Veja as manchetes e editoriais dos principais jornais hoje (21/09/2021)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Temor de calote de gigante chinesa derruba mercado global
CPI: Renan adia entrega de relatório para outubro
Prevent Senior: Idoso morreu sem saber que foi cobaia
DEM e PSL se encaminham para fusão
‘Vacine-se’
Rio atinge 99% de adultos com ao menos uma dose
Cobrança por uso de conteúdo une as Américas
Quilombola espancado por comerciante no RN relata seu drama
Piloto diz ter frustrado resgate de preso após ter sido sequestrado
PGR vai investigar 200 mortes no Amazonas após uso de proxalutamina
Aval da ciência amplia uso de musicoterapia
EUA reabrirão a brasileiros já imunizados

O Estado de S. Paulo

Crise de gigante da China derruba Bolsas e atinge o Brasil
Bolsonaro se isola na ONU com posição antivacina
Uma nova Guerra Fria
Sem água, Belo Monte opera com meia turbina
Ipen suspende produção de remédio para tratar câncer
PT ‘inocenta’ Lula em ações sem sentença
Governo retoma as obras na Tamaios
Vacina é eficaz em crianças de 5 a 11 anos, diz Pfizer
Estrangeiro vacinado poderá entrar nos EUA

Folha de S. Paulo

Risco de gigante chinesa dar calote cria temor de crise global
Entre moderar e afagar base, Bolsonaro fala na ONU
Situação econômica teve piora para 53%; 70% culpam governo
67% cortaram consumo de carne, e 41% de pão, mostra Datafolha
Pfizer conclui testes e diz que vacina é segura em criança
Saúde não vincula morte de jovem a imunizante
Ciro Nogueira aluga mansão de amigo de Flávio
Novas suspeitas fazem Renan adiar relatório da CPI
Buraco na camada de ozônio já supera área da Antártida
EUA vão liberar viajantes do Brasil em novembro
Patrulha de fronteira fecha cerco a haitianos

EDITORIAIS

O Globo

Apoio à democracia é alento no Brasil sob Bolsonaro

Para 70% dos entrevistados entre os dias 13 e 15 deste mês, a democracia é o melhor regime de governo para o país

Os brasileiros continuam a ser a fortaleza a dar sustentação à democracia. A última pesquisa de opinião do Datafolha, feita em todo o país após as manifestações golpistas do 7 de Setembro, dá a dimensão de como o sentimento democrático tem crescido entre os brasileiros — um alento num país governado por um presidente que já demonstrou repetidas vezes não ter muito apreço por ele. Para 70% dos entrevistados entre os dias 13 e 15 deste mês, a democracia é o melhor regime de governo para o país.

É o segundo maior percentual registrado desde que o Datafolha começou a fazer a pergunta, em 1989. Quando Jair Bolsonaro assumiu a Presidência, em 2018, o apoio à democracia estava em 56%. Num clássico exemplo de ação e reação, os discursos e atos antidemocráticos de Bolsonaro levaram a ampla maioria dos brasileiros a valorizar ainda mais a liberdade de escolher nas urnas eletrônicas quem governa o Brasil.

Na questão mais crítica para avaliar o apoio ao regime democrático, caiu para 9% a parcela daqueles que acreditam que, em certas circunstâncias, uma ditadura poderia ser melhor. É o nível mais baixo da série histórica e quase metade do registrado nos primeiros meses do atual governo. A maioria silenciosa não vai a protestos nas ruas, mas está atenta. Para 51% há a chance de nova ditadura — e é justamente esse receio que impulsiona a valorização da democracia.

Quando critica o voto eletrônico, Bolsonaro só quer criar um pretexto para questionar o resultado em caso de derrota em 2022, sob a falsa acusação de fraude. Mas a campanha autoritária bolsonarista, disfarçada de libertária, só engana os incautos. Dois terços acham que as manifestações e as mensagens nas redes sociais pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) ameaçam a democracia.

O brasileiro está hoje entre os povos com maior sentimento democrático, revela outra pesquisa, feita em 53 países entre fevereiro e abril, sob encomenda da Aliança de Democracias, com sede na Dinamarca. O Brasil está no grupo de 17 países onde ao menos 85% da população acredita que a democracia é importante. Também aparece entre as nações em que mais de 50% deseja que a democracia aumente. Ao mesmo tempo, no relatório deste ano do sueco Instituto V-Dem, o Brasil é destaque como um dos lugares onde o cerceamento à democracia é mais dramático.

Logo depois das manifestações do 7 de Setembro, Bolsonaro — mais por conveniência que convicção — deu uma guinada e, numa iniciativa capitaneada pelo ex-presidente Michel Temer, divulgou uma carta pregando paz entre as instituições. Apesar disso, 56% dos entrevistados pelo Datafolha ainda apoiam um processo de impeachment do presidente. O apoio sobe para 76% na eventualidade de Bolsonaro cumprir a promessa de não obedecer à Justiça.

Quando pôs tanques na Praça dos Três Poderes, ele quis intimidar o Congresso. Quando orquestra sua milícia on-line contra as instituições, quer tê-las sob o seu domínio. Mas os desvarios de Bolsonaro só agradam aos fanáticos. A pesquisa Datafolha mostra, de forma incontestável, que as instituições não têm o respaldo somente da Constituição na defesa contra o golpismo do presidente. Estão amparadas num amplo e sólido apoio popular à ordem democrática.

O Estado de S. Paulo

A contrarreforma administrativa

O monstrengo gestado pelas bases parlamentares governistas agravará o quadro fiscal, prejudicará a eficiência dos serviços e degradará a moralidade pública

Nada evidencia mais o patrimonialismo, o corporativismo e o clientelismo entranhados no Poder Público quanto a tramitação da reforma administrativa. A proposta do governo foi tardia e limitada. As piores distorções não foram enfrentadas. Na Câmara, entre a desarticulação do Planalto e as pressões corporativas, os poucos pontos positivos foram dilapidados, avanços históricos foram revertidos e novas distorções foram criadas. O texto final relatado pelo deputado Arthur Maia (DEM-BA) é uma verdadeira contrarreforma.

Uma boa administração deve prosperar em uma cultura de liderança orientada pelo espírito público, manifesto em valores como imparcialidade, proatividade e inovação. Deve ser eficaz e confiável, premiando o esforço, o talento e a iniciativa. E deve ser flexível e adaptável às transformações sociais, por meio de canais transparentes e abertos de diálogo entre servidores e servidos. As demandas excepcionais ao Poder Público suscitadas pela crise pandêmica escancararam o abismo entre esse ideal e a realidade.

O Estado brasileiro gasta muito e gasta mal. Os servidores têm mais benefícios que seus pares na iniciativa privada, e no próprio funcionalismo a desigualdade entre a elite e as bases é maior do que no mercado privado. Os incentivos à produtividade e os prêmios ao mérito são escassos e viciados. O resultado é uma máquina de gerar desigualdades, custosa, ineficiente e vista com desconfiança pelo cidadão comum, o que desencadeia um ciclo vicioso de vilanização dos servidores, retroalimentado pela sua vitimização.

Desde o início, as promessas do governo eram limitadas ao liberalismo de fancaria do ministro da Economia, Paulo Guedes. Cortar gastos, reduzir quadros excessivos e eliminar privilégios são condições necessárias para sanear a administração, mas não são suficientes nem as mais importantes para modernizá-la.

Mesmo esses objetivos, contudo, se perderam. O presidente Jair Bolsonaro, historicamente ligado aos interesses do funcionalismo, nunca se empenhou em aprovar as propostas de seu Ministério da Economia e manobrou para privilegiar suas bases, como as forças de segurança.

O texto final foi tão pervertido, que o Centro de Lideranças Públicas (CLP), que tem uma atuação consistente em prol da modernização do Estado e vinha subsidiando os parlamentares, considerou o projeto irremediável e retirou o apoio à reforma.

Entre as distorções, o CLP aponta a declaração de inconstitucionalidade de qualquer emenda que inclua membros da Justiça, justamente os que mais acumulam privilégios. O texto também abre brechas constitucionais para burlar a lei de supersalários. Se a matéria for aprovada, a avaliação de desempenho, que poderia ser regulada com mais agilidade e flexibilidade por leis ordinárias, será constitucionalizada. Ao mesmo tempo, as regras propostas inviabilizam o desligamento por insuficiência, já que ela seria julgada no interior das corporações. O único gatilho fiscal da reforma, o mecanismo de redução de jornada e remuneração por adesão voluntária, foi eliminado.

Mais escandalosos são os afagos às forças de segurança: não só foram restaurados antigos privilégios eliminados na reforma da Previdência, como foram criados novos, como o foro especial para delegados; a inclusão das guardas municipais e polícias legislativas no rol de carreiras exclusivas de Estado; a nova pensão por morte; ou a retirada da cassação de aposentadoria como sanção administrativa.

Como constatou o presidente do CLP, Luiz Felipe d’Avila: “As mudanças só têm um sentido: melar a reforma. Eles não querem fazer a reforma, então fazem um parecer absurdo, que é óbvio que vai ser derrubado. E, se for aprovado, é um enorme problema para o País, que já gasta 13% do PIB com máquina pública e vai gastar ainda mais”.

O monstrengo gestado pelas bases parlamentares governistas agravará o quadro fiscal, prejudicará a eficiência dos serviços e degradará a moralidade pública. A conclusão é incontornável: “O meu resumo”, disse D’Avila, “é que esse parecer tem de ser jogado na lata de lixo”.

Folha de S. Paulo

Baralho paulista

Datafolha mostra força de nomes conhecidos, mas candidaturas estão indefinidas

A pesquisa Datafolha sobre a disputa eleitoral paulista registra o bom desempenho de atores de um elenco já conhecido pelo eleitorado: ex-governadores, ex-prefeitos e ex-candidatos bem votados. O que não se sabe, entretanto, é quais desses nomes estarão de fato no palco de estreia da campanha.

O quase eterno Geraldo Alckmin se mostra o preferido do eleitorado, com 26% das intenções de voto, com força especialmente no interior e entre os mais pobres. Hoje sem cargo público, o médico governou o estado por quase 12 anos e meio, em quatro mandatos.

Está de saída do PSDB, provavelmente para o PSD de Gilberto Kassab. Nesse cenário eleitoral do Datafolha, Alckmin ainda aparece como nome do PSDB e, pois, não enfrenta Rodrigo Garcia, tucano noviço e vice de João Doria.

Na prática, é quase certo que Alckmin e Garcia se enfrentem nas urnas. Garcia, no DEM até este ano, ex-deputado, ex-secretário estadual de governos tucanos e gerente-geral do governo Doria, ainda é um desconhecido do eleitorado.

No cenário em que disputa o governo (que exclui Alckmin), Garcia marca 5%. Mas é razoável imaginar que possa tirar votos de Alckmin no eleitorado de centro ou centro-direita que desde 1994 tem colocado o PSDB no governo estadual.

De volta ao cenário com Alckmin na disputa, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) aparece em segundo lugar, com 17%, na prática empatado com Márcio França (PSB), com 15%. Em seguida, com 11%, surge Guilherme Boulos (PSOL), coordenador do MTST, que chegou ao segundo turno da eleição para prefeito, em 2020.

França, vice de Alckmin e governador por alguns meses em 2018, talvez não seja candidato. Pode vir a ser um aliado de Alckmin, o que em parte depende da definição de alianças nacionais do PSB, partido que analisa um acordo com o PDT de Ciro Gomes ou mesmo com o PT.

A candidatura de Boulos, por sua vez, também é passível de se tornar objeto de negociação em um acordo entre seu partido e o PT a respeito da eleição presidencial.

A definição na esquerda, além do mais, depende de um cálculo sujeito a outras hipóteses: sem França na disputa, caso Alckmin mantenha seu eleitorado e caso Garcia decole, há o risco de que a esquerda dividida não chegue ao segundo turno.

Como se não faltasse névoa no cenário paulista, ainda é preciso saber das perspectivas presidenciais de João Doria, sua capacidade de diminuir a má avaliação de seu governo e, assim, de levantar a candidatura de seu vice, Garcia.

Por ora, a pesquisa revela o valor das cartas que os jogadores receberam na primeira rodada. A situação ainda está embaralhada.

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