Jorge Kajuru abre mão de candidatura para apoiar Simone Tebet

O parlamentar diz que candidatura à presidência do Senado foi uma forma de protesto e para garantir o direito de falar na tribuna, e denunciar a “subserviência do Senado ao Executivo” (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Um dos cinco candidatos à presidência do Senado, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) anunciou em plenário, nesta segunda-feira (01), que abria mão da candidatura ao cargo para apoiar a senadora Simone Tebet (MDB-MS), em discurso com duras críticas ao atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que o parlamentar acusa de ‘engavetar’ investigações e CPIs.

Segundo ele, a candidatura foi uma forma de protesto e para garantir o direito de falar na tribuna, e ainda denunciar a “subserviência do Senado ao Executivo”.

“A minha candidatura é de Simone Tebet, o meu voto é dela. Os meus planos para este Senado mudar de verdade estão na mão dela. Todos estão lá e ela vai escolher os melhores”, anunciou Kajuru após criticar a gestão ao atual presidente do Senado.

‘Office boy de luxo’

O parlamentar do Cidadania voltou a cobrar de Alcolumbre a instalação de CPIs, como do Esporte e da Lava Toga, e a análise de pedidos de impecahment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Kajuru também comparou o presidente do Senado ao ex-procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que ele considerou ter sido “o maior engavetador de processos e projetos no governo Fernando Henrique Cardoso”.

“O senhor [Davi Alcolumbre] entrou com a nossa confiança em mudança, especialmente de que não trocaria a palavra independência por subserviência. E o que o senhor foi nesses dois anos, desculpe a sinceridade, literalmente, foi um office boy de luxo do presidente Bolsonaro”, afirmou, ao dizer que imaginava que o candidato do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e do presidente da República, “também vai ser um office boy de luxo e ter dois patrões”.

“Não terá independência e será também subserviente. Não teve a coragem nas entrevistas, nas declarações, de falar do que a Nação brasileira espera de um presidente do Senado, e esperou nesses dois anos, como CPIs, pedidos de impeachment, projetos importantes, corajosos, todos engavetados”, completou Kajuru.

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