Para o senador, a convocação é uma oportunidade para que o general aponte se existe ou não “algum tipo de plano de golpe contra o presidente e se há ou não algum mecanismo de invasão da privacidade de parlamentares e lideranças” (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) pediu nesta sexta-feira (17) a convocação do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, para falar sobre um suposto dossiê que mostraria um plano do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de uma ala do STF (Supremo Tribunal Federal) e do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), para derrubar o presidente Jair Bolsonaro.
“É muito importante que se proporcione ao general Heleno, que é o responsável pela questão da inteligência de Estado do governo federal, uma oportunidade para que ele aponte se existe ou não algum tipo de plano de golpe contra o presidente da República e se existe ou não algum mecanismo de invasão da privacidade de parlamentares e lideranças. O Brasil é uma democracia, democracia exige transparência. E vamos sempre fazer aquilo dentro do nosso limite, que é possível para garantir essa transparência e ao final a democracia”, disse o parlamentar.
Alessandro Vieira quer que Heleno compareça ao plenário do Senado e esclareça se o Executivo conduz algum tipo de investigação que recaia sobre os demais Poderes, como sugeriu o presidente da República. O requerimento precisa ser votado pelos senadores.
Segundo Bolsonaro, informações de relatório de inteligência a que teve acesso indicam que Maia estaria com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e com parte do Supremo tramando um golpe de estado para retirá-lo do governo.
De acordo com o jornal “Folha de S. Paulo”, em entrevista à CNN na noite desta quinta-feira (16), Bolsonaro teria acusado Maia de conspiração e de tentar jogar os governadores contra ele ao pressionar o Senado para a aprovação da PEC 10/2020, do chamado Orçamento de Guerra, que garante repasses orçamentários para os estados e municípios, como compensação para as perdas de arrecadação de impostos, mas não aponta a origem dos recursos. (Com informações da Agência Senado)