Em uma reunião com boa presença e participação e marcada pela análise de conjuntura nacional, em especial o resultado das eleições municipais de 2024, a Executiva Nacional do Cidadania se reuniu, de forma ordinária, neste sábado e apontou para a necessidade de um reposicionamento político do partido.
Nas últimas eleições, em Federação com o PSDB, o Cidadania elegeu 33 prefeitos, 21 vice-prefeitos e 433 vereadores. De acordo com o presidente do partido, Comte Bittencourt, a federação tirou do Cidadania autonomia em algumas cidades, mas ponderou que o futuro desse casamento ainda precisa ser melhor discutido. Nesse sentido, convocou reunião do Diretório Nacional do Cidadania para 7 de dezembro às 9h da manhã.
Na reunião, também ficou claro a necessidade de mais investimento em comunicação para melhorar a inserção do partido nos debates da política nacional e na visibilidade de suas ações.
Emendas parlamentares também foram tema da reunião. Na visão dos dirigentes do partido, entre eles o vice-presidente da legenda e ex-deputado federal Rubens Bueno, a força do dinheiro oriundo dos recursos de impostos pagos pelo cidadão brasileiro também teve forte peso no resultado da eleição. ”O orçamento secreto, que continua até hoje, foi o maior crime que se se cometeu contra a política brasileira”, disse.
Na visão da dirigente Elza Pereira Correia, faltou coragem para o partido se posicionar nas eleições de 2024. “Sozinhos não vamos conseguir. Mas com quem nós vamos nos reunir é tarefa nossa para debater nos próximos meses”, alertou.
Capitular
O jornalista e dirigente do partido, Luiz Carlos Azedo, foi num ponto que muitos filiados ao partido concordam. Não é possível capitular diante do avanço da extrema direita. “A nossa existência perde o sentido”, resumiu.
O deputado federal Amon Mandel (Cidadania-AM) se dispôs a ajudar a reforçar o partido “O Cidadania é um partido que eu me sinto seguro e quero continuar”. São, com pessoas como Amon, que o Cidadania prossegue no debate pelo futuro do Brasil, seja na política, mas, principalmente, na aproximação com o dia a dia do cidadão.
A próxima reunião da Executiva Nacional será realizada na segunda quinzena de fevereiro de 2025. Será a primeira reunião presencial após a pandemia de COVID-19. O objetivo é iniciar o processo de planejamento partidário para 2025, com vistas às eleições de 2026, além de organizar os congressos municipais e estaduais do partido, que ocorrerão no segundo semestre de 2025, e o Congresso Nacional, que acontecerá no primeiro semestre de 2026.