Marco Antonio Villa: O Brasil necessita voltar a ser Brasil

O País tem de retomar o crescimento econômico em bases contemporâneas e não ter como pilar o sistema colonial

Certa vez um escritor norte-americano escreveu que o passado nunca passa. Fazia referência à sociedade dos estados sulistas após a Guerra Civil Americana (1861-1865). O caso brasileiro é distinto: é o presente que não passa.

Já fomos no passado, o país do futuro. Entre os anos 1930-1980 fomos o País que mais cresceu no mundo ocidental. O que aconteceu conosco? Por que o presente não se move? Por que ninguém – e os fatos comprovaram – mais diz que somos o País do futuro?

Estamos amarrados por um nó górdio e não à vista nenhum Alexandre Magno para desatá-lo. Os fatores de conservação petrificaram tanto a sociedade, como a economia brasileiras. É como se não tivéssemos futuro, o presente seria eterno. Passamos a ter enorme dificuldade de pensar o novo – quanto mais de construí-lo. Somos o Brasil do ontem e não do hoje e, mais ainda, do amanhã.

A paralisia do Brasil, no momento que o mundo passa por transformações radicais nunca vistas na história e com uma rapidez que não encontra paralelo, assiste às mudanças sem conseguir se inserir na globalização de forma altiva. Explicando melhor: a nossa inserção é através, fundamentalmente, via uma economia neocolonial, baseada no setor primário. É como se voltássemos no tempo. A indústria que foi o carro-chefe da economia brasileira nos “anos dourados” simplesmente quase que desapareceu. Deixou como herança enormes regiões metropolitanas, superpopulosas e seus graves problemas sociais e econômicos. O eixo econômico se transferiu para o interior, menos populoso, distante das grandes cidades, que não agrega valor aos produtos exportados, paga menos impostos e que, por suas peculiaridades, é incapaz de pensar a Nação.

Os governos se sucedem e não conseguem romper este círculo infernal antinacional, parodiando Ragnar Nurkse. Evidentemente que a Presidência Lula se afastou da barbárie nazifascista bolsonarista. Mas é preciso muito mais. O País precisa retomar o crescimento econômico em bases contemporâneas e não ter como pilar o velho sistema colonial agora adornado com balangandãs modernos.

Os grandes problemas nacionais só serão enfrentados e vencidos quando conseguirmos construir um projeto nacional. Isto passa pelas universidades, pelos partidos políticos, pela sociedade civil, pelos intelectuais. Não é tarefa fácil. O Brasil está amorfo. O entusiasmo é coisa do passado. Se não recuperarmos a capacidade de pensar e agir perderemos a chance de fazermos parte ativa e propositiva do mundo novo, do século XXI.

O País tem de retomar o crescimento econômico em bases contemporâneas e não ter como pilar o sistema colonial

Certa vez um escritor norte-americano escreveu que o passado nunca passa. Fazia referência à sociedade dos estados sulistas após a Guerra Civil Americana (1861-1865). O caso brasileiro é distinto: é o presente que não passa.

Já fomos no passado, o país do futuro. Entre os anos 1930-1980 fomos o País que mais cresceu no mundo ocidental. O que aconteceu conosco? Por que o presente não se move? Por que ninguém – e os fatos comprovaram – mais diz que somos o País do futuro?

Estamos amarrados por um nó górdio e não à vista nenhum Alexandre Magno para desatá-lo. Os fatores de conservação petrificaram tanto a sociedade, como a economia brasileiras. É como se não tivéssemos futuro, o presente seria eterno. Passamos a ter enorme dificuldade de pensar o novo – quanto mais de construí-lo. Somos o Brasil do ontem e não do hoje e, mais ainda, do amanhã.

A paralisia do Brasil, no momento que o mundo passa por transformações radicais nunca vistas na história e com uma rapidez que não encontra paralelo, assiste às mudanças sem conseguir se inserir na globalização de forma altiva. Explicando melhor: a nossa inserção é através, fundamentalmente, via uma economia neocolonial, baseada no setor primário. É como se voltássemos no tempo. A indústria que foi o carro-chefe da economia brasileira nos “anos dourados” simplesmente quase que desapareceu. Deixou como herança enormes regiões metropolitanas, superpopulosas e seus graves problemas sociais e econômicos. O eixo econômico se transferiu para o interior, menos populoso, distante das grandes cidades, que não agrega valor aos produtos exportados, paga menos impostos e que, por suas peculiaridades, é incapaz de pensar a Nação.

Os governos se sucedem e não conseguem romper este círculo infernal antinacional, parodiando Ragnar Nurkse. Evidentemente que a Presidência Lula se afastou da barbárie nazifascista bolsonarista. Mas é preciso muito mais. O País precisa retomar o crescimento econômico em bases contemporâneas e não ter como pilar o velho sistema colonial agora adornado com balangandãs modernos.

Os grandes problemas nacionais só serão enfrentados e vencidos quando conseguirmos construir um projeto nacional. Isto passa pelas universidades, pelos partidos políticos, pela sociedade civil, pelos intelectuais. Não é tarefa fácil. O Brasil está amorfo. O entusiasmo é coisa do passado. Se não recuperarmos a capacidade de pensar e agir perderemos a chance de fazermos parte ativa e propositiva do mundo novo, do século XXI. (IstoÉ – 1º/09/2023)

Leia também

Congresso Estadual do Cidadania no Espírito Santo reafirma liderança de Luciano Rezende

O Cidadania realizou neste sábado, 13, o Congresso Estadual...

Presidente Roberto Freire recebe Adão Cândido, do Cidadania do Rio Grande do Sul

Nesta quinta-feira, 11, o presidente nacional do Cidadania23, Roberto...

Roberto Freire assume as funções da Presidência Nacional do Cidadania

Em função de uma decisão liminar da justiça, Roberto...

Informativo

Receba as notícias do Cidadania no seu celular!