Lamento em meu nome e em nome do Cidadania, a morte de Arnaldo Jabor, um dos maiores cineastas brasileiros. Para muito além do polemista dos anos mais recentes, com olhar arguto sobre a realidade, foi responsável por algumas obras-primas da grande tela, como roteirista e diretor, e por sucessos de bilheteria, mostrando a sintonia que tinha com seu público: o Brasil, o mundo. Levou, como ninguém, a obra e o espírito de Nelson Rodrigues para a sétima arte, nos brindando com “Toda nudez será castigada”, premiado em Berlim, e “O Casamento”, reconhecido em Gramado. Amou a vida e o cinema e os viveu intensamente. Não subestimava seus interlocutores. Ao contrário, homenageava sua inteligência com desabrida ironia. Fará falta. Nossos sentimentos à família e aos amigos.
Roberto Freire
Presidente Nacional do Cidadania