Freire pede plano nacional de vacinação e diz que eventual confisco de vacinas afronta Constituição

Para o ex-parlamentar, ainda há tempo de afastar nova “guerra da vacina” e buscar ação unificada com estados

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, criticou a possibilidade de o governo federal tentar impedir a vacinação por parte dos estados. “Bolsonaro busca uma perigosa guerra da vacina no Brasil. Negacionista e contra a ciência. Início do séc.XX houve uma e a ciência venceu. Nada de intervenções nos estados afrontando a Constituição. Que seu Ministério da Saúde coordene com os governos um sistema único de vacinação”, defendeu Freire.

Nesta sexta-feira (11), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniu com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado. Em sua conta no Twitter, Caiado mencionou que o ministro Pazuello o informou que será editada uma Medida Provisória, por meio da qual, segundo ele, o governo federal poderá requisitar qualquer vacina importada ou produzida no Brasil, no que está sendo visto como uma sinalização de que a Coronavac, do Instituto Butantan, será alvo de confisco.

“Ainda há tempo do Ministério da Saúde convocar os governadores e construir unidade na imunização em torno do Sistema Único de Saúde. É necessário que o governo formule um plano único de vacinação, junto com todos os entes da Federação. Temos um longo históricos de imunização que deve ser colocado a serviço dos brasileiros”, sustentou Freire.

Para a líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (Maranhão), a ação também deve envolver a participação dos estados. “O governo federal assumir a coordenação do combate à pandemia é uma demanda de toda a sociedade, mas isso o Planalto nunca quis. Querer controlar agora a Federação por meio de Medida Provisória, conforme divulgado pela mídia, seria um desatino”, destacou.

O senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE) também usou as redes sociais para se manifestar. “Chega! @jairbolsonaro, os equívocos no combate às crises econômica e sanitária já passaram do limite para um país democrático. Se a sua equipe, por medo ou interesse, não faz o alerta, faço eu: o crime de responsabilidade está cada vez mais configurado, com possível impeachment”, afirmou o parlamentar.

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