O Brasil não precisa de bombas, armas e intolerância. Nossas cidadãs e cidadãos precisam é de educação, emprego, serviços públicos de qualidade e democracia. O episódio protagonizado pelo chaveiro de Rio de Sul (SC) Francisco Wanderley Luiz, que se transformou em homem bomba na noite da última quarta-feira e lançou ataques terroristas contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) mostra a que ponto de degradação moral e falta de humanidade chegou parcela de nossa sociedade que foi sequestrada por um discurso insano de extrema direita fascista.
Seguindo sua tradição histórica de radicalidade democrática, o Cidadania repudia todo e qualquer ato de violência, seja com intenções políticas, seja no dia-a-dia de nossa sociedade. Discursos de ódio nos trouxeram até esse ponto lastimável e, se não reagirmos imediatamente, corremos o risco de vermos nossa sociedade se degradar cada vez mais.
Nesse sentido, o Cidadania defende uma apuração rigorosa em torno do novo ato terrorista perpetrado na capital federal para que tenhamos todas as informações sobre o que impulsionou tal atitude insana e se existem outras pessoas envolvidas e que precisam ser responsabilizadas. Há de se desvendar com clareza se algum movimento está por traz da atitude explosiva de Francisco Wanderley, que se matou após não chegar ao seu intento final de invadir o STF.
Esse tipo de atitude extremista só prejudica o nosso país. É inconcebível a utilização da violência como ferramenta de debate político. Isso é crime, e como crime merece ser encarado e punido.
Precisamos caminhar para uma distensão. Para um acalmar de ânimos. A briga entre extremos só faz o país retroceder. Esse não é um rumo saudável para chegarmos ao Brasil que sonhamos e queremos, com harmonia, oportunidades e justiça para todos.
Juntos da democracia, resistimos a bombas, armas e intolerância.
Brasília, 14 de novembro de 2024
Regis Cavalcante
Secretário-geral
Comte Bittencourt
Presidente