O deputado criticou o “voto de Minerva” do presidente do Supremo, Dias Toffoli, que decidiu pela prisão depois do trânsito em julgado (Foto: Robson Gonçalves)
O deputado federal Fabiano Tolentino (Cidadania-MG) disse, nesta segunda-feira (11), que o debate em torno da prisão em segunda instância tem que ser centrada em princípios e na ética.
“Às vezes a justiça não está na lei, mas nos princípios éticos, que é o que a maioria dos deputados busca nesta Comissão. Precisamos colocar na cadeia aqueles que lesaram o nosso patrimônio, a nossa pátria e nos roubaram”, argumentou.
Ao analisar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), Tolentino disse que a maioria dos ministros decidiu como se o Brasil fosse um país do Primeiro Mundo.
“Aqui não é a Dinamarca ou a Suécia, onde a Justiça funciona”, analisou.
Ele questionou o “voto de Minerva” do presidente do Supremo, Dias Toffoli, que decidiu para que as prisões só aconteçam depois do trânsito em julgado.
“Aí vem o voto de Toffoli para acabar com a prisão em segunda instância. Logo ele, que foi indicado por Lula. Então, tem algo por trás disso aí. As pessoas já estão sendo soltas”, afirmou.
No final da fala, Fabiano Tolentino disse que o 7 de novembro, dia em que o STF mudou a interpretação sobre o assunto, será lembrado, com tristeza, pela sociedade.
“Nós temos tido no Brasil dias bons e dias ruins. Mas este 7 de novembro ficará marcado como Dias Toffoli, o pior da história recente deste País”, afirmou.