Setor de serviços recua 0,4% em dezembro, diz IBGE

No acumulado do ano, o volume de serviços expandiu 1,0%, interrompendo sequência de 4 anos sem crescimento (Foto: Reprodução)

Em dezembro de 2019, o volume do setor de serviços variou -0,4% frente ao mês anterior, segundo decréscimo seguido neste tipo de indicador, com uma perda de 0,5% verificada entre novembro e dezembro, o que reduz parte do ganho acumulado entre setembro e outubro (2,2%).

Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o volume de serviços avançou 1,6% em dezembro de 2019, alcançando, portanto, a quarta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o volume de serviços expandiu 1,0%, interrompendo sequência de 4 anos sem crescimento: 2015 (-3,6%), 2016 (-5,0%), 2017 (-2,8%) e 2018 (0,0%).

Na passagem de novembro para dezembro de 2019, o decréscimo de 0,4% no volume de serviços foi acompanhado por três das cinco atividades de divulgação investigadas. O destaque negativo foi o setor de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,5%), pressionado principalmente pelo segmento de Transporte terrestre (-3,7%).

Os demais recuos vieram dos setores de Serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,3%), que devolveu parte do ganho de 3,1% acumulado entre agosto e novembro, e de Serviços prestados às famílias (-1,3%), que emplacou perda de 3,4% nos dois últimos meses do ano.

Em sentido oposto, os Outros serviços (3,4%) assinalaram o resultado positivo mais expressivo, alcançando um crescimento acumulado de 5,6% nos últimos 2 meses; ao passo que os Serviços de informação e comunicação (0,4%), recuperaram quase toda a queda observada no mês anterior (-0,6%).

O índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços, ainda na série com ajuste sazonal, apontou estabilidade (0,0%) no trimestre encerrado em dezembro de 2019 frente ao nível do mês anterior, após 3 meses de avanços de igual magnitude (0,7%).

Entre os setores, o ramo de Outros serviços (1,8%) assinalou o resultado positivo mais intenso no trimestre móvel, duplicando o avanço que havia sido verificado em novembro (0,9%), seguido por Serviços de informação e comunicação (0,4%), que mostrou comportamento positivo desde maio de 2019.

Em contrapartida, três atividades recuaram, interrompendo sequências de taxas positivas: os serviços prestados às famílias (-0,6%), os profissionais, administrativos e complementares (-0,4%) e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,3%).

Na comparação com dezembro de 2018, o avanço de 1,6% no volume de serviços foi acompanhado por três das cinco atividades de divulgação e em 44% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, o ramo de Serviços de informação e comunicação (3,2%) exerceu a contribuição positiva mais relevante, impulsionado, em grande medida, pelo aumento na receita das empresas de Portais, provedores de conteúdo e ferramentas de busca na Internet; de Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis; de Suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI; e de Edição integrada à impressão de livros. Os demais avanços vieram de Outros serviços (11,3%) e de Serviços profissionais, administrativos e complementares (2,3%).

Por outro lado, os setores de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,4%) e de Serviços prestados às famílias (-3,2%) assinalaram os resultados negativos, pressionados, principalmente, pela menor receita das Empresas de transporte rodoviário e ferroviário (de cargas); de Transporte dutoviário; de Rodoviário coletivo de passageiros; de Gestão de portos e terminais; de Operação de aeroportos e de Restaurantes e hotéis.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2019, o avanço de 1,0% foi composto por taxas positivas em quatro das cinco atividades de divulgação e em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os Serviços de informação e comunicação (3,3%) exerceram o principal impacto positivo sobre o índice global, impulsionado, em grande parte, pelo aumento da receita das empresas que atuam nos segmentos de Portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet, de Desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis, de Consultoria em tecnologia da informação e Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação.

Os demais avanços vieram de Outros serviços (5,8%), de Serviços prestados às famílias (2,6%) e de Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%), explicados, principalmente, pelas maiores receitas auferidas por empresas dos ramos de Corretoras de títulos, valores mobiliários e mercadorias; de Administração de bolsas e mercados de balcão organizados; e de Corretores e agentes de seguros, de previdência complementar e de saúde.

Em contrapartida, a única influência negativa no acumulado do ano ficou com o segmento de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,5%), pressionado, sobretudo, pelo recuo no volume de receitas de Transporte rodoviário e ferroviário de cargas, de Operação de aeroportos e de Transporte rodoviário coletivo e aéreo (de passageiros).

SP e RJ crescem

Na passagem de novembro para dezembro de 2019, dezesseis das 27 unidades da federação assinalaram retração no volume de serviços, lideradas por Minas Gerais (-2,1%), Distrito Federal (-2,7%), Mato Grosso (-5,6%), Paraná (-1,3%) e Bahia (-2,3%). E no campo positivo, destaque para São Paulo (0,4%) e Rio de Janeiro (0,7%), que acumularam, entre setembro e dezembro de 2019, um ganho de 2,9% e de 4,5%, respectivamente.

Em relação a dezembro de 2018, apenas 12 das 27 unidades da federação tiveram avanço. As principais contribuições positivas ficaram com São Paulo (3,8%) e Rio de Janeiro (6,5%), que apontaram crescimento na maior parte dos setores investigados. Por outro lado, as influências negativas mais importantes para a formação do índice vieram do Mato Grosso (-14,9%), Distrito Federal (-5,9%), Paraná (-3,7%), Minas Gerais (-2,2%) e Bahia (-5,2%).

No acumulado de janeiro a dezembro de 2019, apenas 13 das 27 unidades da federação também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (3,3%), seguido por Amazonas (3,9%), Santa Catarina (1,2%) e Mato Grosso do Sul (3,2%). Por outro lado, Paraná (-2,3%) e Mato Grosso (-7,1%) registraram as influências negativas mais relevantes sobre o índice nacional.

Atividades Turísticas crescem 1,5% no mês

Em dezembro de 2019, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 1,5% frente ao mês imediatamente anterior, após recuar 2,3% em novembro. Regionalmente, a metade (seis) das doze unidades da federação pesquisadas acompanhou este movimento de crescimento observado no Brasil, com destaque para os avanços vindos de São Paulo (0,5%) e Paraná (2,6%), seguidos por Minas Gerais (1,3%) e Pernambuco (2,3%). Em sentido contrário, os principais resultados negativos vieram do Rio Grande do Sul (-2,0%) e da Bahia (-1,4%).

Na comparação com dezembro de 2018, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 3,4%, impulsionado, principalmente, pelo aumento de receita das Empresas de locação de automóveis e de Transporte aéreo de passageiros. Em sentido oposto, o segmento de Restaurantes apontou a principal influência negativa sobre a atividade turística. Sete das doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (5,9%), seguido por Minas Gerais (6,0%) e Rio de Janeiro (3,1%). Em contrapartida, os impactos negativos mais importantes vieram de Pernambuco (-3,9%) e da Bahia (-2,1%).

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou crescimento de 2,6% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de Locação de automóveis, de hotéis e de Serviços de catering, bufê e Outros serviços de comida preparada. Em sentido oposto, o principal impacto negativo ficou com o segmento de transporte aéreo de passageiros. Regionalmente, nove dos doze locais investigados registraram taxas positivas, com destaque para São Paulo (5,1%), Rio de Janeiro (2,4%), Minas Gerais (2,8%) e Ceará (4,8%). Já o Distrito Federal (-6,2%), o Paraná (-3,1%) e Santa Catarina (-2,3%) assinalaram as principais influências negativas. (Agência IBGE Notícias)

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