Para a senadora, o Congresso Nacional pode ajudar a criar instrumentos para aumentar a captação de recursos para as agências de desenvolvimento no pós-pandemia (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
A pedido da senadora Leila Barros (Cidadania-DF), o Senado promoveu nesta segunda-feira (18) um debate para discutir a atuação das instituições públicas de desenvolvimento na crise provocada pela Covid-19 e a importância do SNF (Sistema Nacional de Fomento) para o estímulo à atividade econômica do País no pós-pandemia do coronavírus. Os debatedores também apontaram a importância do sistema para a recuperação do Brasil no contexto pós-pandêmico.
A senadora, que presidiu a sessão, afirmou que, ‘nos tempos difíceis que enfrentamos hoje, esse sistema tem sido de grande valia na disponibilização mais rápida de recursos para a saúde’. Ela também destacou que o SNF, ‘com suas ações coordenadas, também tem ajudado a preservar a base da economia nacional, não apenas viabilizando a continuidade de muitos negócios, e com isso preservando empregos, mas também evitando o próprio desmantelamento das redes produtivas’.
Leila Barros destacou que essas instituições, com o advento da pandemia, ganharam relevância devido a sua capilaridade regional e o conhecimento na alocação de recursos para a recuperação econômica no âmbito da crise sanitária. Na avaliação da senadora, o Congresso Nacional pode ajudar a criar instrumentos para aumentar a captação de recursos para as agências de desenvolvimento.
Dimensão continental
Presidente do BDMG (Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais ) e da ABDE (Associação Brasileira de Desenvolvimento), Sergio Suchodolski destacou a importância dos órgãos de fomento para a promoção do desenvolvimento regional em um país com dimensão continental como o Brasil.
Já o presidente do Banco da Amazônia, Valdecir José de Souza Tose, disse que a instituição atuou para o fortalecimento da economia regional e a reversão do cenário negativo da pandemia.
Atuação em parcerias
Diretora presidente do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), Leany Lemos disse que o sistema de fomento foi importante para o desenvolvimento do sistema cooperativo na região Sul. Ela destacou que uma das vantagens do sistema de fomento é que ele pode atuar em parcerias e assim atingir públicos diversificados.
Presidente do BRB (Banco de Brasília), Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costa disse que, no início da pandemia, a instituição lançou dois programas de apoio ao setor produtivo, linhas de capital de giro e investimento.
Ferramentas digitais
Diretora presidente da AGN-RN (Agência de Fomento do Estado do Rio Grande do Norte), Márcia Maia, defendeu a democratização do acesso ao crédito e ressaltou a criação de novas ferramentas para atendimento on line ao empreendedor. A agência também articulou-se com as demais secretarias estaduais, e reforçou sua atuação nas áreas de agricultura familiar, artesanato, cultura, empreendedorismo jovem, economia solidaria, economia criativa, pesca e turismo. Nos últimos dois anos e nove meses foram investidos R$ 72 milhões na economia, beneficiando mais de 17 mil empreendedores, sendo 11 mil no período da pandemia.
Renovação de crédito
O diretor de Operações da Desenbahia (Agência de Fomento do Estado da Bahia S/A ), Paulo de Oliveira Costa, destacou que o sistema de fomento reagiu à crise sanitária com os elementos de que dispunha, como a renovação de crédito e a concessão de novos financiamentos. (Com informações da Agência Senado)