Consciência do grave momento nacional, tanto do ponto de vista político-institucional, quanto econômico-social, guiou partidos na construção da unidade, dizem
Vamos unir o Brasil
MDB, PSDB e Cidadania têm um encontro marcado com a sua própria história e com a história do País. É a consciência do grave momento nacional, tanto do ponto de vista político-institucional, quanto econômico-social, que guiou os três partidos nas discussões sobre uma aliança do centro democrático que pudesse oferecer às brasileiras e aos brasileiros uma alternativa à polarização.
Essa união de propósitos teve início ainda em 2019, quando as bancadas do MDB, do PSDB, do então DEM e do Cidadania lutaram para preservar a independência do Congresso Nacional diante das ameaças às instituições democráticas. Passou pelas eleições municipais de 2020 com alianças fortes – como a que elegeu Bruno Covas e Ricardo Nunes em São Paulo – e pela eleição para a Presidência da Câmara no início de 2021.
Ao longo do ano passado, MDB, PSDB e Cidadania voltaram-se para suas bases para escolher um representante que pudesse liderar um projeto para a disputa da Presidência da República. Em novembro de 2021, o PSDB realizou suas prévias, vencidas pelo então governador João Doria. Em dezembro de 2021, deixando de lado conveniências políticas locais e pessoais, os partidos e seus respectivos pré-candidatos iniciaram as discussões para a formação de uma chapa única.
O marco zero dessas conversas ocorreu em São Paulo numa reunião da qual participaram o ex-presidente Michel Temer, os presidentes Baleia Rossi, do MDB, Bruno Araújo, do PSDB, o então governador de São Paulo, João Doria, vencedor das prévias tucanas, e o vice-governador Rodrigo Garcia.
Em fevereiro de 2022, Bruno Araújo, com conhecimento e aval do pré-candidato e de membros da Executiva, procurou novamente o presidente do MDB para que também os tucanos e o Cidadania pudessem integrar um acordo mais amplo, que incluía o recém-formado União Brasil. A partir deste momento, o resultado das prévias do PSDB estava vinculado a uma possível coligação, com o nome de João Doria apresentado como representante do partido.
Essa possibilidade de acordo envolveu outros encontros e foi bastante celebrada tanto por lideranças partidárias quanto pelas já colocadas pré-candidaturas – além de João Doria e Simone Tebet, o União Brasil, até então participante do entendimento.
Nos últimos meses, os pré-candidatos externaram publicamente, em diversos momentos, a compreensão de que se tratava de algo maior do que uma escolha partidária isolada.
Durante participação em evento empresarial, no dia 23 de março, João Doria teve a oportunidade de relatar como eram conduzidas essas conversas: “Em nenhuma dessas reuniões houve qualquer colocação, de qualquer partido e de qualquer candidato no sentido de que a prerrogativa fosse seu nome ou seu partido. O mais importante é a defesa do Brasil e dos brasileiros”, disse ele.
Já em abril, na sabatina do portal UOL, o pré-candidato tucano afirmou: “Temos que ter o bom entendimento de que a prioridade é o Brasil, não nós. Eu não me priorizo e nem excluo nenhuma alternativa. A prioridade são o Brasil e os brasileiros, não é sequer meu partido nem sequer o indivíduo”.
Na mesma linha, a senadora Simone Tebet afirmou, em entrevista, que é preciso “deixar os projetos pessoais porque o que interessa é o centro democrático estar no segundo turno das eleições”. No dia 16 de maio, a senadora reforçou seu posicionamento: “Estou nesse palanque de qualquer forma. Eu jogo em qualquer posição. Estou no banco de reserva, artilheira, centroavante, na defesa ou no gol. Vou estar no palanque do centro democrático por convicção de que a polarização está levando o Brasil para o abismo”.
Convictos estamos todos, portanto, de que o fundamental é que tenhamos propostas comuns para transformar o País. Propostas que deram e continuam apresentando resultados positivos em governos com a nossa participação. Estamos também convictos de que isso só pode ser feito a partir de uma aliança partidária, representada, sim, por um nome, mas, sobretudo, pelo desejo de lutar por um Brasil melhor para todos os brasileiros.
MDB, PSDB e Cidadania, que retirou o nome do senador Alessandro Vieira, sempre advogaram pela unidade. Diante das ameaças e das agressões à democracia, à Constituição e às instituições, do desemprego e da inflação, da pobreza e da fome, esses três partidos não poderiam fugir à sua responsabilidade.
O Brasil terá uma nova candidatura competitiva, para vencer, que será oficializada em breve. O Brasil e os brasileiros – e não disputas ideológicas e partidárias – estarão no centro do debate político nas eleições de outubro. Para problemas reais, soluções reais.
Vamos juntos unir o País.
Baleia Rossi – Presidente do MDB
Bruno Araújo – Presidente do PSDB
Roberto Freire – Presidente do Cidadania