Roberto Freire condenou deboche e desprezo com que o presidente da República trata a tragédia causada pela Covid-19 no Brasil
O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, criticou duramente o deboche do presidente Jair Bolsonaro ao tratar do recorde de mortes por Covid-19 no Brasil – já são mais de cinco mil óbitos, 474 notificados em apenas 24 horas. Ao ser questionado nesta terça-feira (28), Bolsonaro disse o seguinte: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou o Messias, mas não faço milagres.”
Feire disse que não se espera milagre algum do presidente, mas apenas “o mínimo”. “Do presidente Jair Bolsonaro, não se espera milagre. Só que pare de fazer piada descarada com uma tragédia que já matou mais de 5 mil brasileiros. É o mínimo”, afirmou.
“De seu governo, se espera o básico: defesa do isolamento, renda aos vulneráveis, socorro às empresas, abertura de leitos de UTI, compra de equipamentos, testes e reconversão industrial pra fabricação local do que for necessário”, completou.
O ex-parlamentar condenou o silêncio do governo diante das indignidades ditas pelo presidente. “Se ainda há homens e mulheres com dignidade neste governo, que repudiem o desprezo com que Bolsonaro trata a morte de seus concidadãos. Ou serão todos partícipes desse teatro macabro que o presidente arma todos os dias em frente ao Palácio do Alvorada”, cobrou.
O presidente do Cidadania observou que tristeza e solidariedade são os únicos sentimentos que as imagens de enterros em valas comuns que chegam de todo o país deveriam despertar.
“O deboche que Bolsonaro dispensa às milhares de famílias que choram seus mortos é inaceitável. Realmente não se vê ali nenhum messias, mas claramente o que há de pior na humanidade”, apontou.