Luciano Huck: Estamos vivendo um filme de terror

Apresentador criticou o governo Bolsonaro durante participação no Brazil Conference at Harvard & MIT

O apresentador e empresário Luciano Huck condenou a forma como o governo Bolsonaro vem conduzindo a crise sanitária, que já provocou a morte de mais de 370 mil brasileiros.

“Estamos vivendo um filme de terror, alguém precisa acender a luz. E a luz vai ser acesa se a gente de fato conseguir construir um projeto que se conecte com as pessoas, que não jogue com a esperança delas, que não brinque com elas, mas que traga à realidade a esperança de um futuro melhor”, sustentou.

Huck participou de um debate, na noite deste sábado (17), com Ciro Gomes, Fernando Haddad, Eduardo Leite e João Doria, todos potenciais candidatos à Presidência da República em 2022. Na ocasião, ele cobrou que os atores políticos “deixem as vaidades de lado” para o país voltar a crescer.

“Precisamos de um projeto. Mas, no protagonismo da política atual, estou enxergando narrativas e discursos que olham para o Brasil do passado, que têm muita dificuldade de olhar para a frente. E, nesse grupo aqui ampliado, vamos ter que deixar de lado vaidades e exercitar a humildade. Entender que, mesmo com o enorme potencial desse país, o Brasil não deu certo. Temos que tomar cuidado pra não ficar discutindo os centímetros a mais que um ou outro conseguiu avançar nas últimas décadas, porque, para ficar bom mesmo, teremos de avançar quilômetros”, analisou.

O apresentador defendeu políticas sociais focalizadas, que passam pela criação de uma renda básica, acesso a internet para todos e oferta de educação pública de qualidade.

“Precisamos de um país que entenda que o mundo é digital, mas temos um governo ainda analógico, uma educação analógica. Precisamos de um projeto que gere oportunidades para todos, independentemente do CEP, temos de criar uma renda básica. É possível fazer com responsabilidade fiscal, com planejamento. Olhem o beco sem saída a que a gente chegou por não ter projeto”, criticou.

Huck também mencionou o papel das redes sociais na viabilização de uma alternativa democrática à polarização em 2022. Há, na visão dele, espaço e desejo da população por um novo projeto e novas soluções para os problemas nacionais.

“Nunca se discutiu tanto política no Brasil. As pessoas estão no debate, elas querem participar ativamente. A polarização gerou brigas, criamos uma relação de ódio que é muito ruim. Assim, não se constrói nada. Precisamos formar novos políticos e capacitar uma nova geração para se aproximar da política. É preciso reconectar a política com a sociedade, para conseguir superar a polarização que tanto mal faz para democracia”, propôs.

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