Veja as manchetes e editoriais dos principais jornais hoje (17/06/2021)

MANCHETES DA CAPA

O Globo

Por 408 a 67, Câmara aprova alterações na Lei de Improbidade
Hamilton Mourão – ‘O Exército cumpriu sua missão’ contra levantes das PMs
Oito dias de caça a assassino em série
BC eleva juros a 4,25% e acena com nova alta
Senado pode enterrar a venda da Eletrobras
Em busca da 3ª via, siglas não vão apoiar Lula nem Bolsonaro
Estado investirá R$ 7 bilhões de leilão da Cedae em grandes obras
Cara a cara em Genebra
Biden espera do Brasil mais ação contra desmatamento

O Estado de S. Paulo

Câmara afrouxa lei que pune políticos por irregularidades
Bolsonaro quer reajuste para servidores em 2022
Bolsa Família de R$ 300
Inflação faz BC elevar juro pela terceira vez seguida
Média diária de mortes volta a passar de 2 mil
CPI quebra sigilo de empresários
Desmate em área de conservação quadruplica
Com Liga, clubes buscam se fortalecer
Biden e Putin, tão perto e tão distantes

Folha de S. Paulo

Senado amplia privilégios e custos em MP da Eletrobras
Lula estuda ir a protesto, e aliados pesam consequências
Huck descarta candidatura à Presidência em 2022
Sem perspectiva, siglas busca 3ª via que atraia ‘maioria silenciosa’
Copom eleva juro a 4,75%, que volta a nível pré-pandemia
Dólar chega a ficar abaixo de R$ 5 pela 1ª vez em 1 ano
Câmara aprova mudança em lei da improbidade
Pedágio contou 6.661 veículos em motociata de SP
Acesso no Planalto a perfil investigado subiu durante atos
Dez capitais estão com lotação de UTI de ao menos 90%
Escolas paulistas vão poder ampliar aula presencial em agosto
Busca por ‘serial killer’ mobiliza polícia em GO e DF
Exportação agrícola cresce 33,7% em maio
Bailarinas negras estreiam em clássicos do balé
Em cúpula pragmática, Biden e Putin concordam em discordar

Valor Econômico

BC e Fed sinalizam ajuste mais duro contra inflação
Câmara reduz rigor da Lei de Improbidade
Papel ampliado
Escassez de chips pega o Brasil despreparado
STF enxuga papel da Justiça do Trabalho
Herdeiros da Sadia apoiam Marfrig na BRF
Petrobras aprova nova assembleia

EDITORIAIS

O Globo

Vetar ‘passaporte de imunidade’ porá o Brasil na contramão do mundo

O que desagrada a Bolsonaro é a ideia de um passaporte sanitário embutir a obrigatoriedade da vacina

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, na última terça-feira, que vetará o “passaporte de imunidade” se o projeto, em tramitação no Congresso, for aprovado. Chamado de Certificado de Imunização e Segurança Sanitária (CSS) na proposta já aprovada pelo Senado e encaminhada à Câmara, a iniciativa visa a garantir trânsito livre em espaços públicos ou privados àqueles que apresentarem comprovante de vacinação. Um dos objetivos é alavancar os setores — como turismo, cultura e lazer — que foram devastados pelo novo coronavírus.

Importante dizer que não se trata de uma jabuticaba brasileira. O passaporte vem sendo adotado no mundo inteiro. O Arquipélago de Seychelles, que reúne 115 ilhas paradisíacas no Oceano Índico, foi um dos primeiros a implantá-lo, abrindo as portas para viajantes que já tenham tomado as duas doses de vacinas contra a Covid-19. Hoje a exigência de certificados faz parte da rotina em Israel, Estados Unidos e países da Europa, como Alemanha, onde as campanhas de imunização estão adiantadas. Em muitos lugares, são vistos como a salvação para o turismo doméstico ou externo.

Embora ganhe mais adeptos a cada dia, a adoção do passaporte não é consensual. Há que considerar as ressalvas. Ter um certificado de vacinação não significa que alguém não possa transmitir o vírus, já que as vacinas protegem contra as formas graves da doença, mas não impedem sua disseminação (daí a recomendação de epidemiologistas para que as medidas de prevenção sejam mantidas mesmo após a imunização). Há críticas também ao cerceamento do direito de ir e vir. Muitos países estão vacinando apenas adultos. Isso exclui expressivos contingentes de adolescentes e crianças. Por fim, a estigmatização de quem não quer se vacinar é outra questão a discutir.

Apesar de todas essas considerações, parece inevitável que o mundo caminhe para exigir comprovantes de vacinação à medida que as campanhas avançam. Na terça-feira, o estado de Nova York, onde 70% já receberam pelo menos a primeira dose, celebrou o fim das medidas de restrição para prevenir a Covid-19. Muitos estabelecimentos nova-iorquinos exigem o comprovante de imunização.

O que desagrada a Bolsonaro é a ideia de um passaporte sanitário embutir a obrigatoriedade da vacina. O presidente a rechaça de forma veemente — não se pode esquecer que ele sempre sabotou a vacinação. Como sobreviveriam, de resto, os terraplanistas incensados pelo Planalto ao longo da pandemia se todos precisarem apresentar certificado de vacinação para entrar em estádios, cinemas, teatros etc.?

Por enquanto, devido aos baixos índices de cobertura — 27% receberam a primeira dose e 11% as duas —, a discussão não engrenou no Brasil. Mas é inexorável. Experiências de outros países mostram que o certificado de vacinação pode ser um indutor para a retomada de atividades que foram arrasadas pelo vírus. Ao vetar o projeto, Bolsonaro colocará o Brasil, mais uma vez, na contramão do mundo. O Congresso não pode permitir tal insensatez.

O Estado de S. Paulo

O jogo ainda vai começar

A mais de um ano da eleição, a projeção de que o cenário eleitoral terá apenas Bolsonaro e Lula da Silva é obviamente precipitada

“É Bolsonaro e Lula”, disse o ministro das Comunicações, Fábio Faria, ao avaliar o cenário para a eleição presidencial de 2022. A declaração taxativa, feita em entrevista à Jovem Pan, mistura análise política e torcida: no cálculo dos bolsonaristas, as chances eleitorais do presidente Jair Bolsonaro crescerão se o oponente mais viável na campanha do ano que vem for mesmo, como sugerem as pesquisas, o líder petista Lula da Silva, cujo passivo judicial e político resulta em considerável rejeição.

A mais de um ano da eleição, qualquer projeção como a do ministro Faria é obviamente hipotética e provavelmente precipitada, e mais ainda porque decerto haverá outros candidatos relevantes além de Bolsonaro e Lula.

Compreende-se a pressa dos bolsonaristas em delimitar o certame o mais rapidamente possível, não só para capturar apoio de forças políticas que ainda não se definiram, mas para desde já investir no antipetismo como arma eleitoral, cuja eficiência é comprovada desde as eleições municipais de 2016 e que foi diretamente responsável pela vitória de Bolsonaro em 2018.

Contudo, malgrado a barulheira que produzem, nem só de Bolsonaro e Lula se faz a política brasileira. Na terça-feira passada, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou oficialmente que disputará as prévias do PSDB para ser o candidato do partido à Presidência em 2022. Já são bastante conhecidas as pretensões presidenciais de Doria, mas a formalização de sua disposição em concorrer ao Palácio do Planalto coloca no jogo um postulante que tem a enorme visibilidade do governo de São Paulo.

Argumenta-se que Doria, assim como os outros tucanos que se declararam candidatos, está muito mal posicionado nas pesquisas de intenção de voto. No entanto, uma vez definido o candidato tucano nas prévias, esse nome pode ganhar tração – afinal, uma candidatura se prova viável ao longo da campanha, e não em razão de pesquisas feitas quando ainda nem se sabe ao certo quem serão os candidatos.

No Brasil de Bolsonaro e Lula, contudo, campanhas eleitorais não têm hora e dia para acontecer: o presidente tem feito comícios praticamente desde o momento em que acorda, a exemplo do que Lula fazia quando esteve no Palácio do Planalto e jamais deixou de fazer nem mesmo quando esteve na cadeia.

Assim, é boa notícia que os nomes fora da polarização entre Bolsonaro e Lula comecem a se apresentar como candidatos de fato, atraindo, nessa condição, a atenção do vasto eleitorado que repele tanto o populismo bolsonarista como a demagogia lulopetista.

Nesse sentido, a informação de que o apresentador de TV Luciano Huck não será candidato à Presidência reduz o leque de opções do chamado centro democrático, mas ao mesmo tempo indica que a disputa tende a se concentrar em nomes já conhecidos e com alguma rodagem. Uma campanha contra adversários como Lula e Bolsonaro, que literalmente fazem o diabo para ganhar uma eleição, demanda couro grosso.

Também é boa notícia que estejam em curso conversas entre esses postulantes centristas. Não se trata de nutrir a ilusão de que desse diálogo possa surgir uma aliança em torno de uma candidatura única no primeiro turno, como se chegou a aventar, mas de esperar que pelo menos haja um acordo de civilidade e de propósitos comuns. A barbárie e a desfaçatez precisam ser seriamente desafiadas pelo bom senso e pela razão.

Ao contrário do que desejam fazer parecer os bolsonaristas e os lulopetistas, os finalistas da eleição do ano que vem ainda não foram definidos. E aproxima-se rapidamente a hora em que Bolsonaro e Lula não serão os únicos em campanha.

Quando outros nomes estiverem formalmente na disputa, o eleitor terá então condições de escolher se quer continuar com a mendacidade crônica de Bolsonaro, se quer recolocar no Palácio do Planalto a desfaçatez obscena de Lula ou se prefere a promessa de um governo que seja simplesmente normal – o que, num país às voltas há duas décadas com a corrupção e os delírios do lulopetismo e do bolsonarismo, seria algo revolucionário.

Folha de S. Paulo

Centro estreito

Por exclusão, PSDB toma a dianteira na tentativa de uma terceira via em 2022

Faltam um ano e quatro meses até a eleição presidencial. Em política, trata-se de uma eternidade, o que equivale a afirmar que tudo o que não é proibido pelas leis da física pode acontecer. Isso dito, a perdurarem as atuais tendências, o espaço para a muito debatida candidatura de centro vai se estreitando.

Os protagonistas no processo são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ora líder nas pesquisas, e o atual, Jair Bolsonaro. Por mais enfraquecido que este pareça hoje, governantes que disputam a própria reeleição costumam ser competitivos. E, no que caracteriza o fenômeno da polarização, a candidatura de um reforça a do outro.

Não se segue daí que os dois se espelhem em radicalismo, compromissos democráticos ou moralidade, mas que a rejeição de grande parcela do eleitorado a Lula beneficia Bolsonaro, e a ojeriza de outra parte a Bolsonaro favorece Lula.

Mas, se tal cenário traz dificuldades para um nome ao centro, não chega a ser um impeditivo. Acontecimentos recentes, ao reduzir o estoque de potenciais postulantes pela chamada terceira via, a tornam, em tese, mais viável.

O apresentador de TV Luciano Huck anunciou sua desistência. O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta tem suas possibilidades diminuídas pela autoimplosão de seu partido, o DEM.

O ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sergio Moro também parece cada vez mais afastado da política, em boa medida devido aos reveses sofridos nos últimos meses, na esteira da divulgação das mensagens trocadas com procuradores da Operação Lava Jato.

Restam Ciro Gomes (PDT), mais à esquerda, e o candidato do PSDB, ainda por ser definido. Embora o partido tenha fracassado no último pleito presidencial, com menos de 5% dos votos válidos, permanece uma força considerável.

A legenda acaba de tomar a decisão importante de realizar prévias —um avanço, ainda que o peso do voto dos mandatários (75%) seja muito superior ao da preferência dos filiados (25%). Estão no páreo, agora, os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio.

Além de governar o estado mais rico do país, Doria tem a seu favor o empenho na vacinação. Entretanto carrega problemas consideráveis de imagem, como ter se associado a Bolsonaro em 2018 e usado cargos eletivos como trampolim político —fora o escasso apelo fora de São Paulo.

O caminho da terceira via não se mostra fácil, mas, repita-se, há tempo considerável até a eleição. O país continuará às voltas com os impactos das crises sanitária e econômica, para os quais esperam-se respostas de todas as candidaturas.

Valor Econômico

Fed vê condições para aumento de juros em 2023

Fed aposta na acomodação da inflação e uma reação vigorosa do emprego

O Federal Reserve americano começará a aumentar os juros em 2023, mais cedo do que indicado pelo cenário anterior (início de 2024) para a condução da política monetária. É possível que esse calendário retroceda mais. Cresceu o número de membros do Fed que preveem um ajuste nos juros antes, em 2022 – eram 5, agora são 8 – e o presidente do banco, Jerome Powell, afirmou que a redução das compras mensais de US$ 120 bilhões em títulos do Tesouro e hipotecas será discutida nas próximas reuniões, embora afirme que as condições atuais ainda estejam distantes dos “progressos substanciais” em relação às metas para inflação e o emprego.

O crescimento americano previsto para 2021 foi elevado de 6,5% para 7%, enquanto que a inflação ao consumidor dará um salto de 2,4% para 3,4% e seu núcleo evoluirá de 2,2% para 3% nas estimativas para o ano. O índice de desemprego deverá recuar até 4,5% neste ano, e terminar o próximo em 3,8%, para chegar a 3,5% em 2023, com uma tendência de longo prazo avaliada em 4%.

Ainda que a inflação esteja nada moderadamente acima dos 2%, objetivo nos comunicados do Fed, e o desemprego já esteja abaixo dos 4% de longo prazo já no ano que vem, as condições para mover a política monetária, segundo Powell, não estão dadas.

A inflação de curto prazo não quer dizer muita coisa para o Fed, que manteve seu diagnóstico de que os índices correntes, de 5% nos doze meses encerrados em maio, e de 3,8% para seu núcleo (no caso, o maior desde 1992), revelam um retrato temporário da evolução do nível de preços. Eles estão respondendo a uma “demanda inusualmente forte” – na sequência de uma queda também excepcional – motivada pela abertura decorrente do controle da pandemia.

Embora, segundo Powell, seja cedo para declarar vitória contra a covid-19, é impossível dizer com alguma certeza o timing do retorno da inflação para o leito dos 2% ou, em uma hipótese também considerada, para que ela se torne persistente e ameace a consecução da meta. Há gargalos de produção causados por um avanço muito forte do consumo, efeitos estatísticos da base de comparação muito baixa do início da pandemia e também, e mais importante, uma reacomodação em curso do nível relativo de preços. Os setores para os quais se dirigiu a demanda sob as restrições da pandemia, bens de consumo como material de construção, eletrônicos e informática, tendem a voltar à normalidade e diminuir o ritmo de seu aumento de preços. Por outro lado, já se observa que os serviços, esmagados pelo distanciamento social, reagem com ímpeto, com os preços voltando-se para cima.

A aposta do Fed é na acomodação da inflação e uma reação ainda mais vigorosa do emprego, que Powell vislumbra que ocorrerá dentro de “pouco tempo”. Nesse ponto, a situação também é transitória, com pontos de interrogação ao redor. Há pouca compatibilidade entre o robusto número de vagas oferecidas e a quantidade abaixo do esperado de pessoas que as buscaram. Isso se ajustará, segundo Powell, mas a dúvida é saber em que nível o emprego poderá ser considerado pleno. A expansão do mercado de trabalho no último ciclo, o mais longo da história americana, foi muito além do que os economistas e o Fed supunham que fosse a plena ocupação dos recursos do trabalho. Não há certeza de que se voltará a esse ponto agora. Pelas previsões estatísticas divulgadas, os juros começam a subir quando, em 2023, o desemprego estiver na casa dos 3,5%.

O presidente do Fed disse que o banco não está atrás da curva, como temem os investidores. Powell afirmou que as expectativas de inflação de longo prazo, que são as que mais importam, continuam ancoradas e que o Fed “não hesitará em ajustar a instância monetária” caso haja um deslocamento que coloque em xeque os objetivos da política do banco. O problema que o banco tem de resolver, segundo ele, não depende de novo arcabouço de política do Fed -, obter uma inflação acima de 2% por algum tempo-, mas é subjacente a qualquer política monetária: separar a inflação temporária da que responde a fatores que podem se tornar persistentes. Isso só será resolvido pela evolução da economia e pelas estatísticas que forem chegando.

Powell disse que o banco terá um plano, comunicado com antecedência, de como e quando iniciará a redução da compra de títulos mensais de US$ 120 bilhões. Se as condições estiverem dadas, o Fed não terá receios de fazer o “taper”, contou.

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