição. Até o dia 22 de outubro, os participantes poderão inspecionar os códigos-fonte do sistema eletrônico de votação para contribuir com a segurança e a transparência das eleições de 2022. Já os planos de teste, que são os projetos de ataque aos componentes externos e internos da urna eletrônica e do sistema eletrônico de votação, devem ser apresentados até o dia 25 de outubro. O objetivo é que os selecionados para o TPS proponham sugestões de aprimoramento.
Kennedy Vasconcelos disse que já entregou à organização uma proposta de melhoria para o sistema eleitoral que prevê a utilização da tecnologia blockchain. “Durante as demonstrações dos técnicos do TSE, eu observei que a logística e segurança são levadas muito a sério. Minha ideia foi no sentido de aperfeiçoar os processos de segurança. Então, eu sugeri que a tratativa de dados, assim como o transporte deles, sejam feitos por meio da tecnologia blockchain, a mesma usada nas criptomoedas, que transforma a validação dos dados em blocos auditáveis e de fácil ‘mineração’”, destacou.
A tecnologia blockchain – ou cadeia de blocos – proposta por Kennedy consiste no armazenamento de dados em vários pontos da rede de forma criptografada. É como se fosse uma espécie de livro-caixa que não revela o nome dos interlocutores e, portanto, garante mais segurança e privacidade ao processo.
No dia 4 de outubro, o vice-presidente nacional do Cidadania, Wober Júnior, participou da abertura do Ciclo de Transparência Democrática – Eleições 2022, no TSE, e reafirmou a confiança no processo eleitoral brasileiro. “Foi comprovada, mais uma vez, a segurança absoluta do melhor sistema de apuração eleitoral do mundo. Seguro, transparente, auditável, rápido e eficiente. O Cidadania participou em apoio e solidariedade a todo o povo brasileiro e suas instituições, para reafirmar a segurança e a transparência do processo eleitoral brasileiro”, destacou Wober.
(Com informações do TSE e jornal Estado de Minas)