Para Eliziane Gama e Alessandro Vieira, se forem verdade as acusações de que Bolsonaro tentou interferir na Polícia Federal do Rio de Janeiro ele deverá ser punido pela conduta incompatível com o cargo (Foto: Alan Santos/PR)
A líder do Cidadania no Senado, Eliziane Gama (MA), e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) defenderam nesta terça-feira (12) a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril em que o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, relatou uma tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro para troca da direção da PF (Polícia Federal) no Rio de Janeiro.
“O conteúdo da reunião ministerial denunciado pelo ex-ministro Sérgio Moro precisa vir a público. A imprensa dá conta que de fato nesta reunião o presidente teria pressionado pela mudança no comando da Polícia Federal no Rio de Janeiro, em nome de seus filhos. Isso é grave, uma denúncia que de fato precisa ser apurada porque o Brasil não merece ter um presidente sob suspeição”, disse Eliziane Gama.
Para o senador Alessandro Vieira, ‘e urgente que este vídeo seja tornado público’.
“É um direito dos brasileiros saber quais são as verdadeiras intenções do presidente da República. Caso o teor noticiado se confirme, é certamente incompatível com a sua permanência no cargo”, disse ao site ‘O Antagonista’.
O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO), por sua vez, disse aguardar com expectativa que a gravação venha a público, e observou que o próprio presidente Bolsonaro já teria se manifestado a favor da divulgação de trechos do vídeo da reunião.
‘Rede nacional’
Também ao ‘O Antagonista’, Eliziane Gama disse que o vídeo exibido hoje (12) na PF como parte do inquérito que apura a suposta interferência do presidente no órgão “precisa ser exibido em rede nacional”.
“A sociedade tem o direito de saber a verdade”, afirmou.
“Se forem verdade as acusações de que Bolsonaro teria cobrado a troca na Polícia Federal no Rio para proteger seus familiares, o presidente cometeu crime e deverá ser punido”, acrescentou a senadora.