O vice-presidente nacional do Cidadania, ex-deputado federal Rubens Bueno (PR), representou o partido em sessão solene da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, que relembrou a importância dos 30 anos do lançamento do Plano Real. Em seu discurso, o dirigente lembrou da fundamental importância dos ex-presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso na construção política que resultou no sucesso da medida que tirou o Brasil do atoleiro da inflação galopante, recuperou a economia e colocou o país novamente no rumo do desenvolvimento.
“Não podemos deixar de comemorar. Participei da sessão solene dos 10 anos, dos 20 anos e agora estou aqui novamente. E pegando as palavras do ex-ministro Henrique Hargreaves aqui nesta sessão, quero reafirmar: Itamar não foi reconhecido, enquanto vivo, pelo que fez pelo país. E nós temos um orgulho muito grande porque ele faleceu, como senador, filiado ao nosso partido”, ressaltou Rubens Bueno.
Rememorando a história política, que posteriormente possibilitou o lançamento do Plano Real, Rubens Bueno destacou o fatídico dia de 29 de setembro de 1992. “No microfone, deste plenário, como deputado, eu dava meu voto pelo impeachment de Collor de Mello. Porque nós tínhamos um vice-presidente que podia aceitar o compromisso maior de resgatar tudo o que diz respeito, simbolicamente, ao que é a Presidência da República”, relembrou o vice-presidente nacional do Cidadania, que cinco dias após dar seu voto pela derrubada de Collor, se elegeu prefeito do município de Campo Mourão, no Paraná.
Rubens Bueno destacou ainda que Itamar, ao assumir como presidente, nomeou uma equipe da melhor categoria. “Lembro então do importante papel de Fernando Henrique, da grande estima e relação pessoal que tenho com ele (que antes de presidente foi ministro da Fazenda de Itamar), e do economista Edmar Bacha (da equipe econômica que formulou o Plano Real), de quem falavam: O Edmar “bacha” a inflação. O Plano Real tem que ser lembrado e remorado, porque ele foi e ainda é a base da conquista da moderna economia do Brasil”, finalizou seu discurso na sessão solene presidida pelo deputado federal Luiz Carlos Hauly.