Era inicio de 2001 e duas mortes ganharam repercussão nacional, colocando também toda a população da cidade de Mariluz em choque. No dia 28 de fevereiro daquele ano, numa Quarta-Feira de Cinzas, ocorreu covardemente o assassinado do vice-prefeito da cidade (na época do PPS) Ayres Domingues e o presidente do partido, Carlos Alberto de Carvalho, que faleceu dias depois, em 2 de março, no hospital em Umuarama.
Durante o enterro do vice-prefeito, o presidente nacional do PPS na época, Roberto Freire e Rubens Bueno estiveram presentes dando suas condolências e reforçando a indignação com o crime.
Para Bueno, “duas importantes lideranças que foram assassinados de forma bárbara. Foi um crime político e covarde. Não podemos deixar cair no esquecimento fatos como este e do nosso companheiro Miguel Donha, em Almirante Tamandaré. São crimes que devem ser lembrados para que nunca sejam repetidos”, finalizou.
O crime
Segundo dados do inquérito, as vítimas estavam conversando no escritório de uma delas quando foram surpreendidas por um indivíduo armado e que efetuou vários disparos contra os dois. O vice-prefeito Ayres morreu no local. Carlinhos, dias depois, em 2 de março, no hospital.
Nas investigações da época, fatos acusavam o padre Adelino Gonçalves de abusos sexuais no município. Após a ameaça, Adelino temeu ser denunciado e planejou o homicídio de Carlinhos, mas quando o assassino chegou ao local se deparou com Ayres e assassinou os dois.
O então prefeito de Mariluz, Padre Adelino Gonçalves, foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão pelas mortes dos dois políticos do PPS (hoje cidadania23). O autor do crime, um ex-policial militar, morreu na cadeia.