Para a parlamentar, presidente demonstrou, mais uma vez, desrespeito à liturgia do cargo às mulheres e famílias (Foto: Beto Barata/Agência Senado)
A líder do Cidadania no Senado Federal, Eliziane Gama (MA), protocolou nesta quarta-feira (19) voto de censura ao presidente da República Jair Bolsonaro por agressão sexista e misógina contra a jornalista da Folha de S. Paulo, Patrícia Campos Mello.
Para a parlamentar, o presidente demonstrou, mais uma vez, desrespeito à liturgia do cargo, às mulheres, às famílias e aos direitos consagrados na Constituição de 1988.
“Com sua atitude, rasga o bom senso e usa o mandato para alimentar o ódio e conflitos desnecessários entre os cidadãos, sem esquecer as recorrentes afrontas a imprensa livre do nosso País”, disse.
Eliziane Gama ressalta que por estar no vértice do poder republicano, o presidente deve ser referência moral e comportamental para toda a sociedade “e não trincheira ideológica para aprofundar desarmonias sociais, de gênero e de brasilidade”.
A senadora diz que as declarações de Bolsonaro confrontam uma luta histórica e as conquistas de direitos pelas mulheres, afirmando posturas preconceituosas, sexistas e misóginas não mais toleráveis na democracia brasileira.
“As declarações desastradas do presidente são ainda mais condenáveis se considerarmos que estamos às vésperas das comemorações do Dia do Internacional da Mulher. Manifesto minha total solidariedade à jornalista vilipendiada, a todas as mulheres e também à família brasileira”, afirma Eliziane Gama.