“O discurso negacionista do presidente não vai apagar os incêndios na Amazônia e no Pantanal, nem reduzir o desmatamento”, diz a senadora (Foto: Paulo Whitaker/Reuters)
A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), reagiu com indignação ao discurso negacionista do presidente Jair Bolsonaro na abertura da 75ª Assembleia-Geral da ONU (Organizações das Nações Unidas) em relação ao desmatamento e incêndios no Pantanal e na Amazônia. Para ela, o chefe do Executivo não reconhece que o governo não tem feito o mínimo à causa ambiental brasileira.
“O discurso negacionista do presidente não vai apagar os incêndios na Amazônia e no Pantanal, nem reduzir o desmatamento. A verdade é que a “melhor legislação” do mundo sobre o meio ambiente não está respeitando as regras de preservação da natureza no Brasil”, escreveu a parlamentar, coordenadora da Frente Ambientalista no Senado, em seu perfil no Twitter.
Ela disse que sua expectativa quanto à participação de Bolsonaro na assembleia da ONU, nesta terça-feira (22), era de uma fala realista do presidente em relação à proteção da imagem brasileira e manutenção de compromissos com causas fundamentais, mas que não descartava um discurso negacionista em relação ao meio ambiente.
“Culpar índios e caboclos pelos incêndios na Amazônia e Pantanal é um acinte à inteligência nacional, é uma agressão aos fatos ao não falar de madeireiros, grileiros e especuladores impatrióticos”, criticou em outro post na rede social.
Para a senadora, a falta de reconhecimento de Bolsonaro da grave crise ambiental no País é a reafirmação da sua falta de compromisso com a preservação.
“Por essa visão, estamos vivendo um momento muito grave na parte ambiental e tendo uma repercussão enorme pelas queimadas e pelo desmatamento”, avaliou Eliziane Gama.