Senadora afirma que o documento é um alerta ao segmento de que o ‘voto não é uma imposição’ (Foto: Reprodução/Globonews)
Em entrevista nesta quinta-feira (20) ao Em Ponto, da Globonews (veja aqui), a líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), fala sobre a repercussão da carta ao evangélicos do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os rumos da campanha no segundo turno da eleição.
“Ontem (19) foi um momento muito importante para o Brasil porque a inciativa do ex-presidente Lula foi na linha de derrubada de fake news. O conteúdo da carta é de reafirmação dos compromissos dele em relação ao segmento evangélico, e como foi a sua postura durante os oito anos de mandato”, avaliou a senadora, que participou da elaboração do documento.
Para ela, a carta que critica o uso eleitoral da fé, defende a liberdade religiosa e reforça ser contra o aborto, é um gesto de Lula confirmando ‘um olhar mais democrático, mais plural’ em torno da religião.
“O Brasil é um País laico, mas com uma presença muito forte de várias religiões. Essa diversidade precisa ser respeitada pela autoridade pública”, disse, ao apontar o compromisso do candidato com o segmento evangélico.
Ao ser questionada sobre o impacto do documento na reta final da campanha e se ele conseguirá reverter a propaganda bolsonarista negativa da imagem de Lula entre os evangélicos, Eliziane Gama disse que ainda há tempo para que a informação correta sobre a postura do ex-presidente alcance o segmento.
‘A carta tem de ser reproduzia digitalmente para chegar a todas regiões do Brasil, e a igreja haverá de receber essa informação, que é a informação clara [sobre a postura de Lula]”, disse.
Eliziane Gama ressaltou também que o documento é um alerta ao público evangélico de que o voto não é uma imposição.
“O membro da igreja não tem que votar por imposição, não tem que votar em Bolsonaro, tem que votar no candidato que ele entende que é a melhor para o Brasil. Então é isso que na verdade estamos fazendo, sem imposição de nada. É sobretudo uma informação que tem de chegar em todos os cantos do Brasil no segmento evangélico”, reafirmou.