Carmen Zanotto manifesta preocupação com aumento do suicídio de crianças e adolescentes

Em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, nesta quinta-feira (09), a deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania-SC) defendeu o aprofundamento do debate em torno do suicídio e da automutilação de crianças em adolescentes no País, em especial dos estados do Sul e Sudeste.

O debate foi sobre formas de prevenção do suicídio e automutilação de crianças e adolescentes.

Em sua fala, a parlamentar citou dados da Diretoria  de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina  mostrando que, entre 2010 e 2015, 140 meninos e 404 meninas, com idades entre 10 e 14 anos, tentaram suicídio no estado. Destes, 23 morreram.

“Esses dados não são atuais, mas acendem a luz vermelha a respeito dessa questão, que merece a atenção de todos nós. Estamos muito preocupados com a gravidade desta situação”,  alertou, ao defender a consolidação de políticas públicas com ações preventivas e de apoio psicossocial inclusive na escola.

Estudos do Ministério da Saúde reforçam o alerta feito pela parlamentar. De acordo com a pesquisa, no período de 2011 a 2016, as tentativas de suicídio aumentaram mais de  200%. A maioria na faixa etária de 10 a 39 anos e na região Sudeste e Sul do país. As maiores taxas de óbitos por suicídio foram registradas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Durante o debate, nasceu a ideia de se criar uma frente parlamentar para tratar do tema no Congresso Nacional.

Na avaliação da deputada catarinense, a lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro que prevê que escolas passem a notificar caos de automutilação a conselhos tutelares é importante para que se tenham números mais precisos a respeito do deste dilema que não é apenas brasileiro.

Carmen Zanotto é autora de requerimento da audiência pública que provocou a discussão na Câmara  sobre a influência dos jogos virtuais em suicídios e automutilações de jovens.

OMS

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. É também a sétima causa de morte de crianças entre 10 e 14 anos de idade.

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