Diante da inércia do atual governo, cabe ao Congresso Nacional prorrogar o benefício no valor de R$ 300 para os mais vulneráveis, avalia o partido
A bancada do Cidadania na Câmara dos Deputados protocolou nesta quarta-feira (3) projeto de Lei que prevê o pagamento do auxílio emergencial no valor de R$ 300 durante seis meses.
A proposta, que é assinada pelos oito deputados federais do partido, tem como objetivo ajudar milhões de brasileiros que desde janeiro de 2021 deixaram de receber o benefício.
“Continuar o pagamento do auxílio emergencial aos brasileiros mais vulneráveis é essencial para que o país enfrente esse cenário de incertezas no campo da saúde e da economia. O fim do pagamento do auxílio em 2020 e o desprezo do governo pela vacinação em massa deverão impactar negativamente nossa economia”, diz um dos trechos da justificativa do texto do Cidadania.
Os parlamentares sustentam que a retomada do benefício é crucial para o país, dentre outros motivos, porque o Brasil enfrenta taxa de desemprego de 14,3% e vê multinacionais como a Ford anunciarem a saída do país. Também argumentam que o negacionismo científico e tecnológico de parte do governo prejudica investimentos.
“Diante da inércia do atual governo, cabe ao Congresso Nacional a tarefa de conduzir esse processo de retomada para gerar uma renda temporária para os mais pobres. Renovar o auxílio emergencial tem tripla função: é dinheiro que ajuda os mais pobres, os recursos movimentam os pequenos e médios negócios e ainda melhora a arrecadação tributária dos estados e dos municípios”, afirmam os autores do projeto de Lei.
De acordo com o Cidadania na Câmara, durante o período em que vigorou, o auxílio demonstrou que foi uma medida altamente eficaz, num momento crucial do isolamento social. O valor injetado na economia do País entre abril e dezembro de 2020 foi cerca de R$ 317,7 bilhões e atendeu a 73 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade a cada mês.