O senador lembrou o exemplo do Chile, que fez uma reforma previdenciária, mas não avançou nas políticas sociais, e hoje vive uma comoção social (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) defendeu da tribuna do Senado, nesta quarta-feira (23), que o País avance além da reforma da Previdência e disse que os sacrifícios do povo tem um limite.
“A reforma da Previdência não é um fim em si, nem é a bala de prata que resolve todos os problemas. Como o Plano Real não foi, o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] da [ex-presidente] Dilma [Rousseff] não foi, o Bolsa Família não é”, afirmou, defendendo uma reavaliação das políticas públicas para beneficiar as pessoas mais sofridas.
O senador lembrou o exemplo do Chile, que fez uma reforma previdenciária, mas não avançou nas políticas sociais, e hoje vive uma comoção social.
“Nós precisamos atentar para a curva crescente de desigualdade social no País, que é fonte de rupturas sociais, de projetos autoritários, de crises que se alastram e se agravam”, disse.
O governo federal, disse o senador do Cidadania, não apresentou ainda essas respostas às demandas populares.
“Quais serão as medidas para dar prosseguimento à correção da curva de desigualdade, tornar nosso País mais justo, melhorar a renda das pessoas?”, questionou.
Metade da população brasileira, lembrou Alessandro Vieira, sobrevive com menor de R$ 400 por mês.
“Vamos seguir em frente porque estamos muito longe da solução de nossas prioridades”, disse.