De acordo com estudo da FAO, a insegurança alimentar atingiu 7,5 milhões de brasileiros em 2020, contra 3,9 milhões em 2016 (Foto: Reprodução/Internet)
A líder do bloco parlamentar Senado Independente, Eliziane Gama (MA), postou na rede social nesta segunda-feira (12) que o sucesso do agronegócio brasileiro – responsável por seguidos recordes de exportações de produtos agrícolas e pelo saldo positivo de bilhões de reais na balança comercial – contrasta com os mais recente relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) mostrando que a insegurança alimentar no País praticamente dobrou.
“A insegurança alimentar grave no Brasil, quando se come uma só vez por dia, atingiu 7,5 milhões de pessoas em 2020, contra 3,9 milhões em 2016. E com o agronegócio bombando! Para matar a fome do mundo, precisamos primeiro matar a fome dos nossos irmãos”, defendeu a senadora no Twitter.
Pelo critério do estudo, a insegurança alimentar se refere ao acesso limitado de uma pessoa ou de uma residência à comida, seja por falta de dinheiro ou outros recursos.
Principal levantamento internacional sobre a fome no mundo, o relatório divulgado hoje (12) aponta que entre 720 e 811 milhões de pessoas passaram fome no mundo em 2020, cerca de 118 milhões a mais do que os números registrados no ano anterior.
O relatório é uma publicação conjunta da FAO, IFAD (Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola), Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), PMA (Programa Mundial de Alimentação) e a OMS (Organização Mundial da Saúde). Para as entidades, a pandemia está intimamente relacionada com a alta.
Em 2020, o Brasil foi o único País da América do Sul que não forneceu os números oficiais para as entidades.