Parlamento não pode aceitar fim do estado de calamidade se a calamidade continua, diz Alessandro Vieira

Para o senador, a prorrogação do auxílio emergencial, assim com foi a sua aprovação pelo Congresso em 2020, será um passo correto em resposta à crise econômica (Foto: Reprodução/Internet)

Como a vacinação contra o coronavírus ainda deve ainda demorar, o vice-líder do Cidadania, Alessandro Vieira (SE), disse que o Parlamento não pode aceitar o fim do estado de calamidade se a calamidade continua, com o aumento dos casos de infecção de mortes pela Covid-19. Em dezembro, o senador apresentou um projeto (PL 5495/2020) para estender as parcelas do auxílio emergencial de R$ 300 por mais três meses e prorrogar o estado de calamidade pública até o fim de março.

O pagamento do benefício terminou em dezembro e o governo federal anunciou que não vai propor a prorrogação do auxílio criado para enfrentar a crise econômica causada pelas medidas de enfrentamento à pandemia da Covid-19. 

Alessandro Vieira diz que a crise econômica decorrente da pandemia fez com que milhões de brasileiros batessem à porta da pobreza. Para ele, a prorrogação do auxílio, assim com foi a sua aprovação pelo Congresso em 2020, será um passo correto em resposta à crise.

“Para combater os prejuízos econômicos que se estendem, é necessário prorrogar o prazo inicialmente previsto para o auxílio emergencial”, defende o parlamentar do Cidadania, relator do projeto que criou o benefício aprovado em março do ano passado pelo Senado.

Agenda social

Alessandro Vieira diz que “por conta da inércia do governo federal, simplesmente não teremos um programa nacional de vacinação em execução antes de março”. Para o senador, é preciso fazer uma ponte para manter o mínimo de estabilidade social até que ocorra a vacinação e a economia com condição de crescer novamente.

“A agenda social precisa ser revista, para abranger as milhões de famílias vulneráveis à pobreza que a pandemia evidenciou. Não podemos cogitar de subitamente retirar das famílias a renda que aqui garantimos. O estado brasileiro necessariamente deve caminhar rumo a um novo patamar de proteção social”, afirma o senador.

Crise sanitária

Alessandro Vieira ressaltou que a pandemia do novo coronavírus precipitou a “maior crise sanitária dos últimos 100 anos”, com reflexos econômicos sobre a vida da população e, por isso, o auxílio emergencial foi essencial para evitar que, diante de uma situação de desespero, os trabalhadores deixassem as suas casas, se expondo à doença para levar comida para a sua família.

“O auxílio emergencial foi uma obra do Parlamento brasileiro em parceria com o Executivo que literalmente salvou a vida de milhões de brasileiros que ficaram desamparados por conta da pandemia. Um grande trabalho realizado e que teve seu alcance estendido por obra do relatório que tivemos a honra de redigir aqui no Senado. Ao fim, alcançamos quase 70 milhões de brasileiros, um valor astronômico em termos de recursos e um atendimento muito justo”, avaliou o vice-líder do Cidadania. (Com informações da Agência Senado)

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