Pedro Auarek – Segurança Pública: Repensar para sobreviver

Até quando iremos assistir a banalização da vida? A morte da criança Ágatha, de apenas oito anos de idade, infelizmente é apenas mais uma para estatística de casos semelhantes a este. Somente na cidade do Rio de Janeiro é o quinto caso semelhante neste ano.

Em Belo Horizonte, na última semana moradores do Aglomerado da Serra, publicaram em suas redes sociais vídeos amedontrados, com uma ação da Polícia Militar onde através de helicópteros policiais atiravam em direção à comunidade.

O governador e prefeito do Rio de Janeiro devem explicações. Cabe ao Ministério Público apurar os fatos.

Não podemos mais tolerar uma política que estimule o extermínio da população, principalmente de pessoas pobres, negras e moradoras de favela, em defesa de um fracassado e mentiroso discurso de combate e guerra às drogas.

Política Pública de Segurança deve ser pautada no respeito à vida das pessoas.

Precisamos mudar nossa maneira de pensar as políticas públicas de segurança das cidades. Cito aqui algumas alternativas que, acredito, podem contribuir para uma melhor qualidade de tais políticas e nos levam a refletir:

1. Investir em tecnologia. A implantação de centros de inteligência integrados das polícias é fundamental;

2. O Ministério Público acompanhar de perto e investigar os casos de homicídios;

3. Fortalecimento do controle de armas e munições;

4. Revisão da política criminal e penitenciária;

5. Discutir a política de drogas.

Precisamos mudar!

Manifesto aqui minha solidariedade aos familiares de Ágatha, dos policiais que também morreram na operação, bem como de todas as pessoas que já foram atingidas diretamente ou indiretamente em situações lamentáveis como essa.

Pedro Auarek é Conselheiro Tutelar de BH, Membro do Movimento Acredito de MG, aluno do RenovaBr Cidades 2019 e Dirigente do Cidadania 23

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