Proposta de autoria da ex-deputada federal Pollyana Gama confere a cidade de Cunha o título de Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)
O Senado aprovou nesta quarta-feira (27) o projeto de lei (PLC 65/2018), relatado pela senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que confere ao município de Cunha (SP) o título de Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura. O projeto em homenagem à cidade paulista de 21,5 mil habitantes é de autoria do ex-deputada federal Pollyana Gama (Cidadania-SP) e segue agora para a sanção presidencial.
Cunha está localizada na Serra da Bocaina, na divisa com o estado do Rio de Janeiro. A produção de cerâmica de alta temperatura teve início nos anos 1970, a partir da introdução de uma técnica japonesa, mas a prática já fazia parte da história da cidade desde antes
“A produção ceramista é parte indissociável da vida do município de Cunha, estando presente na região desde os tempos da ocupação pelos índios tamoios, tendo passado também pela atividade das ‘paneleiras’, que produziam utensílios com técnica rudimentar, queimadas em ‘forno de barranco'”, relata Eliziane Gama em seu parecer.
A parlamentar também observa que os ateliês dos ceramistas são a principal atração turística do município, que desde 2005 realiza anualmente o Festival de Cerâmica de Cunha.
Nise da Silveira
Na mesma sessão, o plenário aprovou o relatório favorável da senadora Eliziane Gama a inscrição do nome da psiquiatra Nise da Silveira no Livro do Heróis e Heroínas da Pátria. O livro está depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. O projeto de lei (PL 6.566/2019), de autoria da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), segue para a sanção presidencial.
A homenageada é pioneira da terapia ocupacional e mudou os rumos dos tratamentos psiquiátricos no Brasil, via de regra conduzidos por meio de isolamento em hospícios. Ela também ganhou projeção internacional, tendo seu trabalho reconhecido por outros psiquiatras mundo afora, como o suíço Carl Gustav Jung.
“A Doutora Nise foi uma extraordinária psiquiatra, que implantou tratamentos humanizados para transtornos mentais e criou um novo momento em relação a esses tratamentos na nossa sociedade brasileira. Estar no livro de heróis e heroínas da pátria é, sobretudo, um reconhecimento ao trabalho que essa mulher fez para o Brasil”, disse Eliziane Gama, ao defender a aprovação do projeto. (Com informações da Agência Senado)