A parlamentar diz que as filas estão acabando na medida em que os pagamentos da primeira parcela estão na reta final, mas que, em Bangu, no Rio de Janeiro, as pessoas dormiram na fila nesta madrugada para receber o benefício (Foto: Pedro França/Agência Senado)
O presidente da CEF (Caixa Econômica Federal), Pedro Guimarães, culpou a mídia pelas longas filas nas agências do banco em todo País para receber o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600, ao ser questionado pela líder do Cidadania, Eliziane Gama (MA), durante videoconferência, nesta segunda-feira (11), da Comissão Mista destinada a acompanhar as medidas relacionadas ao combate do coronavírus.
A parlamentar considerou que as filas estão acabando na medida em os pagamentos da primeira parcela do benefícios estão na reta final, mas disse que na madrugada de hoje pessoas dormiram na rua aguardando atendimento em uma agência da Caixa em Bangu, no Rio de Janeiro, para receber o benefício.
O presidente da Caixa respondeu à parlamentar que às ‘nove horas da manhã tinha fila zero’ e conhece bem essa situação por ser carioca, e que o exemplo citado ‘é uma demonstração de que as pessoas não precisam dormir na fila’.
“Só que isso vem também com muitas vezes uma falta de apoio, em alguns casos, da mídia, porque se cria algo que não existe”, disse Guimarães, ao responder à pergunta de Eliziana Gama.
Diante da situação em Bangu, a senadora quis saber ainda do presidente da Caixa por que a instituição financeira não busca outras alternativas para que o atendimento seja rápido e menos burocrático, com o emprego de tecnologia. Mais uma vez, Guimarães culpou os beneficiários.
“Não existe nenhuma tecnologia, nem de perto, comparável ao que foi organizado. O grande ponto aqui é que nós temos pelo menos sete milhões de pessoas, dentro dos 50 milhões [de beneficiários do programa], que não têm acesso, ou que têm enormes dificuldades de usar o celular ou o computador. Então, não é razoável [o emprego de tecnologia para agilizar e desburocratizar o pagamento do auxílio]”, afirmou o presidente da Caixa.