“A aprovação da Reforma da Previdência já com algumas mudanças na Comissão de Constituição e Justiça foi positiva, mas novas alterações precisam ser feitas na comissão especial, principalmente para garantir a manutenção das regras atuais do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e da aposentadoria rural. Sempre defendemos a reforma, mas uma reforma que não prejudique a população mais carente, combata privilégios e possibilite a recuperação do equilíbrio fiscal”, afirmou nesta terça-feira (23) o deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR), após votar pelo avanço da reforma.
Na avaliação do parlamentar, só com a aprovação de uma Reforma da Previdência será possível o país dar um salto no ajuste de suas contas, recuperar a capacidade de investimento e ampliar a aplicação de recursos em áreas como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura.
“Não é possível prolongar esse quadro atual de déficit da previdência e colocar em risco a aposentadoria das gerações futuras”, complementou.
No entanto, Rubens Bueno ressaltou que o governo precisa cumprir com o acordo que garantiu a votação da reforma na CCJ e divulgue até quinta-feira (25) cópias dos estudos e pareceres técnicos que fundamentam a Reforma da Previdência (PEC 6/2019), além de detalhamento dos valores dos impactos fiscais de cada item contido na Proposta de Emenda à Constituição (PEC 6/2019).
“Votamos a favor da reforma e esperamos que agora o governo cumpra com o que foi acordado”, ressaltou.
Rubens Bueno destacou também que equívocos cometidos pelo governo, como a decretação de sigilo de parte dos dados que embasaram a reforma, e erros na articulação política acabaram arrastando por muito tempo a votação da proposta na CCJ.
“É fundamental que na comissão especial o processo de discussão e votação da matéria aconteça com maior organização e clareza. Até para que a sociedade possa compreender com exatidão todos os detalhes dessa reforma que estamos votando. E também que o governo compreenda que muitos pontos, que hoje prejudicam os mais pobres, precisam ser revistos”, defendeu o parlamentar do Cidadania do Paraná.