Parlamentares cobram do Ministério da Justiça ‘quais ações têm sido tomadas e se estão sendo adotadas de modo eficiente e tempestivo para liberar o fluxo nas estradas afetadas’ (Foto: Reprodução/Douglas Magno/O Tempo/Estadão Conteúdo)
O líder do Cidadania no Senado, Alessandro Vieira (Cidadania-SE), em conjunto com os deputados Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (sem partido-SP), enviou um ofício ao Ministério da Justiça cobrando uma posição clara em relação ao fechamento de rodovias por caminhoneiros, não só como parte dos atos antidemocráticos de 7 de Setembro, mas após o Dia da Independência.
No ofício, os parlamentares questionaram o Ministério da Justiça, ao qual está subordinada a PRF, sobre “quais ações têm sido tomadas e se estão sendo adotadas de modo eficiente e tempestivo para liberar o fluxo nas estradas afetadas”.
Mesmo após o fim das manifestações, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) registrou ao longo do dia dezenas de bloqueios em rodovias federais de oito estados organizados por caminhoneiros autônomos. De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Infraestrutura no final da noite desta quarta-feira (08), os caminhoneiros bolsonaristas já haviam paralisado ao menos trechos de rodovias em 16 estados.
Não há consenso na categoria sobre a paralisação e o bloqueio de estradas. O CNTRC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), a Frente Parlamentar dos Caminhoneiros e Celetistas e mais dois sindicatos que representam a categoria entraram na Justiça Federal com um pedido de indenização “por danos patrimoniais e extrapatrimoniais ou morais que aconteçam nas manifestações deste 7 de setembro”.
A ação civil pública foi movida na 20ª Vara Federal Cível do Distrito Federal contra o presidente Jair Bolsonaro, a União e militantes governistas “em razão da prática de atos inconstitucionais, ilícitos e imorais”.