Mais de 144 mil pacientes precisam do tratamento no país e a falta de orçamento, agravado com a pandemia da Covid-19, põe em risco a vida dessas pessoas
Em audiência pública solicitada pela deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC) nesta terça-feira (8), na Comissão Externa da Câmara dos Deputados sobre enfrentamento à Covid-19, em conjunto com a Comissão de Seguridade Social e Família, vários parlamentares e especialistas foram ouvidos para falar sobre a continuidade dos serviços de diálise no país, que enfrenta um momento crítico.
Segundo dados apresentados na audiência, o número de pacientes em diálise vem aumentando a cada ano ao mesmo tempo em que as clínicas se encontram em dificuldades para absorver a demanda porque os valores da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) estão defasados e os insumos necessários para realizar esses procedimentos aumentaram devido à pandemia da Covid-19.
“Estamos há 15 meses com essa pandemia. O preço de uma máscara descartável, uma luva ou um medicamento teve um reajuste incompatível com a capacidade dos serviços se manterem aberto”, explicou Zanotto.
A parlamentar ressaltou que a situação é séria, pois se trata de um tratamento que o paciente necessita para sobreviver, e por isso não pode parar. “Não podemos deixar acontecer com a hemodiálise o que aconteceu no início deste ano no Estado do Amazonas, que é o apagão da hemodiálise, ou seja, não termos acesso aos serviços em função da dificuldade de manutenção do custeio desses serviços”, afirmou.
Entre as propostas apresentadas para sanar o problema, os parlamentares vão sugerir a edição de uma Medida Provisória ao governo e aceleração na tramitação do PL 2270/20, também de autoria da deputada Carmen Zanotto, para garantir mais recursos a clínicas de diálise que oferecem serviços para o SUS.