Em audiência pública da Comissão Externa que acompanha as ações de combate à Covid-19, realizada na manhã desta terça-feira (01), para debater a situação da variante da cepa indiana no Brasil, a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania/SC), defendeu, junto com os demais integrantes do colegiado, a necessidade de realização de mais campanhas publicitárias, por parte do governo, de esclarecimento à população sobre a importância das medidas de prevenção.
Especialistas reunidos destacaram a grande probabilidade da disseminação de variantes do vírus por todo o país.
“As notas técnicas, os pareceres dos técnicos, através da Comissão de gestores tripartite, Ministérios da Saúde, Estados e Municípios, precisa chegar a cada um dos cidadãos brasileiros, e para chegar, só mesmo realizando mais campanhas, orientando a importância do autocuidado como o uso das máscaras, do distanciamento, da lavagem frequente das mãos, e do comparecimento aos postos de vacina”, disse a deputada Carmen Zanotto, relatora da Comissão.
A primeira notícia da variante indiana no Brasil veio em maio, por meio de tripulantes de um navio com bandeira de Hong Kong ancorado na costa do Maranhão. Até agora já foram detectados casos também no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, num total de oito notificações.
De acordo com a técnica do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, Walquíria Almeida, já foram registrados também três casos da variante da África do Sul e 120 da variante do Reino Unido. Ainda segundo Walquíria, já existem quase 4 mil casos de pessoas que apresentaram variantes do vírus no país.
O representante da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Rivaldo Venâncio, informou que 100 variantes do novo coronavírus já foram identificadas no Brasil. De acordo com a Agência Câmara de Notícias, para evitar discriminação, a OMS (Organização Mundial de Saúde) mudou a nomenclatura: a variante indiana passa a se chamar Delta, assim como a do Reino Unido é a Alfa, a da África do Sul é a Beta e a P1, detectada em Manaus, é a Gama.